sábado, dezembro 31, 2005

DEÊM VIDA AO PRIMEIRO DIA DO ANO!

Após uma noite sem dormir lembrem-se que...

AO ANO DA REVIRAVOLTA!

UM GRANDE ANO DE 2006!




sexta-feira, dezembro 30, 2005

UM MILHÃO!!!!


O semanário Expresso divulga uma sondagem onde 9,9 por cento dos portugueses se assume como homossexual ou bissexual. As percentagens são aproximadas entre a população feminina e masculina. Enfim, os gays são como os pilhões: ninguém os vê, melhor uma esmagadora maioria da população não se apercebe que eles existem! Não gostaria de ser mal interpretado, mas não acham que a culpa de parecer que não existimos é quase exclusivamente nossa? Não simpatizo com exuberância gay: as plumas e os saltos altos fazem-me impressão, mas a nossa afirmação na sociedade passa em primeiro lugar por não nos escondermos dos outros.
Ano novo vida nova!...

quinta-feira, dezembro 29, 2005

DEIXEM-NO ENTRAR...

Aprovaria uma lei que regulamentasse o casamento de casais homossexuais?
.

O ano que termina foi seco em vários sentidos. Deixo os sentidos ao vosso critério e tento abrir a porta ao que vai entrar a toda a velocidade pela nossa vida dentro. O ano novo vai entrar com uma campanha eleitoral chata e comprida para a presidência da républica. Quanto mais a campanha avança mais me mentalizo que o novo presidente se quiser ser mais que o burro do presépio em Belém tem que arranjar um quartinho em São Bento e meter-se na vida do inquilino que já lá mora!
Nos meus desejos, para o ano que chega, queria que os portugueses elegessem um presidente capaz de gerar solidariedade e igualdade entre todos os filhos da nação e que contribuisse para tirar o «camião» do atoleiro económico, social e mental em que se encontra. Veria com muito agrado a sociedade portuguesa tornar-se mais interveniente, mais exigente, mais crítica para com aqueles que nos governam. Veria, sobretudo, com bons olhos que a sociedade percebesse que os políticos não podem fazer nada se o povo não quizer e nós temos de crer um país mais próspero, mais solidário, menos descriminatório. A motivação para progredir, a força para fazer, a atitude para mudar vem de dentro de cada um. Nenhum governante pode fazer isso por nós. Atitude optimista e mentalidade aberta são a receita para mudar.
A todos um bom ano de 2006!

terça-feira, dezembro 27, 2005

O ENTREVISTADOR


Termino o meu dia de trabalho às 19 horas e tenho pela frente 45 minutos de A22 até casa. Entro no carro e ligo o rádio na TSF. Ouço o resumo noticioso do dia e aguardo o que se segue: uma entrevista deliciosa! Não importa tanto quem é o entrevistado, o entrevistador garante meia hora de conversa absolutamente fabulosa! Não interessa se fala com um cientista, com um escritor, com um cozinheiro ou com um desportista. Mais do que colocar questões, ao convidado, ele encaminha a conversa a seu belo prazer, entrando em veredas, perfeitamente, inesperadas, desbrava mato virgem ou conduz o entrevistado pela auto-estrada do seu conhecimento com uma destreza incomparável. Quem escuta surpreende-se, com o caminho trilhado pelos dois caminhantes da palavra, como se juntamente com eles fosse convidado a compartilhar vivências ou conhecimentos reservados aos amigos mais íntimos. Nestas entrevistas oferecem-se grandes aulas de conhecimento, trocam-se experiências de vida, entretem-se , de tal forma, que o ouvinte sente que todo aquele discorrer de palavras foi minuciosamente preparado para si, que é afinal, o elemento mais importante da entrevista.
Experimentem ligar a TSF às 19:15 nos dias úteis e avaliem o trabalho de um grande profissional da rádio: CARLOS VAZ MARQUES. Ele realiza uma entrevista «Pessoal e... transmissível» a não perder!

