
Desconfio daqueles que vivem a vida num frenesim como se o mundo fosse acabar antes de Segunda-Feira. Vejo nesse tipo de vida um receio de parar para pensar ou para sentir que são. Noites que se pegam com outras noites numa festa constante não são augúrio de dias tranquilos. Mente sã conserva corpo são. Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, cantava António Variações. Ele provavelmente sabia porquê. Para suportar o desiquilíbrio que esse modo de vida coloca são necessários meios auxiliares pouco recomendáveis. Dentro em breve o corpo e a mente vão cobrar o preço por terem sido usados em excesso. Aos períodos de euforia e desbunda seguem-se dias de apatia e desnorte. Quando se insiste até ao limite chegam tempos de extenuação e desalento. Quando não se consegue parar a vida cobra com a própria morte!
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