quarta-feira, março 29, 2006

ALGUÉM PARA TRABALHAR?


Todos os anos se repete o ritual. Com a aproximação do período que antecede a Páscoa o Algarve prepara-se para um péssimo ano turístico reforçando os quadros de pessoal das empresas que se dedicam a ganhar uns cobres com os serviços prestados aos turistas que vêm relaxar ao sol ou ao luar, conforme as preferências. A empresa onde trabalho não foge à regra e previne-se para a enchente que fica sempre aquém das espectativas e admite colaboradores tornar suportável o acréscimo de trabalho durante os próximos sete meses.
Nos últimos dias tenho andado num frenesim a verificar corrículos vitae, a fazer entrevistas na esperança de acertar na escolha dos «maçaricos» que vão atrapalhar e confundir com a sua inexperiência os dias de trabalho daqueles, que ano após ano, já dão o litro para que o nome e a boa reputação da empresa não caia na lama.
Em anos transactos cheguei a desesperar sem candidaturas. Não havia ninguém à procura de emprego, muito menos de trabalho! Cheguei a pedir ao centro de emprego que enviasse candidatos que, pensava eu, desejavam começar a produzir e a contribuir para o desenvolvimento do seu país. Foi rídiculo! Entravam-me pela porta pessoas que a primeira coisa que me diziam era que estavam ali, mas não queriam o emprego!? As razões eram as mais diversas: ou porque aguardavam voltar para o posto de trabalho do ano anterior dentro de pouco tempo, ou porque tinham trabalho, mas continuando inscritas no centro de emprego continuavam a ganhar o subsídio, ou então não estavam mesmo interessadas em arranjar emprego. Um ou outro mostrava algum interesse, mas as habilitações eram completamente desapropriadas. Foi um caos! Uma frustração! Acabei por admitir o que me pareceu menos mau ou o único candidato que se inscreveu. Vindo do centro de emprego não ficou nenhum! Até ao ano passado suspeitei que não havia ninguém desempregado no Algarve tal foi a dificuldade em encontrar quem quizesse preencher os postos de trabalho disponíveis.
Este ano tudo foi diferente. O desemprego entre os mais jovens é notório e os subsídios parecem escassear na segurança social. Nunca tive tantos candidatos aos dois lugares disponíveis: mais de uma dezena! E gente com o perfil certo e desejosos de ficar empregados. Claro que há muito boa gente por aí arranhando-se por um posto de trabalho digno com o 8º ano incompleto, com Inglês aprendido na praia da Messejana e ainda na casa dos 20 anos! Enfim o fado da escolaridade obrigatória por cumprir. Continuam a aparecer candidatos sem vontade de deixar o vale dos lencóis antes das onze da manhã o mesmo é dizer sem vontade de trabalhar. É surgiram muitos com o 12º ano completo, com cursos universitários a meio e gente que já fez de tudo, mas não conseguiu assentar num emprego estável.
O Algarve já não é o que era; está diferente!
Quando se sente que alguém tem vontade de trabalhar e se é obrigado a preteri-lo em favor de outro não é fácil. Mas ó há lugar para dois!

Espero ter feito as escolhas certas! Agora já não há volta atrás.

terça-feira, março 28, 2006

A PALHAÇADA HABITUAL!



A TVI continua a explorar até aos limites da decência o modelo de programa de entretenimento que lhe deu a liderança da televisão portuguesa. Começou com a casa do Zé de Barrancos, continuou com outras casas mais pobres, que não ficaram para a história, deu o salto para a casa da Lili Caneças, mandou-os para o campo com a lady Castelo Branco e agora a palhaçada é total. Mas os portugueses merecem. As audiências justificam a aposta e Portugal merece ser o país que é: sem bom gosto, sem ética, sem qualidade, sem vida própria... Mas que se lixe quem perde a sua juventude sentado num sofá a comer amendoins em frente à televisão. A TV cabo, no último mês, fez-me o favor de cortar todos os canais de cabo que me fornecia e não foi por falta de pagamento, juro, mas por pura incompetência e mau serviço.
Voltando à TVI parece que desceu mais um degrau na sua carreira de explorar a apetência dos portugueses para verem má televisão. A ética não abunda para os lados de Carnaxide. Pôr gente, que já não sabe fazer mais nada de útil e produtivo excepto aproveitarem-se do facto de serem figuras reconhecidas, a fazerem de artistas de circo é deprimente. Mais deprimente ainda é usar animais selvagens para ganhar audiências. A ética do dinheiro não tem nada a ver com os direitos dos animais nem dos espectadores. Os animais não deviam ser explorados desta forma humilhante, fora do seu habitat natural, enjaulados, stressados, mal alimentados e usados contra a sua natureza de seres livres.
Reprovo o uso de animais selvagens para entretenimento humano na televisão ou fora dela. O circo com animais selvagens como atracção devia ser proibido por lei. Sugiro o boicote a este programa da TVI.
Se não concordarem com o boicote por causa da exploração imoral dos animais, façam-no pelo menos para que a bicha do Castelo Branco e a chata da Júlia Pinheiro deixem de nos massacrar a vida com as suas piadas esfarrapadas e vão fazer algo de útil: vão para casa lavar a loiça ou varrer o chão ou ...