segunda-feira, dezembro 26, 2005

SOLIDARIADADE




A comunidade gay polaca iniciou recentemente um período difícil para a afirmação dos seus direitos sociais. O novo presidente polaco: um político católico, homofóbico e ultra-conservador tomou posse como presidente da Républica da Polónia. Propõe-se purificar a sociedade e é abertamente contra a comunidade GLBT.
Lamento que existam povos europeus que elegem dirigentes que nunca poderão ser presidentes de todos pela afirmação da sua homofobia. A comunidade gay polaca será forte, suficiente, para passar este Inverno político até que a Primavera faça de novo nascer a esperança.

domingo, dezembro 25, 2005

VILA D`ESTE




Semana sim semana não, entra-nos pela casa dentro a notícia de mais uma criança que vive em condições desesperantes. São milhares de crianças que vivem em risco de vida! As ameaças vêm da própria família, das condições degradantes em que vivem, da falta de oportunidades na saúde, na educação, na habitação, na brincadeira, entre outras. A República Portuguesa não consegue garantir oportunidades iguais às crianças que vivem dentro das suas fronteiras, mas isso todos nós já sabiamos. Estávamos convencidos é que o estado se preocupava com aquelas que vivem em risco, contudo ao que parece, preocupa-se muito pouco. Não há política para a criança, nem para a família, a política de habitação social está errada, mas continuam-se a construir guetos para alojar os mais desfavorecidos, na educação a confusão sucede-se,na saúde as deficiências não contribuem para melhorar as condicões de vida dos mais pequenos.
Não se criam condições para proteger os putos dos pedófilos, dos pais negligentes toxicodependentes, alcoólicos ou não, de uma alimentação deficiente, dos perigos de viver na barraca, de brincar na rua sozinho, ou numa habitação social sem água e sem luz num sétimo andar!
Que futuro tem um país que não cuida, de uma parte substancial, das suas crianças que vivem na pobreza garantindo um mínimo de oportunidades para que venham a fugir ao destino da miséria, da delinquência e da criminalidade? Quando começamos a criar uma sociedade mais saudável e justa onde se cumpra a constituição, srs. governantes?

sexta-feira, dezembro 23, 2005

mini SUPER HERÓIS



Cada um de nós é um super-heroi. Somos todos humanos, mais ou menos medrosos, suficientemente arrojados, perspicazes e acutilantes quanto baste... A nossa vaidade e auto-estima, a maior parte das vezes não permite que falemos dos nossos medos e fracassos, dos nossos falhanços e deslizes. Quando falamos de nós douramos a pílula o suficiente para disfarçar a nossa humanidade. As palavras tem o poder mágico de nos fazer mini super-heróis. Na nossa conversa nunca apanhamos porrada, nunca fomos humilhados e os erros e fracassos são conspiração do universo para nos tramar. Por seu lado quando falamos dos outros transformamo-los em seres quase infra-humanos que cometem todo o tipo de deslizes, são fracos e vulneráveis. Falar de nós e falar do outro é habitualmente um exercício maniquiesta: eu sou bom - nunca fiz chichi nas calças, nunca fiquei com um olho roxo, nunca perdi a erecção na hora H; enquanto o outro, borrava a roupa interior aos doze anos, apanhava a cair de cu e nem conseguia endireitá-lo aos 18 anos. enfim nós somos bons, mesmo muito bons todos os dias!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

SEVILLA, OLÉ!!!



