segunda-feira, abril 30, 2007

TENSÃO


EFEITO ESPECIAL

UMA CANÇÃO MUITO BI...



Sem tempo para escrever ou procurar uma sugestão original para vos oferecer, deixo aqui um video muito bonito de Daniel Zueras: «No quiero enamorarme».
Quarta-feira prometo voltar com tempo para compartilhar algo de pessoal convosco.
Até lá um bom feriado. Divirtam-se.

CORAÇÃO FERIDO




PART-TIME FATIGANTE

Isto de arranjar um part-time não foi boa ideia. Acabou o fim de semana e sinto-me como se fosse Sexta-feira. Estou um caco. Sinto-me cansado como se tivesse trabalhado o Verão inteiro, só não ganhei dinheiro suficiente para não fazer nada o resto do ano, à boa maneira cá do sul. Felizmente amanhã já é Segunda-feira. Os «sogros» estão quase de regresso e na Terça é feriado, um verdadeiro dia santo dos trabalhadores. Será a minha chance de recuperar ânimo para trabalhar os dois dias que me faltam até à próxima folga.
E depois já faltam poucas semanas para as férias de Primavera. Paris é logo ali, a duas horas de avião e embora os gauleses não sejam o povo mais acolhedor da Europa, a cidade luz ainda é uma referência para quem tem a pretensão de ter visitado um pouco do mundo. O meu françês, o idioma claro, que francês de carne e osso nunca apreciei muito, sempre achei que têm todos tendências sado-maso, o que não é o meu forte, está para a conversação como a sardinha está para a lata de conserva, so lá cabe se fôr bem cozida, aparada e temperada . O meu francês é uma rosca ferrugenta, só oleada e um pouco forçada é que funciona. Os planos estão feitos. Que o dia chegue na data certa.

Misturado com esta azáfama toda, tive que fazer uma reflexão sobre o que quero fazer do meu trabalho e da minha equipa. Sempre foi minha estratégia apostar na responsabilidade individual de cada um para desempenhar as suas funções. Sempre quis acreditar que as pessoas se forem devidamente motivadas são capazes de vestir a camisola e ter orgulho na forma como desempenham as suas funções. Julgo que não estou completamente errado, mas quando menos esperamos surgem variáveis pessoais que renegam para segundo plano a capacidade de separar o essêncial do acessório, o egoismo do altruismo, a competência e o empenho pessoal das motivações mais triviais. É nesta fase que é preciso pôr travões a este «laissez faire lessez passer» de cada um e lançar rédeas para trazer as pessoas a bem ou a mal ao fundamental do desempenho profissional. Deixar que as motivações pessoais interfiram com as profissionais é meio caminho andado para que o comboio possa descarrilar, mais cedo ou mais tarde. Como o maquinista sou eu o melhor é por travões na carruagem antes que o descarrilamento seja certo. O processo não vai ser mais doloroso para ninguém do que para mim, mas não tenho alternativa. É altura de separar o trabalho do conhaque, como se costuma dizer por cá. Lamentavelmente há quem não saiba quando se deve parar, nem porquê. Eu sei que a hora de parar é agora e hoje, primeiro dia de trabalho da semana, já houve quem se tenha dado conta.

quinta-feira, abril 26, 2007

UM COMPASSO DE ESPERA


Os próximos dias não vão ser muito férteis em novidades por aqui. O tempo vai escassear para fazer tudo o que tenho para fazer. O blog vai ficar em segundo plano. Prometo não deixar isto completamente abandonado, mas o ritmo vai ser diferente. Deixo já um enorme obrigado para o mais de meio milhar de visitantes diários que por aqui passa. Na verdade nunca pensei chegar a estes números. Há poucos meses quando chegava aos 200 visitantes era uma vitória. isto tem sido o meu mais interessante hobby dos últimos tempos e ainda não cansei. Tenho feito um esforço para publicar fotos agradáveis à vista. Tenho procurado despertar os vossos sentidos e aumentar o vosso apetite pelo lado do bom gosto, do interessante e da divulgação de temas que me importam trazer ao vosso pensamento. São, no fundo questões pessoais, que, na minha opinião dizem respeito a todos. Talvez seja tempo de repensar o que tenho feito com o DE CORPO E ALMA e dar-lhe um novo impulso para que possa continuar a atrair mais visitantes de todo o mundo.

Por hoje vou desejar-vos um bom fim de semana (o meu acabou de se iniciar). Que aproveitem que o tempo já alimenta os sentidos com outros cheiros, outras cores, outras temperaturas, outros sabores e outros sonhos.

