segunda-feira, outubro 30, 2006

UM PASSEIO DIFERENTE


A primeira noite não tinha corrido nada mal. Sevilha tem mais diversidade, mas em terra estranha não há caras conhecidas o que é uma vantagem. A discoteca animou. Dançou-se animadamente, bebeu-se com vontade. Estranhei apenas que a gerência da casa não seja mais cuidadosa com as condições em que abre as portas de um local de diversão como aquele. Então não é que uma das salas da discoteca tinha as lâmpadas todas fundidas. As pessoas andavam lá às apalpadelas!? Uma vergonha! Fora isso o local é optimo para uma noite bem passada.
Na manhã seguinte era necessário acordar cedo, por isso por volta das 5 horas voltamos ao hotel. O funcionário da rent-a-car lá estava a fazer de despertador e às 9 horas ligou para o quarto. Já que estavamos acordados fomos ao pequeno-almoço e regressamos para repousar a beleza mais umas horas. Foi quase sempre assim: em 14 noites só tomamos 4 pequenos-almoços. Penso que vamos ser reembolsados pelo facto.
Por volta do meio-dia entramos no bólide alugado horas antes e partimos à descoberta da montanha. O carrinho estava cansado de subir tão alto e não passava dos 120 km/h mesmo em recta. Era mesmo a calhar para cumprir os limites de velocidade. Depois de nos perdermos uma boa dezena de vezes, lá encontramos a estrada para o Parque Natural do Teide. Confesso que estava com imensa vontade de voltar àquela paisagem estranha formada pela cratera do vulcão. Da outra vez o vento não me tinha deixado subir no teleférico até aos 3500 metros de altura, mas naquele dia, o tempo estava magnífico. havia dezenas de pessoas aguardando para fazer a subida. Enquanto esperavamos a fome deu sinal e pedimos algo para comer: café ( nós somos corajosos e persistimos na zurrapa espanhola) e uma fatia de bolo de maçã que estava na vitrine com óptimo aspecto. Mais uma experiência culinária na terra de nuestros hermanos: a fatia de bolo estava literalmente uma pedra de gelo! A conservação estava a ser feita abaixo dos 0 graus. Aquilo era um aviso do que nos estava para acontecer. No memento em que nos dirigiamos para o teleférico reparamos num papelinho que informava que no cimo do teide a temperatura era de 6 graus centígrados. Olhei para mim e reparei que estava em calção e de T-shirt, tal como o Shwasy. Fiz cara feia, mas reparei que havia muito mais turistas com a mesma farpela. Já no cimo o vento petrificava os pêlos das pernas e pouco faltou para começar a bater o queixo, mas valia a pena aquele mau estar: a paisagem era lunar. Parecia realmente estar noutro planeta onde só haviam pedras negras com ar agressivo, pequenas fumarolas e nem uma planta crescia no meio de tudo aquilo. Valeu arriscar uma queda no meio daquele mundo inóspito.
Depois descemos a montanha pelo lado mais distante, precisamente aquele por onde escorreu a lava da última erupção e lá seguimos nós pela estrada estreita atrás de um Guagua. Depois de muitas curvas chegamos a Icod de Los Vinos onde avistamos um drago que, dizem os cientistas, tem mais de 800 anos.
E foi esta o único passeio feito sem objectivos culturais e científicos ligados á comunidade gay das Canárias.