Há quase 20 anos visitei pela primeira vez a capital andaluza. Era uma cidade algo asfixiante, não muito asseada, envelhecida, um pouco confusa, contudo divertida, cheia de gente com vontade de aproveitar a vida, com espaços mágicos de animação popular, com cheiro a flamengo, a touros e a religião. Sevilha é uma cidade que prende quem a conhece. A cidade enreda o visitante num emaranhado de animação nocturna, num deslumbre de ruas e avenidas vivas durante o dia, ou na intimidade do bairro de Santa Cruz ao entardecer. Sevilla chama-nos de volta quando recordamos a Feira de Abril ou quando nos vem à memória os rituais da Semana Santa. E voltamos para degustar um pouco de presunto de porco preto e de queijo Manxego com uma caña de cerveja bem fria ou quem sabe uns «revueltos»...
Há 20 anos a cidade iniciava a preparação da expo 92. Este acontecimento revolucionou a imagem da metrópole andaluza aos olhos do mundo e transformou a urbe para sempre. Hoje Sevilha não asfixia, mas enche os pulmões, de quem a visita, de magia e de luz, o lixo, quase,desapareceu do chão das cafetarias da cidade, nas ruas e avenidas os prédios compraram vestidos novos, coloridos e rendilhados, mas quase todos ao estilo antigo, a confusão do trânsito desapareceu e a cidade está bonita e arrumada desposou o Guadalquivir e é atrevida, dorme pouco, veste bem e festeja todos os fins de semana a sua felicidade. O bairro de Santa Cruz dorme tarde, mas a praça de Hércules só volta a casa quando o sol começa a raiar.
Não fosse Lisboa a cidade mais apaixonada que conheço, cortejando o Tejo desde a ponte Vasco da Gama até Belém e roubando-lhe um beijo no Terreiro do Paço enquanto ecoa no Bairro Alto os acordes de uma guitarra portuguesa e o xaile já balança sobre os ombros da fadista, a cidade do flamengo seria a capital dos meus afectos.
Em Sevilha vive-se com paixão e sem medo!

quarta-feira, dezembro 21, 2005

FESTEJAR ATÉ CAIR DE CU!



Depois de ter vivido as comemorações do aniversário do meu «Amigo», entre outras coisas, no dia 19 e 20 deste mês quero pedir ao parlamento que volte a mudar, pela milésima vez, a constituição da República Portuguesa. A alteração não tem carácter ideológico, não tem implicações no défice orçamental, e até pode tirar o país da recessão, pelo que pode ser aprovada por unanimidade desde o lado onde se senta o Paulo Portas até ao lado onde esbraceja o Francisco Louçã. O artigo, único é simples: todos os cidadãos residentes no território nacional devem comemorar, com euforia, o seu aniversário trimestralmente. Depois de aprovada a lei, quem tiver dúvidas, pode pedir informações precisas de como se faz a este blog.
O meu companheiro de «viagem» foi exuberante nas comemorações deste ano. Divertiu-se como nunca, divertiu os amigos que havia convidado, divertiu quem estava no bar, onde fomos apenas beber um copo e conversar, deixou a clientela gay a roer-se de inveja com o seu avontade, deixou «heteros» de boca aberta com a sua imaginação, maravilhou a clientela feminina com os seus passos de dança e fêz feliz uma velhinha norueguesa que o abraçou, se sentou no seu colo e viveu em Portugal uma noite que jamais se esqueceria, se não tivesse já bebido o suficiente para lhe ser impossível relembrar o que aconteceu naquela noite louca de atrevimento e diversão.
Venham mais noites de festa como aquela! O Tito e a Ziggi não se devem preocupar com o stock de copos. O «Arco bar» merece noites divertidas como aquela. Só espero que não tenha perdido nenhum cliente «hetero» escandalizado com o avontade do aniversariante e amigos! Se isso aconteceu deixamos aqui o nosso lamento e pedido de desculpas, mas não se perdeu grande coisa. Um cliente que não se divertiu naquela noite deve calçar as pantufas e ficar a ver a novela.
Parabéns meu caro, os teus amigos adoram-te, porque será?