Este é já um tempo mais leve, propício à vida fora de casa e ao encontro de gente que passou o Inverno em frente à televisão. A ânsia de coisas novas aumenta com a temperatura do ar. Aproveitem que o tempo não espera.

FELICIDADE EM JOGO


SALAMANDRA HUMANA

I LOVE YOU MI VIDA



Já que a canção portuguesa não vale a aposta, deixo aqui a proposta espanhola para a Eurovisão deste ano:o grupo D'Nash. Quatro rapazes muito bem parecidos (Basty, Ony, Javi et Mikel) representarão «nuestros hermanos» com a canção «I love you mi vida». O video promocional aqui está para vos aguçar a curiosidade.



Mais informação sobre o grupo : www.nash.es.

terça-feira, abril 24, 2007

25 DE ABRIL


ONDE ESTAVA EU NO 25 DE ABRIL?



O escritor Baptista Bastos celebrizou a pergunta e, certamente, muitos portugueses já responderam para si mesmos à famosa pergunta: «Onde é que você estava no 25 de Abril de 1974?» Também eu tenho procurado lembrar os pormenores desse meu dia da revolução para responder com precisão à questão. Como pode uma criança de 9 anos responder relembrando um dia que tinha tudo para ser um dia igual a tantos outros vividos aos 9 anos de vida. Um dia de escola com o recreio pelo meio e o regresso a casa, no meio de muita brincadeira e trabalhos de casa.

Naquele tempo os meios de comunicação não estavam tão presentes em casa como nos dias de hoje. A emissão televisiva não era contínua, nem começava às 7 da manhã. Se bem me lembro eu esperava ansiosamente o início da emissão às 19 horas com as primeiras notícias e depois a delícia dos desenhos animados. Não acordava ao som da rádio, como hoje. Em minha casa ninguém ouviu o«E depois do Adeus» cantado por Paulo de Carvalho, às 22:55 e muito menos Zeca Afonso cantar a «Grândola Vila Morena» na Rádio Renascença, essa que foi a senha para o despoletar da revolução. A noite foi de sono profundo enquanto os militares depunham sem violência o regime fascista, velho de 48 anos e o Rádio Clube Português transmitia o primeiro comunicado do Movimento das Forças Armadas às 4:26 da madrugada.

Percorri os 3 quilómetros que separavam a casa onde vivia da Escola Primária de Bias acompanhado dos colegas habituais. O Samuel, o «Dérinho», o Chico, talvez mais algum, não tenho certezas. Frequentava a 4ª classe. Tinha uma professora açoreana, vinda ali parar, naquele ano, sem se perceber como. Não gostava dela e o último ano da primária não me estava a correr muito bem. Dava muitos erros nos ditados e nas cópias por muito que me esforçasse nunca conseguia mais do que um frustrante Suf. (suficiente) + ou - . A matemática já me tinha valido uma reguada por ter arriscado ser o primeiro a apresentar o resultado de um problema incorrecto. A professora tinha avisado que quem não fizesse bem teria esse prémio e eu arrisquei pela última vez.
Dizia eu que ao chegar à escola reparamos que algo de estranho se passava. A professora da 1ª classe estava lavada em lágrimas! A fotografia de Marcelo Caetano estava no chão, aos pés do quadro preto, e ninguém estava nas aulas. Não percebíamos o que se estava a passar. Mas não nos parecia mal. Havia quem jogasse à bola no recreio, outros brincavam como se já estivessem no intervalo das 10:30 ou até lanchavam antecipadamente. Com o passar do tempo lá me apercebi que aquele alvoroço se devia a algo que estava a acontecer em Lisboa. Depois alguém decidiu pôr ordem naquilo e mandou-nos de volta para casa. Não havia aulas! Muito bom. Inesperadamente um dia à perna solta.

Já em casa, a minha mãe lá me foi dizendo que havia uma revolução com militares e tudo em Lisboa e que não devíamos sair de casa porque não sabia o que podia acontecer. Não lembro a que horas ligamos a televisão. A minha casa não tinha energia eléctrica e a televisão funcionava a bateria que dava para umas 15 horas de emissão e depois tinha de ser recarregada. Hoje ninguém imagina como era ver televisão naquela altura. Primeiro só tínhamos 1 canal. A palavra «zapping» não tinha sido inventada ainda. A minha mãe era a guardiã da pequena Philipps, comprada com muito esforço, que estava na sala de estar. Eu tinha autorização para ver a meia hora de desenhos animados, depois víamos todos juntos o Telejornal e o programa a seguir que era uma seca quase sempre. Ligamos, então a televisão e só dava uma música estranha e de quando em quando vinha um senhor de barba e farda militar dizer para as pessoas se manterem calmas e em suas casas. A Revolução dos Cravos estava em marcha. Não lembro muito mais. Foi uma noite muito aborrecida porque não transmitiram o programa infantil e isso bastava para me estragarem a noite.