sábado, outubro 28, 2006

VISITA AO LOCAL DO CRIME



O Domingo entrou pela janela já era horas de almoço, como diria a minha mãe. O estômago denunciava que a uma da tarde já passara. Levaram-nos para um hotel, sobranceiro ao mar, mas a quilómetros do centro da cidade. Infâmia! Nós queríamos ficar na avenida principal e enfiaram-nos naquele fim de mundo! Não tivemos outro remédio que chamar um táxi. 7 Euros depois estávamos no coração da cidade que também parecia não ter despertado há muito.
- Dois cafés por favor. Pequenos, expresso...
Os cafés que nos chegaram à mesa nem eram pequenos, nem expressos, mas em Espanha os cafés são mesmo assim: intragáveis, grandes e acompanhados de uma cucharra que poderia servir também para comer sopa! Se não foi a cafeína, foi o sabor horrível dos cafés que nos acordou. Quando abrimos os olhos chegavam 3 amigos à mesa em frente com um «chien» pela coleira muito parecido com o dono que cuidava dele. Pouco depois os nossos olhos bateram de frente com os deles e pedimos o almoço, já não lembro o que foi. Não tenho dúvidas que pelo menos um deles estava com fome...
O vale de Orotava tem uma paisagem deslumbrante, ideal para lua-de-mel de casais apaixonados. A cidade sobe em anfiteatro até junto das escarpas das montanhas que delimitam o vale. O Teide avista-se de quase todos os locais da ilha. Veio o almoço. Já não lembro o que foi o de ontem quanto mais o desse dia. Lembro o café, mais uma vez. Parecia egípcio com tudo o que de negativo isso significa. Na Europa só se sabe fazer bom café em Itália e em Portugal? Na Alemanha também, quando o dono é imigrante italiano, verdade seja dita.
Olhamos a cidade em busca de atracções para os próximos dias tanto de dia como de noite. Não foi difícil. Eu havia estado por lá já há dez anos, mas ainda recordava os lugares onde me diverti naqueles dias. A cidade não tinha mudado assim tanto. A cidade foi-se desenhando à medida dos turistas: um enorme calçadão junto ao mar, a enorme piscina de água salgada, a praia esticada tanto quanto foi possível, os casinos, etç.
A praia estava diferente, mas não atraía muitos mais banhistas que noutros tempos e à noite o uso era o mesmo. Turistas solitários ou aos pares passeando calmamente ao encontro do desconhecido que por lá olhava o mar ou meditava na vida... feita a investigação voltamos ao hotel para jantar, não sem antes passarmos pelo jardim onde, na primeira visita encontrei um canário de asas caídas. Cuidei dele nos restantes dias de férias e parece que as asas recuperaram as suas funções e voou para outras paragens. Feita a visita ao local do crime deixamos tudo alinhavado para voltar por volta da meia-noite.

sexta-feira, outubro 27, 2006

LEÕES, GOLFINHOS E COZINHEIROS GAY


Vou fazer uma pausa no relato das nossas férias para referir dois temas que me surgiram por acaso. Já vejo a vossa expressão de alívio a pensar: Ufa! Mas este gajo não percebe que as férias dele não interEssam nem ao menino Jesus! Pois então aqui vai algo diferente para vos manter como leitores deste blog:

Li hoje que o Museu de História Natural de Oslo, na Noruega tem em exibição uma exposição intitulada «Contra Natura». A exposição que estará patente até ao próximo Verão, (para que for para aqueles lados) pretende questionar a premissa de que a homossexualidade não é natural. A exposição recorre a fotografias e reconstituições para dar exemplos de comportamentos homossexuais, em ambos os géneros, entre uma enorme diversidade de espécies. «Desde mamíferos a caranguejos e vermes. Esse comportamento pode ser raro nalguns animais, mas outros praticam-no durante toda a vida», diz Petter Boeckmann, consultor académico da exposição. «A homossexualidade é não só comum, como essencial na vida de numerosas espécies». Entre golfinhos e baleias assassinas a homossexualidade é muito comum e as ligações entre machos e fêmeas é efémera, mas entre machos pode durar anos.
A exposição tem tido muitos visitantes, mas não deixou de causar muitas críticas. Um comentador americano afirmou que é um exemplo da «propaganda a invadir o mundo científico», enquanto um pastor luterano norueguês foi mais longe e desejou que os responsáveis pela mostra «ardessem no inferno». Mas a melhor foi de outro pastor Pentecostal que afirmou que o dinheiro dos contribuintes seria melhor gasto a ajudar os animais a corrigir «as suas perversões e desvios».

O outro tema ocorreu-me ontem enquanto observava mais um episódio daquela maravilhosa série da SIC que dá pelo nome de «Jura». A qualidade do trabalho que nos é apresentado pode aferir-se até no desempenho dos actores que encarnam as personagens gays, sim os cozinheiros do restaurante. Havia um primeiro cozinheiro que compôs o boneco com os maneirismos e trejeitos típicos do estereotipo do homossexual masculino enraizado na cultura portuguesa. Até aí tudo bem. Eles andam aí e não disfarçam e existem tal qual eram retratados naquele personagem. Mas agora aquele cozinheiro deu lugar a outro que pelo visual tentaria vestir a pele do gay discreto, másculo até, sem comportamentos afectados pela sexualidade, até barba tinha! Era o personagem ideal para desmistificar o preconceito de que os gays são todos efeminados. Surpresa quando me apercebo que o actor que lhe dá corpo não consegue fugir ao mesmo tipo de código gestual e de linguagem que o anterior. Bem, ou naquela novela se desconhece a realidade do mundo dos homossexuais ou então é deliberado e quer-se apenas aprofundar o estereotipo da bicha frágil e louca que também é ajudado por um personagem que surgiu agora naquela outra pérola da televisão de Pinto Balsemão que é a Floribela.

quinta-feira, outubro 26, 2006

A NOITE DE SÁBADO JÁ ERA!