terça-feira, dezembro 20, 2005

UMA GRANDE CASA

Tenho a felicidade de colaborar com uma empresa que tem sido considerada por especialistas uma das melhores para se trabalhar em Portugal. Desde 1984, quando ingressei, pela segunda vez, nos seus quadros, apercebi-me que o ambiente de trabalho era quase «familiar», o respeito pelos colaboradores era uma regra, onde existiam excepções (como em todo o lado!?). Rapidamente me apercebi que tinha colegas cuja preferência sexual não era a hegemónica. Tinha colegas que, apesar disso, tinham progredido dentro da empresa. Verifiquei, com agrado, que apesar de se comentar o facto de duas colegas viverem em união de facto, há vários anos, isso não era motivo de incómodo para os outros. Esta multinacional europeia sabia lidar com a diferença sem traumas. Nascida, em Portugal, de uma empresa familiar conservou muito desta quando integrou a estrutura internacional e cresceu com equilíbrio até aos dias de hoje.
Nunca foi minha forma de ser ou estar pavonear a minha homossexualidade, mas a continuidade como solteiro enquanto os anos da juventude passavam, a presença do meu companheiro por perto, muitas vezes, fez com que a suspeita surgisse nos espíritos mais perspicazes e daí até que de uma forma natural confirmassem as suspeitas foi um passo. E isso não mudou nada.
A minha entrega a esta casa permitiu-me subir alguns degraus na estrutura da empresa sem que nunca a questão das preferências sexuais fosse obstáculo. Tenho entre colegas alguns dos meus melhores amigos. O facto de subordinados me conhecerem bem, nunca foi dificuldade para um normal relacionamento profissional. Respeito e consideração encontrei entre colegas e superiores.
Esconder-nos no armário é, quase sempre, a política errada. A duplicidade de vida não nos deixa ser felizes, nem contribui para o reconhecimento dos nossos direitos, só nos torna pequenos aos olhos dos outros.
Obrigada EUROPCAR!


segunda-feira, dezembro 19, 2005

EUROS, EUROS E MAIS EUROS...




Os portugueses tem razões, segundo o nosso primeiro para estarem felizes: vamos ter milhões para fazer compras de Natal durante os próximos anos! Parabéns Sr. Sócrates! E já pensou o que vamos comprar com esse dinheiro? Já? Óptimo! O Cavaco nos idos de 80 também sabia onde gastar os primeiros milhões que vieram, mas nós fomos mais espertos. Ele queria comprar industrias, auto-estradas, desenvolvimento agrícola, formação profissional, serviços mais produtivos, entre outras coisas, mas que não era aquilo que o povo queria. E o povo é que manda em democracia, não é verdade? Então decidimos que o melhor era gastar esses milhões de escudos, vindos da Europa em coisas mais práticas: carros, jipes, motos, férias, vivendas, cursos de formação de faz de conta, investimentos industriais para produzir peugas e cuecas e lenços de mão, chinelos e pantufas e outros produtos muito usados pelo povão.
Graças a Deus que o povo, com o consentimento do Sr. Cavaco e mais tarde do Sr. Guterres, tomou nas suas mãos o dinheiro e gastou-o em seu proveito em presentes de Natal. Isso de quererem gastar dinheiro para nos dar trabalho e conhecimento era de bradar aos céus!!!!
Sr. Sócrates ponha-se a pau com a forma como pretende gastar os euros! Olhe que os portugueses tem experiência suficiente na matéria para não se deixar enganar...

HÁ ALGO MAIS SIMPLES DE ENTENDER?

Todo o ser humano, na sua passagem por este mundo, procura a felicidade. Essa é a sua natureza: voltar ao «Eden», o paraíso perdido onde a felicidade era total.

Uma pergunta: Será que todo o ser humano tem o direito a conquistar a sua quota parte de felicidade durante a sua efémera existência? Eu responderia: sim. Alguém discorda? Certamente que há quem discorde, apesar de eu pensar que este princípio básico da existência humana não devesse receber contestação.A vida é filha única, não pode ser adiada e a felicidade não espera. Os humanos no seu perfeito juízo concordam com a premissa. Outra pergunta: Amar e ser amado é factor indispensável para que o Homem usufrua desse bem estar que é ser feliz? Creio ouvir a humanidade inteira, com algumas excepções, concordar comigo. Se amar e ser amado é indispensável para se ser feliz então sou levado a concluir que impulsivamente o ser humano procura a sua alma gêmea, ou pelo menos alguém que o ame e a quem possa amar. Os homossexuais são seres humanos, embora haja quem duvide, por isso procuram o amor para serem felizes. Sendo o seu impulso amoroso dirigido para outro humano do mesmo sexo a sua felicidade realiza-se no relacionamento amoroso homossexual. Outra pergunta: como é possível que existam humanos tão arrogantes que desejem impedir outros de serem felizes? Não há lógica na atitude de recusar o direito de alguém a ser feliz. Se se questionar se julga que todo o ser humano tem esse direito, estou seguro que a resposta é sim. Outra pergunta: será então que muita gente não considera que os homossexuais sejam humanos? Apesar da tentação de muitos, não me parece que alguém responda afirmativamente.
Uma última pergunta: será assim tão dificil reconhecer o direito dos gays a serem felizes?
Não pedimos que participem da nossa felicidade apenas que nos reconheçam esse direito!