segunda-feira, março 27, 2006

DIOGO INFANTE


Diogo Infante está em alta.É o novo director artístico do renovado Teatro Maria Matos que, com pompa e circunstância, reabriu hoje ao público. Na inauguração foi apresentado um documentário sobre a história do próprio Teatro e uma peça baseada na história do crime que chocou a América, alguns anos atrás, quando dois adolescentes mataram um colega por ele ser homossexual. Na curta entrevista que deu em directo à RTP, Diogo Infante, relembrou o crime que recentemente matou a transsexual Gisberta, na cidade do Porto.

Eis um português que merece a minha admiração e ainda por cima é filho do Algarve.

Felicidades ao novo director artístico do Maria Matos!

domingo, março 26, 2006

O «SONHO AMERICANO» À PORTUGUESA


O português está sempre de mala feita, preparado para dar o salto para um país onde se ganha rios de dinheiro fazendo o mesmo ou menos do que fazem no emprego que têm em Portugal. Não é difícil escutar conversas sobre conhecidos, amigos ou familiares que foram para Londres, para a Austrália ou aqui para a vizinha Espanha e estão quase ricos com o salário que lhes é pago. Emigrar é quase comprar um bilhete premiado da lotaria! Lá fora é que se ganha dinheiro a valer! Nestas conversas, raramente se comenta que para se juntar essa riqueza invejada é necessário abdicar de todos os luxos, dos copos ao fim-de-semana, do jantar fora, do café de esplanada, do cinema, etç. A vida de emigrante é famosa pela renúncia que induz aos prazeres diários para se juntar o indispensável à realização do sonho de uma vida: uma casa com piscina, um carro de gama alta, um negócio próprio... Cá deste lado, é verdade não se ganham fortunas, mas também não se abdica dos pequenos prazeres do dia a dia para junbtar uns cobres como se faz em Londres, onde nem o clima convida a sair de casa.
Fruto das dificuldades, reais, que sente quem trabalha em Portugal, ao primeiro anúncio de jornal, os nossos compatriotas pegam na trouxa, que está sempre pronta, e aí vão eles à procura do milagre do enriquecimento rápido, que só acontece no estrangeiro. Dependendo das suas fracas habilitações eles vão apanhar morangos ou azeitonas para Espanha, maçãs ou uvas para a França, como trolhas para a Alemanha, como empregados de mesa para a Suiça ou para Inglaterra... Um ou outro mais instruido lá consegue um emprego numa companhia aérea «low cost» ou noutro sector mais exigente em termos de formação académica.
Existem organizações que, sabendo do sangue emigrante que nos corre nas veias, estão preparadas para lhes arranjar grandes empregos pelo mundo fora. E como o pior cego é aquele que não quer ver, lá embarcam eles embevecidos pela sorte que lhes bateu à porta.

Nos últimos anos habituamo-nos a ouvir falar de imigrantes de leste explorados pelos próprios compatriotas. Ilegais, sem poderem recorrer às autoridades são enganados, roubados e abandonados sem dó nem piedade num país que não os quer. Ora o mesmo se tem vindo a passar com os nossos concidadãos em Espanha, na Holanda, em Inglaterra, na Alemanha e na Islandia só para mencionar os casos que me recordo de ouvir noticiar recentemente.

O «sonho americano» levou muitos açoreanos e continentais para terras do Canadá ao longo dos anos. Vivem naquele país perto de 500 mil nacionais. Nos anos mais recente entraram, pelas suas fronteiras, milhares deles de forma ilegal. O governo canadiano fechou os olhos durante muito tempo, mas a política mudou e muitos imigrantes que tentaram legalizar-se estão agora a ser convidados a abandonar o país. Se não o fizerem voluntáriamente serão escoltados pelas autoridades até aos aeroportos sem pena nem paixão. O governo canadiano tem centenas de lugares bloqueados nos voos com destino à Europa para o efeito. Os imigrantes que estão nesta situação não são apenas os portugueses como parece transparecer pelas notícias que correm. Todos os imigrantes a quem foi negada a legalização foram convidados a sair. E porque razão não foram legalizados? Em muitos casos porque a razão justificativa da presença em território canadiano era a ausência de liberdade religiosa ou perseguição política no país de origem! Ora, no que diz respeito aos portugueses vale dizer tudo sobre Portugal, mas dizer que foram para o Canadá por impossibilidade de professarem a sua religião ou por perseguição política é ultrajante para todos os portugueses. Felizmente as autoridades canadianas sabem que a justificação não é fundamentada e por isso os expulsa.
Já ouvi queixas por o governo não estar a auxiliar no repatriamento. É muito bem feito, diria eu friamente se não soubesse que muitos deles foram induzidos a mentir por conselheiros e advogados sem escrúpulos nem princípios. Não tiveram pejo em sujar o nome de Portugal e agora querem ajudas e subsídios?
Todo este processo é muito lusitano; não o da expulsão por parte do país que tentaram enganar, mas pela atitude de trafulha com que tentaram conseguir a desejada legalização. Sejam benvindos à mãe pátria que aqui está para receber os filhos pródigos que produz em dozes industriais.