Suspeito que uma certa colega, cada vez que eu viajo de férias, vai ao seu baú secreto, tira de lá o seu bonequinho de vudo e crava nele um alfinete. De imediato as minhas férias começam a correr mal. Foi assim no ano passado, foi assim no México e tive, agora, que lhe enviar um SMS a pedir para parar de cotucar o bonequinho. Depois tudo voltou ao normal.
Chegamos ao aeroporto de Sevilha com a devida antecedência. Abriu o balcão de check-in, aguardamos a nossa vez, até que começou a passar no ecrã a informação que o voo tinha um atraso previsto de 4 longas horas! Quatro horas!? Caramba! Faltavam mais de 6 horas para sairmos daquele lugar enfadonho. Com um voucher para jantar Almôndegas às 10 horas, somamos 4 mais 2 e calculamos que a noite de Sábado em Puerto de la Cruz já era uma miragem. O passarão tinha avariado e a Spanair ia tentar substitui-lo por outro evitando, assim, um atraso ainda maior.
Que fazer durante aquela eternidade? Olhei em redor: Havia muito espanhol interessante, mas não me pareceu que algum tivesse interessado em entreter-me até à 1 da manhã. O Shwasy também estava sem ideias. Fui tirar da mochila o livro que tinha trazido, se por azar houvessem tempos mortos imprevistos, e...? Tinha ficado em casa! E agora? Anos atrás, em Frankfurt, tinha arranjado solução para um atraso semelhante, mas em Sevilha não há sex shops como nos aeroportos alemães.
Deambulando pela livraria tive esperança de encontrar qualquer coisa para ler. Não, não havia nada. Alguns autores portugueses, mas todos traduzidos. A literatura de aeroporto não foge muito aos temas de aventuras, ficção histórica, policiais... nada de sexo? Que fazer? Não dava para ficar a galar os espanhois guapos durante tanto tempo sem me arriscar a ficar com o nariz esborrachado. Passar horas a fio sem nada para comer com os olhos ou arriscar um livro na língua de Cervantes? Arrisquei. Tinha deixado em casa«O último Papa» de Luís Miguel Rocha; lá estava ele traduzido em castelhano, também o «Codex 632» de José Rodrigues dos Santos que tinha optado por não levar. Entre «O Código Da Vinci» e «A Conspiração» estava o livro de um autor desconhecido: César Vidal. O título chamou a minha atenção devido ao meu passado de seminarista: «Pablo, el judio de Tarso». Para mim não há meio termo: ou sexo ou religião, mas sem conflitos de consciência. Pouco a pouco lá fui começando a soletrar o espanhol que só estou habituado a falar, não a ler. Vi que a coisa funcionava e até se tornou estimulante perceber as semelhanças e diferenças para o português ali escarrapachadas naquelas páginas.
Não ia chegar a tempo de curtir a noite na discoteca Despanto, que devia estar apinhada de canários sexys e famintos, porém sempre tinha mais que fazer que olhar para as malas e cofres que caminhavam pelo terminal enquanto a Spanir colava as asas do Airbus.
As almôndegas foram servidas com molho Bostick e pouco depois anunciavam que o embarque seria à meia-noite. Menos mal! Não havia desbunda nessa noite, mas por volta das 3.30/ 4.00 o mais tardar, estaríamos no hotel. Assim foi. Contra avarias não há argumentos.