domingo, dezembro 18, 2005

EM CAMPANHA ELEITORAL



Esta campanha eleitoral mostra mais uma vez a fraqueza da nossa democracia. Não há originalidade, não há ideias, eu até acho que os candidatos não sabem quais são os seus poderes depois de eleitos! Passa-se o mito que sem opositores vivos do antigo regime a democracia e os democratas deixam de existir! Proferem-se anátemas sobre políticos como se eles não tivessem sido eleitos democraticamente, dissolve-se a assembleia por por dá cá aquela palha, fazem-se promessas demagógicas como se o Céu dependesse do presidente!
Nesta eleição não existem candidatos perfeitos, como em nenhuma até agora por mim vivida. Existe o candidato que nada diz com receio de dizer asneira porque está convencido que vai ser presidente. Existe o poeta que ruma da direita à extrema esquerda e que parece dizer aquilo que lhe vem à cabeça conforme o estado de espírito. Existe o candidato fora de prazo, que já foi e quer ser outra vez sem saber bem porque quer ser, ou será só para não deixar que o outro seja? Existe o candidato simpático que tenta livrar da morte o seu partido e para isso tem corrigido um pouco a cassete gravada nos tempos da União Soviética. Existe, por fim o candidato «cool», com ar jovem que não quer ser presidente, mas faz de conta que quer. Existem, depois, não sei quantos outros candidatos - porque a nossa democracia não é perfeita e há candidatos de primeira e de segunda e até de terceira - que niguém sabe quem são, o que pensam ou pretendem fazer se chegassem à presidência.
Que Deus nos dê paciência para sobreviver a mais um mês de campanha eleitoral, amorfa, sem ideias nem ideiais, sem disputa nem luta política, sem chama nem vida. Que a imprensa escrita e falada nos poupem às «baboseiras» de políticos pouco imaginativos que acreditam que o espírito de Salazar não desceu aos infernos ou ao silêncio de candidatos que não falam por medo de que entre mosca ou saia asneira...

sexta-feira, dezembro 16, 2005

O MUNDO CONHECIDO POR GEORGE W. BUSH





Já antes da era George W.Bush esta carta terrestre era ensinada aos americanos desde a idade mais tenra nos bancos das escolas. Os cartógrafos norte americanos tem aperfeiçoado o novo mapa do globo terreste e hoje em dia esta é a versão oficial que o presidente da única super-potência mundial permite que circule no ensino oficial do país. Crê-se, no entanto que circulam ainda muitas versões clandestinas, em muitas casas americanas e mesmo nalgumas bibliotecas universitárias. O governo prevê erradicar todas as versões erradas, que se julgaram correctas até 1989, nos próximos cinco anos. A industria de software do país foi chamada a cooperar na mega operação de erradicação dos falsos mapas do universo, tendo para isso desenvolvido um programa informático que substituirá todos os mapas ultrapassados que circulem na net pelos primeiros três capítulos do livro do Génesis! A importação de atlas do universo foi proibida.