Visitem: http://www.acores.com/a/imigrantes.html

sábado, março 25, 2006

HOMOSSEXUAIS MASCULINOS JÁ PODEM DOAR SANGUE EM PORTUGAL.


Após mais de uma década de protestos vários e de acusações de discriminação sem fundamento científico, o Instituto Português de Sangue (IPS) decidiu acabar com a exclusão de homossexuais masculinos na dádiva de sangue. "A tendência actual é de igualdade de critérios para todas as orientações sexuais, há uma recapitulação em termos internacionais nesta matéria", explicou ao DN o presidente do IPS, Almeida Gonçalves, que sublinha ter sido já retirado, da página de internet do Instituto, o critério de exclusão "homens que têm sexo com homens".

A decisão, tomada no final de 2005, não fora até agora alvo de qualquer anúncio público, pelo que nem as associações de defesa dos direitos dos homossexuais estavam cientes desta mudança na política do IPS. Almeida Gonçalves justifica a discrição com o facto de "se querer fazer isto com naturalidade e rigor científico, sem dar a ideia de que se reagiu a qualquer tipo de pressão", e também por estarem em elaboração, no âmbito da aplicação de uma directiva europeia, as novas regras de selecção de dadores, a cargo de um grupo de trabalho nomeado pelo Instituto. "Quando os critérios estiverem escritos, são publicados em livro e toda a gente vai saber."

Notícia DN 25-03-2006

quarta-feira, março 22, 2006

UM EXEMPLO


A Sacoor Brothers vai vestir o Barcelona F.C. num patrocínio que conquistou em concorrência com três empresas espanholas. Quando o Barcelona chegar a Lisboa na semana que vem, para defrontar o benfica para a Liga dos Campeões envergará os fatos da marca nacional. A Sacoor é uma marca nacional que se está a expandir para lá das nossas fronteiras, daí a aposta em vestir um club de renome mundial. Numa operação de markting recente trouxe a Portugal dois actores da excelente serie de televisão CSI Miami para publicitar as suas roupas. Agora vai ser a vez de Ronaldinho Gaúcho e Deco vestirem fatos da Sacoor.
Há que ir guerrear as «Zaras» lá na terra delas.

terça-feira, março 21, 2006

DEIXAR DE SER UM PAIS DE MERDA!


Sou mais um dos portugueses que regularmente pensa para si ou diz em voz alta mal do seu país. «Que merda de país!», «Parece o terceiro mundo!», «Como é que querem que isto vá para a frente?» são expressões que os portugueses deixam cair quase diariamente quando confrontados com situações que pensam não deverem ocorrer em países do primeiro mundo. E os portugueses desejam mais que ninguém pertencer a um país do primeiro mundo.
O problema dos portugueses está muitas vezes na contribuição que dão para tornar Portugal um desses países. É um mal bem português considerar que o problema está sempre nos outros. Nós não, nós não podemos fazer grande coisa para mudar a realidade. Quem sou eu? uma simples formiguinha que nada pode fazer perante a grandiosidade do formigueiro. Começamos por empurrar a responsabilidade para os outros, e os outros são em primeiro lugar o Primeiro Ministro, depois o governo, de seguida os funcionários públicos superiores, de base, os patrões, os chefes, os colegas, os vizinhos, os primos e só no fim: EU!

Criticamos a falta de civismo dos outros: deitam papeis para o chão, deitam o lixo fora do contentor, não respeitam a fila, passam os semáforos vermelhos, não param nos Stops, incomodam os vizinhos à noite com a música alta, etç, etç. Nós nunca nos comportamos assim!
Durante anos convivi com alguém que com o maior das facilidades abria a janela do carro e deitava pela janela todo o lixo que tivesse nas mãos, da mesma forma que o Sousa Cintra fazia com as garrafas de água enquanto dava entrevistas pela a rádio, via telemóvel. Sempre que estava presente reprovava a atitude repreendendo com um comentário do género: se te ouço dizer que este país é uma miséria atiro-te pela janela a ti também! Passados vários anos a consciência cívica veio ao de cima e agora já não o faz, mas conheço muito boa gente que continua a contribuir para que as nossas ruas e estradas estejam cheis de lixo.