quarta-feira, outubro 25, 2006

VIAGEM CULTURAL

Decidi que para memória das férias que acabei de desfrutar seria interessante, antes de mais para mim, deixar registadas as impressões vividas durante as duas semanas que terminaram. Para quem me lê não sei se terá grande interesse saber como esbanjei o meu tempo nas Ilhas Afortunadas. Tentarei tornar o relato picante quanto baste para despertar a vossa curiosidade. Aconteceram factos inesperados, curiosos, invulgares que merecem ser recordados e compartilhados.
Antes de mais, e para pôr os mais críticos no seu devido lugar devo dizer que esta foi uma verdadeira viagem cultural. As férias no Egipto, na Grécia ou no México não atingiram a relevância histórica, cultural e mesmo científica da visita, agora terminada às Ilhas de Tenerife e Grã Canária. Permitam-me classificar assim esta viagem, pois como explicarei foi um verdadeiro mergulho nas ondas da cultura gay que abunda sobretudo na segunda ilha visitada.
Entrei em várias catedrais, mas nem um único templo religioso me viu cruzar as suas portas. Observei inúmeras exposições, mas não entrei em nenhum museu. Vi vários monumentos, mas nenhum com interese histórico... Estavam todos vivos!
Foram umas férias viradas para a descoberta da sociedade canária e investigação do comportamento dos seus elementos, sobretudo do sexo masculino. Nada mais edificante que observar in loco uma das sub-especies humanas no seu habitat natural, agindo e comportando-se como se o mundo tivesse sido criado para seu deleite e pleno usufruto sem deixar de estar em perfeita harmonia com as outras sub-especies. Foi um verdadeiro afundar numa cultura que só conhecia superficialmente, pois a comunidade existente no Algarve está muito dispersa e não tem o seu próprio habitat natural. As visitas feitas a outras colónias desta especie são sempre demasiado rápidas para perceber como agem os Homo Sapiens gay no seu espaço de eleição: a noite entre os bares e discotecas ou entre as dunas e os arbustos durante a tarde.
Direi que me senti ir mais longe que os repórteres da National Geografic, pois enquanto estes espreitam os animais atrás de um tronco ou de um arbusto, eu fui mais longe: agi como um membro da colónia. Os resultados do estudo são muito mais credíveis e de fiabilidade científica a toda a prova.
Espero nas próximas postagens relatar a experiência vivida entre uma das grandes colónias europeias de Homo Sapiens Gay existente na região de Maspalomas, no sul da Ilha da Grã Canária e outra na ilha de Tenerife.

terça-feira, outubro 24, 2006

O MILAGRE NÃO ACONTECEU!


Quando regresso a Portugal depois de um período, mais ou menos longo, fora, ao atravessar a fronteira sinto, cá no íntimo, uma leve esperança de que durante a minha ausência tenha ocorrido, por obra e graça divina, um milagre! Qualquer facto extraordinário e inexplicável, imperceptível aos que por cá ficaram, que tenha mudado, para melhor, claro está, o meu cantinho do mundo. Não que não goste dele como é; já escrevi por aqui que gosto dele e é neste lugar que estou bem comigo mesmo e onde quero continuar. Talvez este enraizamento saloio tenha a ver com o desejo de ver este recanto melhorar e tornar-se mais igual àquilo que eu sonho que ele deve ser. Para mim este deve transformar-se no melhor lugar do mundo para eu viver e é nessa esperança que quero assistir ao milagre da sua transformação, ainda que seja um milagre lento e não, como eu secretamente concebo quando estou longe daqui. Um tanto ou quanto utópico, dirão, mas para mim os processos concluidos não têm interesse: perdem a magia e o encanto que só a motarmofose ostenta. O resultado final é o ponto morto do processo, a vida está no caminho para lá chegar.
Voltando ao milagre, que está em conflito com o que acabei de dizer, que nas minhas costas tivesse transformado o meu país num estado sem pobreza, sem desemprego, sem poluição, sem desordenamento urbano, sem aberrações arquitectónicas, onde não houvesse lugar para o crime, para a corrupção e para a maldade. Eu queria atravessar a ponte sobre o rio Guadiana ou sair do Aeroporto de Faro e deparar-me com um mundo de ordem, organização, beleza natural e urbana, de gente feliz que não deixasse margem para dúvidas que tinha chegado ao paraíso na Terra: Portugal!

sábado, outubro 21, 2006

PONTO DE EQUILÍBRIO

Uma vida bem vivida não tem de ser uma festa permanente. O estado de euforia muitas vezes serve apenas para ocultar a depressão latente que se espalha dentro de nós. Fazer da vida uma festa é magnífico; vivê-la numa vertigem de alegria e excitação pode não deixar lugar para tirar dela toda a magia que a vida pode ter quando vivida com equilíbrio. Os opostos tocam-se ou pelo menos estão muito próximos por isso o que separa a euforia da depressão pode ser uma linha muito estreita.

terça-feira, outubro 17, 2006

A SALVAÇÃO DA ABETARDA


A Abetarda é a maior ave voadora que habita o Velho Continente. Curiosamente esta ave nidifica nas estepes cerealíferas alentejanas, se é que este título se pode dar aos campos daquela região. Devido ao uso agrícola que se vinha a dar aos campos, às estradas que cortaram os seus habitats naturais como a A2, e outros itnerários que rasgaram os territórios do Baixo Alentejo, tal como projectos de arborização com Eucaliptos das fábricas de celulose a população desta ave ficou em risco. Mas quando há querer tudo é possível e com a ajuda da Câmara Municipal de Castro Verde, a liga de protecção da natureza (LPN) e outras entidades foi possível evitar a extinção desta magnifica ave do território nacional. Em 2005 foram contadas 1094 Abetardas, três vezes mais que em 1997!

domingo, outubro 15, 2006

SAUDADES VOSSAS? HUMM!!!!!