( fonte de informação: CNN)



MAPA MUNDO
VERSÃO AMERICANA 2000

quinta-feira, dezembro 15, 2005

SER CRIANÇA EM PORTUGAL



Mais um motivo de vergonha ensombra de tempos a tempos a sociedade portuguesa. Não há responsáveis, não há culpados, não há quem tome as rédias da solução deste problema terceiro mundista que nos aflige. Mais uma prova de que somos um país sem consciência e sem coluna vertebral. Quantas mais crianças terão que ser assassinadas, violadas, abusadas, maltratadas, torturadas até que os responsáveis criem condições para reduzir ao mínimo possível o destino violento dos filhos desta nação ingrata?
Irra!!!! Revolta as entranhas ver como se matam bébés e crianças em Portugal e ninguém tem culpa!?

terça-feira, dezembro 13, 2005

ENCARRILHAR ESTE PAÍS




Quero acreditar que o governo está a por o país nos carris, se não for os do TGV que seja ao menos do Pendolino, porque os das locomotivas diesel já não servem. Se não acreditar nesta verdade arrisco-me a pensar no fim da independência nacional.Cada vez mais portugueses encaram essa possibilidade que eu sempre ignorei porque acredito que vivo no melhor país do mundo. Começo a duvidar desta verdade, mas acredito religiosamente que é possível dar a volta a este país. Se daqui a 4 anos não houver luz ao fundo do túnel então vão suceder suicídios em massa de norte a sul. Continuo a acreditar em milagres...

segunda-feira, dezembro 12, 2005

HÁ PODER NA DIFERENÇA?!



Indigna-me brutalmente ouvir pessoas e organizações negarem o direito que cada ser humano tem de ser diferente do outro, não só fisicamente, mas mental, cultural, socialmente. Como teria o mundo chegado ao desenvolvimento económico e cultural que atingiu se os homens não pensassem, agissem e sonhassem de forma diferente uns dos outros? Que raio de sociedade «clone» seria a nossa se a inovação, a invenção e a diferença de ideias não fosse um valor adquirido nos dias que correm?. As organizações de extrema direita propõe uma sociedade baseada no trinómio deus/pátria/família e, na prática idealizam a extinção de todos os que ideologica ou pragmaticamente não contribuam para fortalecer os ideais da sociedade baseada nestes princípios. Quanto mais as sociedades modernas se afastam do conceito de deus criador do universo, da pátria como espaço étnico puro e da família como núcleo tradicional pai/mãe/filhos, maior é o ranger de dentes dos núcleos fascistas que saudosos relembram as ditaduras que defenderam estes princípios conservadores ao longo de várias décadas do século passado, condenando nações inteiras ao atraso económico e social. Alguns destes países, incluindo o nosso, ainda lutam por se libertar do garrote que foi a política social-fascista que os afastou da rota do desenvolvimento económico, social e tecnológico.
As organizações de extrema direita, versus «skinheads» estão a mudar a sua estratégia de actuação. Estão a abandonar as acções violentas e a investir no recrutamente de adolescentes e jovens para as suas fileiras. Não deixa de ser uma actitude inteligente e que, certamente, vai dar os seus frutos a medio-longo prazo.
Sempre pensei que a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outros. Todo o Homem deve ser livre de pensar, mas não pode ser livre de actuar, pois a acção totalmente livre contraria a liberdade dos outros.
As organizações de extrema direita, não adoptam este principio básico para o são relacionamento entre os seres humanos e entre os povos e actuam como uma máquina de lavar industrial que tudo querem limpar desde a cor da pele, aos pensamentos e aos sentimentos dos outros numa perspectiva de purificação da raça e actitudes. Estas organizações rejeitam a diferença, a mistura e a liberdade de ser diferente. Todos sabemos a que conduziu este tipo de pensamento em tempos não muito distantes... É ridículo como alguém pode pensar que a côr da sua pele é melhor que a do outro;é mesquinho querer aniquilar o pensamento diferente; é mórbido rejeitar a mobilidade do homem na busca de uma vida melhor; é abjecto intitular-se puro por oposição ao que sendo diferente ou pensando diferente é considerado menor.
Aonde nos leva a procura da perfeição da raça? Para jovens que estão a formar o seu carácter e as suas convicções, a ideologia de extrema direita pode ser um salto no escuro para o homem que está a maturar numa mente influenciável.
Os alvos principais dos «skins» são os imigrantes que contaminam a raça, os gays que pervertem a sociedade, os ateus que minam a ideia de Deus e todas as minorias que contrariam a ideia de pureza social e negam a sociedade «clone» em que aqueles preferiam viver. Dizem lutar contra a violência, mas fazem dela uso para a combater tudo o que contraria os seus ideais.
Felizmente estes grupos são uma pequena minoria que rabeia, rabeia e quanto menos força tem mais violenta se torna, mas as sociedades modernas tem formas de combater o uso da violência de extrema direita.
O direito de ser diferente é algo adquirido há muito!