Portugal é um país rico culturalmente: tem muitos anos de História, tradições ancestrais, uma lingua que é das mais faladas do mundo, monumentos magníficos, escritores fantásticos, músicos fabulosos, pintores vanguardistas, mas são as tradições estrangeiras, os livros traduzidos, a música importada, os filmes americanos que consumimos como se fossem nossos!

Portugal é um país desenvolvido, mas não tanto como desejávamos. Não temos recursos naturais abundantes, não temos recursos energéticos baratos e ainda estamos longe de ter uma mão-de-obra qualificada que nos permita inovar e vender produtos tecnologicamente avançados em concorrência com o Japão, a Finlândia ou ou os U.S.A. e outros mais. Pior do que isso temos um povo que desvaloriza aquilo que produz. Prefere tudo o que vem de fora, basta que seja de marca!
Não percebemos que ao deixar os produtos made in Portugal nas prateleiras dos supermercados e das lojas estamos a empobrecer o país. Indirectamente estamos a condenar os nossos compatriotas, os nossos vizinhos, amigos e os próprios filhos ao desemprego. Comprar produtos e serviços importados é enviar dinheiro para fora do país, é enriquecer os outros e condenar-nos ao subdesenvolvimento.

Quando gasto dinheiro prefiro vê-lo sair para os cofres das empresas nacionais. Opto por comprar por ordem de preferência produtos de marcas nacionais fabricados em Portugal; depois produtos de marca estrangeira produzidos em Portugal; só posteriormente de marcas portuguesas produzidos no estrangeiro e finalmente de marcas estrangeiras feitos lá fora. Desta forma contribuo para que o valor acrescentado dos produtos comprados fique em território nacional sempre que possível. Entre comprar Salsa e Lacoste, compro Salsa. Entre a Quebramar e Tifosi prefiro a primeira. Escolho a Compal à Parmalat, a Mimosa à Danone, A TAP à Air France, a Optimos à Vodafone, etç, etç. Só não prefiro a Auto jardim à Europcar por razões óbvias.
Desta forma sinto que contribuo para enriquecer o país, aumentando o seu P.I.B., mantendo postos de trabalho, enfim contribuindo para que cada vez mais o nosso país pertença ao grupo dos países desenvolvidos.

segunda-feira, março 20, 2006

CÓDIGO 560


É fundamental apoiar a produção nacional! Os portugueses vivem hoje num clima de crise, desde o desemprego, à nossa fraca economia é certo que quem mais sofre somos nós, mas o que certamente muitas vezes não nos passa pela cabeça é que podemos ter uma certa culpa nesta grave situação. Frequentemente, quando vamos às compras, tentamos ir à procura do produto mais barato, mas o que agora é barato, pode vir a curto prazo, a tornar-se muito caro para todos nós. Desde a mais pequena especiaria ao peixe que comemos, o nosso mercado está inundado por produtos fabricados no estrangeiro. Tendo normalmente esses países uma economia mais forte que a nossa, conseguem vender os seus produtos a um preço mais baixo e, desta forma, somos levados, a comprá-los. Mas, quando o fazemos, estamos a contribuir para um maior crescimento das exportações desses fabricantes estrangeiros e, sem dúvida, por vezes, a tirar postos de trabalho no nosso país. Quando não compramos produtos nacionais e compramos artigos estrangeiros, os nossos fabricantes são obrigados a subir o preço dos seus produtos para compensar as quebras de produção. Ora se os produtos concorrentes já eram mais baratos na origem, isto faz com que os nossos fiquem ainda mais caros. E sendo mais caros, ninguém os compra. Toda esta situação leva posteriormente ao encerramento de muitas empresas e consequentemente ao crescimento do desemprego.

Produtos portugueses? E Como é que eu sei quais eles são?
É simples, bastante simples. Antes de mais, existem dois aspectos a distinguir: existem marcas portuguesas e produtos portugueses.

Marcas portuguesas, como o nome indica, são marcas de carácter nacional, com origem e produção no nosso país (exemplos: Sumol, Compal, Mimosa, Critical Software)

Produtos portugueses, são produtos fabricados em Portugal por marcas nacionais, multinacionais ou mesmo internacionais, mas são produtos feitos com mão de obra nacional, que contribuem superiormente para o nossa economia e para o emprego no nosso país.