Um grande abraço para os escravos que estão trabalhando em Armaçõo de Pêra e Carvoeiro. Nao vou ser cínico a ponto de dizer que tenho saudades, mas é verdade que me lembro de vós todos os dias. Estou quase de volta; já falta pouco. Estes dias aqui na Praia do Inglês e Maspalomas nao me deixam querer voltar. Descansem que breve estou de volta. Uma abraço.

sexta-feira, outubro 13, 2006

quarta-feira, outubro 11, 2006

DIAS DE BOA DISPOSIÇAO

Estas férias vao ter muito para contar, mas por agora tem que ser rápido. A 1 euro cada 10 minutos nao dá para me esticar muito. Além disso este teclado nao tem o til e eu nao sei escrever sem til.
Vou aproveitar para dizer que passar férias com o Shwasy é, sem dúvida, uma festa pegada. Ele já tem um óptimo sentido de humor, de férias ainda melhora e contagia-me. Mesmo os acontecimentos com menos piada se transformam numa risada permanente.
Ontem fomos à praia, lá bem ao sul, junto à montanha Roja. Mais um percurso de cabras por montes e pedras para nada. Nao havia o que procuravamos, isto é sol!
Chegamos ao hotel às 4.30 da manha. Hoje dormimos até às 15 horas para recuperar da estafa.
Fomos aproveitar o resto da tarde para fazer compras. O meu amigo comprou uma pochete que nao sabe se é de homem ou de senhora. Na loja dizem que é de quem a usar.

1 ANO DE CORPO E ALMA

terça-feira, outubro 10, 2006

PRIMEIRO ANIVERSÁRIO

Faz um ano que dei início a este espaço onde compartilho com o mundo pensamentos, ideias, confidências, segredos meus e outras «bacoradas» que não interessam nem ao menino Jesus... É um espaço virtual onde me exponho sem me comprometer torneando assim uma enorme timidez de que enfermo.
Comecei sem saber muito bem o que viria a ser, mas pouco a pouco contatei que tinha leitores e gente que até se habituou a vir visitar o blog. Infelizmente a língua portuguesa não é o Inglês ou mesmo o Espanhol que todos falam, mas mesmo assim os mais atrevidos fazem um esforço e leêm o que escrevo na língua de Pessoa.
O meu obrigado aos latino-americanos de língua castelhana e aos irmãos brasileiros que têm divulgado este espaço.
Blogs como Setubal, Casa dos trinta, H2omens, Curral da mula, Boyzito, Blog do armário, Blog de um niño, SPA - só para adultos, Blog Ambiental, Blog da Mikas, entre outros que decidiram divulgar o De Corpo e Alma, deram-lhe um impulso que de outra forma não teria.
É um hobby que me tem dado prazer alimentar ao longo deste ano. Não tem o sucesso que outros têm porque não enveredou pela divulgação de imagens pornográficas, o humor podia ajudar, mas não era isso que desejava, a maledicência também venda, mas é contra a minha forma de estar, resta-me firmar este blog pela divulgação e apreciação de temas que me tocam, falo de mim sem me querer pôr na montra, dou opiniões que a muitos não interessam, abordo temas que não fazem furor. Mas é assim que eu quero que este espaço se mantenha. Não pretende ombrear na área gay com o blog do Pacheco Pereira, mas pretende contribuir para chamar a atenção para o país Portugal, para a comunidade homossexual que nele vive.
Um obrigado a todos os que habitualmente leêm o DE CORPO E ALMA.

segunda-feira, outubro 09, 2006

SUBIDA AO CIMO DO TEIDE

Subimos hoje ao cimo do Teide até aos 3500 metros. Estava um frio de partir ossos, mas valeu a pena. Desta vez o teleférico estava a funcionar. Lá em cima a vista sobre a ilha é deslumbrante. No entanto só havia pedras e cabras saltando de pedra em pedra e algumas com os joelhos estropiados e de calçoes tremendo de frio. Mas elas gostam de emoçoes fortes a 5 graus e com pouco oxigénio. A cratera de um vulcao é sempre algo digno de se ver ainda mais acompanhado pelo Shawasy que nao para de dizer piadas o caminho todo. Planos para me atirar da montanha abaixo nao faltaram! Enfim. Está aflito para se ver livre de mim e arranjar um canário que cante melhor do que eu. Amanha vamos à pria se nao mudarmos de ideias durante a noite.
Bjocas para todos.