Com o passar dos dias percebi um pouco melhor o que estava a acontecer, até à explosão das manifestações no dia 1 de Maio, a chegada daqueles dois senhores vindos no Sud Express de Paris e a saída dos presos das cadeias. Lembro que com os amigos de escola quase planeamos uma ida a Olhão para participar numa dessas manifestações e assim aparecer na televisão. Foram dias intensos e confusos para uma criança de 9 anos que, no entanto, vibrava com toda aquela euforia lá longe. Parecia que o «mundo» ganhava outra vida, as pessoas estavam felizes e só falavam na revolução, nos cravos, na PIDE, no MFA, nos presos políticos, nos comunistas, num tal de Mário Soares e num Cunhal, em manifestações em liberdade e numa coisa a que chamavam política. Aquilo era muito importante e bom para todos, eu é que não percebia bem porquê.

Aconteceu, dias depois algo que não percebi de imediato. A mercearia onde minha mãe fazia compras não abriu nos dias seguintes e depois ouvi dizer que o dono tinha falecido no dia em que a polícia o tinha vindo deter por ser informador da P.I.D.E. Depois ouvi a minha mãe dizer que era por causa dele que o Álvaro, o filho mais velho da vizinha tinha sido preso, diziam que ele era do Partido Comunista.
E continuei a brincar como antes, mas passei a gostar muito mais de ver o Telejornal e a descobrir que o mundo era muito mais complicado do que eu pensava.

ANÚNCIOS DO MUNDO I




Agência publicitária: Longplay, São Paulo, Brasil
Director Creativo: Fernando Luna
Directores artísticos: Felipe Barros e Alexandre Lage
Fotógrafo: Alê Torres

O CORPO HUMANO


Recordam uma entrada antiga sobre a exposição O corpo humano que publiquei sob o título «Corpos sem alma»?Pois é, a polémica exposição chega a Portugal em Maio.

«O corpo humano como nunca o viu» vai estar patente no Palácio dos Condes do Restelo, em Lisboa. A data de abertura ao público ainda não foi divulgada pela organização.

segunda-feira, abril 23, 2007

O PROBLEMA DO PAU


PHOTOSHOP SPEED PAINTING



o prazer de ver o artista criar com as novas tecnologias. Espantoso!

MISHA GORDIN




A fotografia quando transformada em arte tem uma força de comunicação que pode chocar pela crueldade com que confronta com a consciência. O fotógrafo Misha Gordin é um desses artistas que faz da fotografia uma arma capaz de ferir as nossas «almas».

Entre na sua página e sofra com a beleza cruel da sua arte clicando no título desta entrada.

AS MAIS PEQUENAS HISTÓRIAS DO MUNDO

Hoje é dia mundial do livro. Em Portugal talvez se comprem muitos livros, mas a maior parte deles são para fazer figura na estante, para mostrar ao amigo, ao vizinho quando vai jantar lá a casa. As estatísticas provam que os portugueses lêem pouco. Aliás a iliteracia é um dos grandes males da nossa força de trabalho. Gente que fez o ensino básico e até o secundário, logo que saiu da escola não voltou a ler um livro, a folhear um jornal, a abrir uma revista. Com o passar dos anos a capacidade de ler um texto e de o compreender perdeu-se. São analfabetos que andaram à escola e não contam nas estatísticas do analfabetismo deste país, mas são mais um motivo de atraso da nossa sociedade.