E na hora de escolher, como é que devo agir? Que atitude? Bem, na hora de escolher, é bastante fácil tomar uma atitude correcta: procure no produto, o código de barras e verifique se ele começa por 560, seguidamente confirme na embalagem a origem do produto. Quase todos os produtos portugueses começam por 560 no código de barras. Posteriormente poderá ter em conta se a marca é nacional ou não e, claro, a qualidade e preço do produto. Atenção: existem algumas empresas portuguesas (produtos portugueses) que possuem códigos de barras proprietários, o que significa que são produtos portugueses que não têm o código 560, no entanto os códigos proprietários "costumam" ter um formato diferente (não têm 13 dígitos), existe também o caso dos produtos de peso e quantidade variável, por isso informe-se sempre antes comprar. Para uma total garantia de que seja um produto nacional verifique sempre na embalagem ou na informação do produto, o local de fabrico ou de origem. Seguem-se em exemplo, os modelos dos códigos de barras de formato EAN-UCC/GS1 (formato padrão/com 13 dígitos):





Divulgue, mude os seus hábitos, ajude, tome uma atitude!Fale com os seus amigos acerca deste assunto, divulgue o Movimento 560 no seu local/site através dos painéis de divulgação, ponha um cartaz na sua loja/empresa, mande uma msg, mande esta mensagem por correio electrónico, por fax, mas acima de tudo, mude de atitude. Todos nós agradecemos. Um pequeno gesto, uma grande atitude... Compre produtos portugueses!

sábado, março 18, 2006

A MINHA CIDADE

Dei um passeio pela minha cidade, que tenho abandonado muito, ultimamente, em favor da vizinha Tavira. Tavira é mais charmosa, mais vistosa, com muitos anos de história, com monumentos e espaços que fazem bem a quem busca atranquilidade depois de uma semana buliçosa de trabalho.
À medida que lhe percorria as avenidas e ruas mais antigas recordei as primeiras visitas que lhe fiz quando, ainda puto, fui para o 1º ano do ciclo no ano de 75. Passado todo este tempo a cidade cresceu muito: novos bairros e urbanizações, muitos edificios novos, como quase todas no Algarve. Olhão é uma cidade sem grandes monumentos históricos. A cidade é relativamente nova quando comparada com Tavira, Silves, Faro ou Lagos. Os atractivos túristicos passam pela gastronomia, pelos mercados municipais, pelas prais das ilhas que delimitam a Ria Formosa e por uma arquitectura original na suas ruas mais antigas. Olhão não tem tradições culturais, não tem um comércio exuberante, não tem espaços verdes dignos desse nome. Mantém uma tradição piscatória cada vez menos visível, um linguajar típico das gentes do mar e tradições que se conservam a custo. Tem nas suas zonas mais típicas portas e janelas que enfeitam fachadas lindissimas de casas de antes da 2ª guerra; tem ruas estreitas, becos e vielas que mais fazem lembras cidades marroquinas; tem o branco e o ocre do sul envelhecido nas varandas das casas construidas como cubos para enfrentarem o calor do verão, entre outras curiosidades que quem a visita descobre ao fim de pouco tempo.
Pouco a pouco a vila que se tornou cidade foi perdendo na voragem da construção as suas casas construidas na primeira metade do século passado que ladeavam as duas avenidas principais e a rua do comércio, perdeu muito do negócio da prostituição que lhe deram a fama «de porta sim, porta não e para cima todas são», o Olhanense ,ainda que a dar nas vistas esta época, já não bate o pé aos grandes do futebol português. A minha cidade é hoje mais uma cidade dormitório onde os serviços culturais nunca vingaram, onde o comércio resiste à custa das 5 ou 6 grandes superficies instaladas na cidade e do mercado municipal, onde grande parte do Algarve compra o peixe fresco que chega diariamente às suas bancas.
As autoridades locais nunca tiveram um projecto para a cidade que não fosse a de capital da Ria Formosa. Nunca resistiram aos interesses imobiliários para lhe darem espaços verdes para a população respirar, nunca apostaram na cultura para tirar os jovens das ruas, dos cafés e bares onde os vícios convidam à marginalidade, nunca resistiram a deitar abaixo edifícios de interesse público para construirem prédios da mais rasca arquitectura. Os jardins de betão são muitos, o verde de uma árvore quase só na imaginação. A fama da cidade continua péssima. A delinquência juvenil, e não só, dão que fazer às autoridades, a marginalidade da prostituição e da droga mantêm viva a tradição de terra mal comportada, alimentada pelas populações carenciadas dos bairros sociais onde têm sido amontoadas. O insucesso escolar é dos mais elevados do país e o pior da região. Não se lê. Um semi-analfabetismo funcional grassa entre os adultos. A vida da cidade resume-se aos cafés e bares nocturnos. A cidade onde nasci cresceu, mas não se desenvolveu. Não tem qualidade de vida. Se continua a atrair mais habitantes isso deve-se ao facto dos preços das habitações serem mais baratos do que o das suas vizinhas tanto de leste como a oeste.
E a cidade de Olhão poderia ser tão melhor! Tem recursos, tem espaços, tem luz, tem gente, só falta quem tenha visão para lhe dar outro rumo.

sexta-feira, março 17, 2006

CELEBRAR FORA DO ARMÁRIO


Na passada Terça-feira, reuni em minha casa 19 amigos e familiares com o objectivo de comemorar mais um aniversário. Numa organização muito bem sucedida do Shwasy, o evento parece ter sido do agrado de todos ou quase, tanto a nível culinário como de animação. Alguns amigos com um grande sentido de humor e boa disposição encarregaram-se, como sempre, de animar os mais reservados e menos expansivos. O jantar foi muito animado!