sábado, dezembro 10, 2005

A LEI DA DISCRIMINAÇÃO SEXUAL



Portugal é um dos poucos países cuja Contituição consagra a não descriminação dos cidadãos devido às suas opções sexuais. A lei fundamental consagra, mas como seria de esperar a lei não regulamenta o que diz a constituição.
A Ilga está a terminar a recolha de assinaturas com vista a que a Assembleia da Républica Portuguesa seja obrigada a decidir sobre a legalidade dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não vai ser fácil fazer aprovar uma lei semelhante à que vários países já tem em vigor dando curso legal aos casamentos homossexuais. A lei pode até vir a ser regeitada pela mediocridade e falta de coragem da nossa classe política, mas algo não vai ser possível continuar como até aqui. Ou a lei torna legal os casamentos gay ou a constituição tem que ser revista no sentido de retirar da lei fundamental o principio de não discriminação. Vamos ver quem tem coragem. Acredito que Portugal vai estar entre os primeiros países do mundo a aceitar legalmente a união pelo casamento de duas pessoas do mesmo sexo. A ver vamos...

quinta-feira, dezembro 08, 2005

O REGRESSO DE FÉRIAS




O regresso à rotina após o período de férias tem sido difícil. As férias na Grécia ficaram registadas como das piores que já usufrui, não que o país escolhido não fosse muito interessante, mas porque muita coisa correu mal. Para começar o voo da Air France com destino a Charles de Gaule saíu atrasado de Lisboa o que nos deu dez minutos para continuar a voar com destino a Atenas no voo de ligação e as malas ficaram em Paris e foi uma carga de trabalhos para as recuperar. A minha só chegou a Mykonos três dias depois!!! Por onde terá ela andado, enquanto eu gastava dinheiro inesperado para poder sair à rua decentemente vestido. Depois veio a chuva e o frio. A cidade de Atenas foi o esperado: uma enorme cidade confusa, suja, poluida, apinhada de gente e de carros engarrafados e mal estacionados, lixo aos montes nas ruas ao final da tarde, cães vádios à solta nos parques da cidade. Uma enorme cidade menos interessante do que faz pensar o nome mítico da capital grega. Em termos monomentais Atenas é uma desilusão. Se esquecermos a Acrópole e o monumentos aos seus pés; Atenas pouco mais tem que o museu nacional de arqueologia de grande interesse para os visitantes. A cidade fora do centro é decadente, tal como Lisboa, mas a nossa capital tem muitos mais motivos de interesse do que a metrópole helénica. A cidade é cara, a vida nocturna curiosa, com serviços de qualidade duvidosa, taxistas oportunistas, embora a maior parte não o sejam. Os gregos em geral recebem bem, fazendo jus ao facto de serem mediterrânicos. Os gregos são, fisicamente, tentadores, barba de três dias, morenos e atrevidos: um regalo para a vista! Foram duas semanas passadas sem grandes momentos para recordar. Valeu pela emoção de pisar as pedras onde pisou Socrates, Platão, São Paulo, valeu por ter estado numa cidade a quem a civilização ocidental tanto deve, valeu por ter estado onde nasceu a democracia e muito da Europa que hoje conhecemos. Olhar a cidade apartir do areópago foi um momento emocionante, relembrar o discurso do apóstolo Paulo aos atenienses sobre aquela rocha ou imaginar o filósofo Sócrates caminhando para a frente e para trás na Ágora é razão mais que suficiente para dar por bem empregue o dinheiro gasto na viagem.
Os últimos dias foram os piores. A doença atacou e estragou o resto.