Não é original nem inovador, mas o Diário de Notícias pediu a 15 escritores que escrevessem histórias com o máximo de 10 palavras. Aqui fica o resultado:


AMOR DE PERDIÇÃO

Teresa e Simão amavam-se. Mariana amava Simão. Morreram de amor.
Vasco Graça Moura
-!-
Estação. Comboio. Fim. Tarde. Espera. Ausência. Apito. Solidão. Stop. Embarquei.
Miguel Sousa Tavares
-!-
TININHA
No dia da última bomba, nasceu a menina chamada Palestina.
Ondjaki
-!-
Finalmente cansou-se, fez as malas, emigrou e foi feliz.
Herman José
-!-
EXIGÊNCIA
Um poeta cego pediu mais janelas para a sua casa.
Gonçalo M. Tavares
-!-
AVISO
A personagem principal chegará atrasada. É favor esperar.
José Luís Peixoto
-!-
Queria um ladrão. Só encontrou homens honestos. Ainda assim casou.
Hélia Correia
-!-
Ruben Miguel, o homem de papel ardeu.
Manuel João Vieira
-!-
O crente morreu e foi feliz para sempre.
Valter Hugo Mãe
-!-
Até morrer conservou no armário o esqueleto do capuchinho vermelho.
Mafalda Ivo Cruz
-!-
Quando o Mal subsiste, o Bem resiste, o Amor persiste.
Miguel Real
-!-
Homem mata anão; Espectáculo cancelado.
João Tordo
-!-
Comia frutos sobre o abismo. Cobardes, abaixo, aspiravam-lhe a queda.
Possidónio Cachapa
-!-
Um homem ama uma mulher.
Francisco José Viegas
-!-
Quando o comboio bateu, ela esquecera a razão do suicídio.
Hélia Correia
-!-

GLEN HANSON



À JANELA



domingo, abril 22, 2007

MANIFESTAÇÃO EM CRACÓVIA

Os homossexuais polacos não se conformam com as políticas promovidas pelo governo homofóbico do seu país. Cerca de 2000 pessoas participaram em Cracóvia na Marcha pela Tolerância, uma iniciativa anual organizada por associações de gays e lésbicas, rodeados por um cordão policial de 400 agentes para evitar confrontos com os radicais do grupo extremista Jovens da Polónia. Os membros deste grupo, uns 250 lançaram ovos e fizeram tentativas de agressão aos participantes da marcha enquanto no centro da cidade exibiam cartazes onde se podia ler «Pedófilos, gays e lésbicas, não tende lugar na Polónia» ou «Homos go home».
O governo polaco, ultra conservador católico, não esconde a sua intolerância para com a comunidade homossexual tendo apresentado projectos de legislação lesiva dos direitos dos homossexuais. A União Europeia tem o governo polaco sob pressão na tentativa de evitar que um país da união possa descriminar de forma institucional parte dos seus cidadãos.

EUROPRIDE - MADRID 2007


A igualdade é possível.
Agora toda a Europa a uma só voz.

HVH - COMICS




HvH é um ilustrador gay português que desenvolve a sua arte ligado à sub-cultura gay bear. Inspira-se, entre outros, no traço artístico de João Abel Manta. Tem um portfólio publicado pela Class Comics,e está prestes a publicar a sua primeira banda desenhada, que também verá a luz do dia em França através da H&O Éditions. O blog do artista tem o nome de HvHExpo.

PORTUGUESES VÃO DORMIR PARA O TRABALHO?

De acordo com o inquérito - realizado junto de 14.100 pessoas de 28 países através da Internet - 75 por cento dos portugueses deitam-se depois da meia-noite e destes quase 30 por cento só vão para a cama após a 1h00. No segundo lugar na lista dos países mais noctívagos está Taiwan (Formosa), onde 69 por cento da população adormece depois da meia-noite. Um número muito próximo do registado na Coreia (68 por cento).


A quarta posição é ocupada por Hong Kong, onde 35 por cento da população se deita depois da meia-noite e outros 31 por cento só caem na cama após a 1h00. A vizinha Espanha, conhecida pela sua "movida", surge no quinto lugar, com 65 por cento da população a recolher ao quarto já depois das 0h00.


"Dos 10 países onde as pessoas se deitam mais tarde, sete são asiáticos e os outros três mediterrânicos, mais conhecidos pelas suas longas noites e pelas sestas a meio do dia: Portugal, Espanha e Itália", lê-se no estudo. Na região da Ásia e do Pacífico há, contudo, algumas excepções: 24 por cento dos australianos e 19 por cento dos neozelandeses já estão na cama às 22h00.

No que me diz respeito contribuo direitinho para a estatística.É raro o dia em que vou para a cama dormir, atenção, dormir antes da 1 da manhã. Por falar nisso... Até amanhã.