ATÉ ONDE SE PODE AMAR?

«Amamos quem não conhecemos realmente. O conhecimento profundo do outro não deixa lugar para o amar porque os seus defeitos e misérias nos são insuperáveis.»

Será?

domingo, outubro 08, 2006

VIVER NO LIMITE


Desconfio daqueles que vivem a vida num frenesim como se o mundo fosse acabar antes de Segunda-Feira. Vejo nesse tipo de vida um receio de parar para pensar ou para sentir que são. Noites que se pegam com outras noites numa festa constante não são augúrio de dias tranquilos. Mente sã conserva corpo são. Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, cantava António Variações. Ele provavelmente sabia porquê. Para suportar o desiquilíbrio que esse modo de vida coloca são necessários meios auxiliares pouco recomendáveis. Dentro em breve o corpo e a mente vão cobrar o preço por terem sido usados em excesso. Aos períodos de euforia e desbunda seguem-se dias de apatia e desnorte. Quando se insiste até ao limite chegam tempos de extenuação e desalento. Quando não se consegue parar a vida cobra com a própria morte!

sábado, outubro 07, 2006

UM DOCINHO

HORA DA PARTIDA

Chegou a hora. As valises estão prontas. A bagageira do Megane está como um ovo. O voo sai às 20.40 hora espanhola 19.40 hora das Canárias e portuguesa também. Em Sevilla o avião já apitou como comboio pronto a sair da estação. Tchau, tchau, as férias chegaram.

sexta-feira, outubro 06, 2006

quinta-feira, outubro 05, 2006

OS ESPANHOIS PODEM DORMIR TRANQUILOS


Afinal a sociedade espanhola pode continuar a dormir descansada. A prevista enxurrada de pedidos de adopção por parte dos casais gay não aconteceu e assim a ameaça de uma sociedade disfuncional fruto da falta de moral dos homossexuais espanhois para educarem os seus filhos adoptivos não vai ocorrer.
Desde a legalização dessa possibilidade só uma vintena de casais gays e oito famílias de lésbicas deram entrada com os papeis para pedidos de adopção.
Se a família de Adão e Eva, tendo vivido a experência do paraíso, se tornou uma família que educou um homicida, qual o receio da educação dada a crianças por dois pais ou duas mães? Só pode ser melhor do que aquela primeira experiência, não acham?

quarta-feira, outubro 04, 2006

FINALMENTE AS FÉRIAS


As férias de sonho na Argentina vão ter que esperar. Ainda não chegou o seu dia. Se tudo correr bem não faltarão muitos anos para ir conhecer a cidade do Tango, ver com os meus olhos o fascínio da Patagónia, sentir o frio dos glaciares do sul e deslumbrar-me com as cataratas do Iguaçu. Por agora vou revisitar as Ilhas Canárias. Tenerife e Grã-Canária são os destinos pouco originais deste ano, mas nem por isso menos interessantes. O interesse das coisas fazemos nós e a recordar a primeira visita, «coisas» interessantes é o que por lá não falta!

segunda-feira, outubro 02, 2006

POBRE MÚSICA PORTUGUESA


A música portuguesa deve estar a passar um dos piores momentos da sua história. basta olhar para o top de vendas nacional e verificar a pobreza franciscana em que a música portuguesa mergulhou. A vendas de CD`s mostram nos primeiros lugares as bandas sonoras de telenovelas para adolescentes promovidas quase 24 horas por dia pelas televisões que as produzem. Floribela e Morangos promovem bandas de adolescentes entre esta camada mais nova da população, que enquanto não compra o CD respectivo não para de azucrinar a paciência da mãe.
Dos cantores de referência nacionais nem se ouve falar nem tocar. Estão provavelmente a preparar novos trabalhos para editar no Natal, mas entretanto as rádios quase desconhecem a sua existência. Nem a música pop internacional está a dar, tal a miséria em que o markting televisivo lançou o consumo de música em Portugal. Enquanto esta onda não passa vamos enjoando até ao vómito as músicas da Floribela, dos D`zrt, FF, e o filho do Tony Carreira!