Em tempos idos quando a minha relação com o Shwasy era mantida dentro do armário a maior parte do tempo, chegamos a celebrar aniversários, passagens de ano e outras datas festivas a dois, longe de amigos e familiares. Eram celebrações algo monótonas e solitárias. Faltava-lhes o sal e a pimenta da convivência com os outros. Eram ocasiões muito fechadas e reservadas aos dois. Sentiamos a falta da partilha. Fatavam os amigos. No fundo eramos dois solitários que receavamos o julgamento dos outros. Tinhamos medo que não compreendessem, que rejeitassem a nossa amizade por causa das nossas opções sexuais e do nosso relacionamento afectivo. Pouco a pouco ultrapassamos esse receio e fizemos sair o nosso relacionamento do armário compartilhando abertamente com familiares, colegas e amigos. Foi o melhor que fizemos nos últimos tempos.

No jantar do dia 14 estava presente apenas um casal de amigos gay! Todos os outros casais ou não presentes, a única relação que tem com a homossexualidade é serem nossos amigos ou familiares. Numa demonstração de grande maturidade convivem connosco sem receios, nem preconceitos. Não temem visitar-nos ou ser vistos na nossa companhia. Alguns são mais ousados que nós próprios nas brincadeiras e atitudes.
Um grande bem-aja aos nossos amigos «héteros»!

quarta-feira, março 15, 2006

O JANTAR FOI MEMORÁVEL!!!

Ontem o Shwasy planeou, organizou, cozinhou e ainda ajudou a animar o melhor jantar de aniversário que eu e a minha colega de trabalho já tivemos. Antes de mais um muito obrigado a ele e ao Nelson que toda a tarde trabalharam para que às 9 horas tudo estivesse au point para receber os amigos. Agradeço o empenho da minha irmã Isabel, da Tânia e da Lurdes que prepararam as sobremesas e o bolo de aniversário com um carinho especial. E por fim dizer que me sinto honrado com a presença de todos os amigos que contribuiram para que o jantar fosse um sucesso de animação, boa disposição e por vezes hilariante. Desde a minha mãe e irmã aos colegas de trabalho, amigos gays e heteros e outros familiares a alegria e brejeirice dos mais atrevidos e desbocados a todos contagiou.
Já me desculpei junto de alguns vizinhos pelo rebentar de balões que mais pareciam foguetes da festa de São Sebastião, pelas risadas espontâneas, entre outros sons que ultrapassaram as paredes de minha casa.
Hoje não estou muito inspirado para escrever sobre a noite de ontem; em breve este espaço verá fotos do jantar e mais pormenores sobre os acontecimentos da noite passada.

segunda-feira, março 13, 2006

PERGUNTAS PERTINENTES PARA COMENTÁRIOS IDIOTAS!!!


Às vezes cruzamo-nos com algumas pessoas que despertam em nós uma enorme vontade de lhes fazermos perguntas como estas:

* O que achas que provocou a tua heterossexualidade?

* Quando e como decidiste que eras heterossexual?

* Será possível que a tua heterossexualidade seja apenas uma fase e que depois saias dela?

* Não será possível que tudo o que precises seja apenas um bom amante gay?

* Alguns heterossexuais têm histórias de falhanços gays. Achas que te tornaste heterossexual por medo de rejeição?

* Se nunca dormiste com uma pessoa do mesmo sexo, como é que sabes que não gostas?

* Se a heterossexualidade é normal, porque é que há um tão elevado numero de pacientes na saúde mental?

* A quem contaste que eras heterosexual? Como reagiram?

* A tua heterossexualidade não me ofende desde que não me a tentes impingir. Porque será que vocês tendem a nos induzir na vossa orientação sexual?

* Sabe-se que a grande maioria de pedófilos é heterosexual. Achas seguro expores o teu filho a professores heterossexuais?

* Porque é que insistes em ser tão óbvio e fazer espectáculos públicos da tua heterossexualidade? Não podes ser o que és e ficar sossegado?

* Como esperas vir a ser uma pessoa plena se te limitas exclusiva e compulsivamente a uma escolha de objecto heterossexual e deixas por explorar e desenvolver o teu potencial normal, natural, saudável e dádiva homossexual?

* Porque é que os heterossexuais põem tanto ênfase no sexo? Porque?

* Como sobreviveria a raça humana se todo o mundo fosse heterossexual, tendo em consideração a ameaça de sobre população?

* Os heterossexuais detestam pessoas do mesmo sexo. É isso que faz deles heterossexuais?

Estamos certos que há quem concorde connosco. E se não houver......paciência. Temos pena desses!

Publicado em 17-02-2006

http://psytryp.blogspot.com/

domingo, março 12, 2006

LUGARES MÁGICOS DA INFÂNCIA

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O cilindro de pedra
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O cilindro de pedra que ajudou a construir os caminhos das salinas em frente à ilha da Fuzeta. Quantas vezes serviu para nos esconder-mos ao jogar às escondidas?
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A rocha dos mouros
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A imaginação do bando de crianças que brincava por estas bandas, há 30 anos atrás, levou-os a acreditar que sob este rochedo ficava a saída do tunel por onde escapavam os mouros que defendiam o seu território na torre «romana» que se vê na foto que se segue. De tempos a tempos escavavam à volta tentando reabrir a saída secreta!
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Os Flamingos da ria
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Desde há muitos anos que um bando de Flamingos passa o inverno nas salinas em frente à casa da minha família. É sempre um prazer revê-los!
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O caminho para a escola.
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Saltitando as travessas de duas em duas ou tentando equilibrar-me o máximo de tempo sobre os carris lá chegava ao apeadeiro. O comboio aptitava nas minhas costas e eu corria como louco para continuar a viagem até Olhão. Foi, isto, nos dois anos do Ciclo Preparatório.
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Saudades dos anos mais felizes, agora que mais um aniversário se apróxima e os dias da meninice estão cada vez mais longe!

sábado, março 11, 2006

quarta-feira, março 08, 2006

QUERO UMA PRENDA ORIGINAL

Apróxima-se aquele dia que todos os anos se repete e nos faz lembrar que o tempo passa. Quando dia de aniversário chega e ficamos um ano mais velhos damos connosco a pensar que o melhor é aproveitar a plenos pulmões aquilo que a vida nos vai proporcionando à medida que os anos nos cavalgam a vida. No dia 13 acontece, para mim, a repetição desse dia. O meu Shwasy está a preparar uma festa para eu não me esquecer que os quarenta se aproximam a galope. Os amigos vão aproveitar para me relembrar o quanto gostam de mim. Já que não vão deixar passar em branco esse dia e vão esforçar-se para que nos outros 364 dias eu me lembro dele através do presente que me vão deixar. Deixo aqui o apelo para que este ano me surpreendam e me deixem na recordação uma prenda original.
Aqui ficam as sugestões:
este gandim?


... ou este

...ou talvez este?!


Fica ao vosso critério!

hehehe!!!!!

domingo, março 05, 2006

FILHOS DE SONHO


Revolta-me ver um casal de adolescentes serem empurrados pelos próprios pais para tomarem decisões e assumirem responsabilidades para que não estão ainda preparados. Raramente os filhos transformam os belos sonhos que os pais tiveram desde que os viram bébés em realidade quando crescem e fizem das suas vidas o que o «destino» lhes permite. Os progenitores sonham sempre grande e a realidade por vezes não cresce acima do banal!
Pais cheios de ideais religiosos, morais e sociais são candidatos apetecíveis a que a vida os surpreenda com filhos apenas humanos e terreais. Reagir à frustração que é ver que os filhos não foram aquilo que sonharam retirando-lhes o suporte financeiro, afectivo e social é de uma hipocrisia total. Empurrar os filhos para fora de casa porque eles não realizaram os nosso sonhos paternos é moralmente mesquinho e socialmente reprovável. É isso que se faz quando os pais castigam os filhos puxando-lhe, do soalho que pisam, o tapete que os sustenta familiarmente que é o afecto, a palavra, o contributo financeiro, a aceitação ou pelo menos a compreensão, para que eles possam continuar a pensar que apesar de tudo têm família e são bem-vindos a casa. Retirar estes suportes básicos é sacudir para fora do seio familiar os filhos. Ninguém aguenta a rejeição da indiferença. Afinal a religiosidade tem uma moral que previlegia os ritos em detrimento dos afectos.

Mais condenável do que empurrar os filhos para a rua, sem emprego para garantir o sustento, sem um curso de formação profissional terminado, sem uma casa para morar, sem maturidade para assumir a responsabilidade de constituir família e logo a seguir impor-lhes um casamento para descançar a consciência religiosa que ficaria fatalmente afectada caso o casamento não se concretizasse.

Felizmente, por vezes a sorte bate à porta. Pressionados pela reprovação familiar, a abandonar o lar sem nada onde se agarrar a não ser a força de vontade que quando é forte faz milagres, percorreram as ruas de Faro procurando um emprego improvável e uma casa aceitável e numa tarde conseguiram o milagre de encontrar emprego e casa. Felizmente há dias de sorte como diz a Santa Casa.

Agora que se consumou a saída de casa já se pedem desculpas, já se promete toda a ajuda necessária, já se fazem as pazes, já se faz o que até antes se negava, enfim o plano resultou agora o melhor é manter as aparências.
Insiste-se no casamento, porque os preceitos religiosos estão acima dos interesses pessoais. Não interessa que as probabilidades de fracasso de um casamento precipitado e consumado por dois jovens que não estão preparados para tal responsabilidade sejam muito elevadas. Se daqui a alguns meses ou mesmo anos, que seja, se tiver que pagar um divórcio eles que o paguem: - não foram eles que se casaram? Enfim o tradicional cinismo dos ratos de sacristia.

E eu, que até não concordo com o casamento. Considero-o uma monumental trapalhada, o soneto pior que a emenda, fui convidado para padrinho! A minha sobrinha merece que eu aceite o convite, mas só ela, mais ninguém.

sábado, março 04, 2006

PORTUGUESES CONTRA O CASAMENTO GAY!


Uma sondagem publicada hoje no DN mostra que os portugueses não são a favor dos casamentos homossesuais numa percentagem superior a 55% para o não, contra pouco mais de 37% dos que são a favor. Uma pequena percentagem que ronda os 5% não tem opinião formada e menos de 2% não quizeram responder. Aqui temos a resposta do povo português à polémica levantada pela tentativa de casamento entre a Lena e a Tereza. Não me surpreende.
O que me surpreenderá será o facto de dentro de um ano, mais coisa menos coisa, o parlamento aprovar uma lei que vá contra a evidência destes números. Será preciso coragem, e em Portugal os políticos não tem mostrado muita nos últimos 30 anos. Sócrates tem mostrado que é capaz de implementar medidas corajosas e antipáticas, mas será capaz de insistir numa lei que a maioria não aceita?
A postura do governo na recente polémica dos casamentos gays mostra-se sensata. Primeiro é preciso preparar o povo para compreender e aceitar as uniões entre pessoas do mesmo sexo. Debate, esclarecimento, abertura de mentalidades, para contrapor ao «levantamento popular» que a Igreja católica vai patrocinar dos altares das suas igrejas, e a oposição feroz que virá da direita portuguesa. Mais, o presidente Cavaco Silva não deixará de vetar uma lei que não tenha a aprovação da maioria do eleitorado e que ele, como sabemos, pessoalmente não perfilha. É absolutamente necessário que sejam os portugueses a defender a instituição dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e não que lhe seja imposta uma lei contra a sua consciência. Fazer ao contrário é caminho certo para o fracasso desta causa dos homossexuais portugueses. Contamos que o PS e o governo promovam o debate para esclarecer e mudar opiniões. Quando esse trabalho tiver dado frutos a lei pode avançar para o parlamento. Impor contra as consciências é escolher o fracasso.

Há que ter paciência e perseverar na luta.

quinta-feira, março 02, 2006

PORTUGAL MAIS OPTIMISTA


O país parece começar lentamente a abandonar a vaga de pessimismo que o invadiu após a demissão do chefe de governo António Guterres. Há que tempos foi isso!!? Uma eternidade. Depois foi a vez de Durão Barroso ver que para o seu bem estar e carreira política era bem melhor ir para Bruxelas. E lá está. Quem vier que feche a porta, deve ter pensado. O nosso presidente ganhou coragem e empossou Santana Lopes como Primeiro Ministro e foi o descalabro. Quem é bom a trabalhar à noite, não costuma estar muito desperto durante o dia. Depois das broncas e palhaçadas lá foi demitido, já muito tarde. Os estragos estavam feitos. Com as eleições os portugueses tiveram o bom senso de dar uma maioria absoluta ao candidato mais charmoso e ao seu Partido Socialista.
Muitos já se arrependeram. Outros querem que ele fassa o mesmo que os seus antecessores e vá talvez para comissário da ONU responsável pela gripe das galinhas. Muitos portugueses estavam à espera que ele mandasse a Casa da Moeda imprimir vários milhões de Euros e encher os cofres do estado e dos portugueses de dinheiro preguiçoso.
Cada vez acredito mais na fé católica do nosso povo: acreditam em milagres e querem milagres. Mas o milagre possível é fazer os portugueses gastarem apenas o dinheiro que ganham, pagarem os impostos que devem ao estado e produzirem mais. Daí o descontentamento crónico.
No entanto mês após mês parece que a receita está a resultar e os portugueses começam a aceitar que não há outro caminho. Quando começam a ver resultados a sua confiança começa a aumentar. Os resultados apresentados recentemente pelo INE mostram a inversão no pessimismo lusitano. A ver vamos se têm paciência para chegar ao fundo do tunel que ainda está longe. Falo por mim que nos últimos 3 anos não vi o meu rendimento disponível aumentar, antes pelo contrário; e não sou funcionário público.