ASSIM DÁ GOSTO


A IGREJA ACABOU COM O LIMBO

Todos temos consciência que a Igreja Católica Apostólica Romana é uma instituição poderosa. A sua riqueza e capacidade de intervir, manipular einfluenciar a vida de nações por todo o mundo é avassaladora. Eu não sabia é que esta instituição também tinha poder sobre o próprio Deus. Pasme-se, mas é verdade. A Igreja Católica mandou acabar com o Limbo. Para os menos conhecedores destas coisas da religião católica o Limbo é... é, não era o lugar onde todas as crianças que morreram sem ser baptizadas permaneciam na eternidade, sem possibilidade de comunhão com Deus. A Santa Madre Igreja mandou criar o Limbo algures durante a Idade Média para resolver o problema das crianças não baptizadas, como já referi, que assim não iam parar ao Inferno, mas também não iam para o Paraíso, visto que não sendo baptizadas não podiam estar em comunhão com o Todo Poderoso. Agora vários séculos depois o Papa Bento XVI decidiu pedir a Deus que deixasse as crianças inocentes irem directamente para o Céu, e depois de muito tempo o Criador parece que aceitou a proposta do Papa e este extinguiu o Limbo. A igreja achou que, afinal, Deus estava a ser injusto ao castigar os inocentes com uma estadia eterna que não era peixe nem carne, só porque morreram sem receber o sacramento do baptismo e mais grave ainda por lhes ter sido retirado o direito à vida pela prática do aborto.
Pois é o Papa tem poder para alterar o mapa do Céu. Já agora que sabemos disso será que não dá para acabar com um outro lugar chatérrimo que é o Purgatório. Se a Igreja Católica criou o Purgatório também pode acabar com ele, não? Dava um certo jeito aos pecadores católicos deste mundo. Além disso já temos um Purgatório aqui no Algarve, ali para os lados de Albufeira. já nos chega.

sábado, abril 21, 2007

AOS VINTE?...




MASSACRE APÓS MASSACRE

É espantoso como a América chora os mortos de sucessivos massacres ocorridos devido, em parte, à facilidade com que é possível comprar armas naquele país e não reconhece que esta liberdade tem custado à nação americana milhares de vidas. Dizem que o debate sobre a liberdade de compra e porte de armas nos Estados Unidos da América é permanente. Mas a verdade é que não conduz a uma mudança de mentalidade e da lei sobre o problema. O lobby das armas é muito poderoso e o negócio não se compadece com os mortos, nem estes fazem manifestações. Oito anos depois do liceu de Columbine aconteceu o massacre da Virginia Tech pelo meio ficaram muitos outros cadáveres vítimas de uma política que torna a nação americana uma das mais violentas do mundo, e nada mudou.
Como pode um jovem que já vinha sendo acompanhado pela polícia e pelos serviços psiquiatricos ter adquirido duas armas numa premeditação planeada do massacre que veio a causar. O estado da Virginia só permite que um cidadão compre uma segunda arma depois de 30 dias de ter adquirido a primeira. O jovem coreano comprou a sua, precisamente no primeiro dia em que o podia fazer depois de ter começado a preparar o massacre com a compra da primeira.
A América é o país do sonho e da liberdade, mas a que preço se prolongam liberdades deste género. Na guerra contra o terrorismo as liberdades mais elementares dos cidadãos são reduzidas, senão mesmo cerceadas em prol da segurança do estado. A guerra contra a violência «privada» simplesmente não existe. Há algo de incompreensível e doentio nesta política e nesta atitude do povo americano perante a violência. Se vem de fora é para combater a todo o custo, se é interna, não se combate porque mexe com as liberdades dos cidadãos.

sexta-feira, abril 20, 2007

BOM FIM DE SEMANA


FOTÓGRAFO - DAVID ROTHWELL






As civilizações extra terrestres também terão uma comunidade gay? (lol)

DEIXEMO-LOS ESPERNEAR

A propósito das recentes iniciativas da extrema direita no nosso país, um amigo, quando eu comentava a detenção de vários apoiantes destes movimentos nacionalistas, que defendem o recurso à violência para defender e promover os seus ideais reagiu dizendo: não é nada contra vocês (este vocês é sinónimo de homossexuais), mas muita canalha que anda por este país devia ir-se embora. Este amigo não perfilha os princípios dos radicais direitistas, mas esta atitude mostra como existe uma vasta minoria da população que simpatiza com as teses racistas e xenófobas destes grupos. Os partidos desta índole obtêm cerca de 10 mil votos em eleições legislativas, mas na sombra há muito boa gente que não repele as propostas que negam os valores básicos da liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens. Medos, pouco claros, de que os imigrantes nos roubam os postos de trabalho, competem com baixos salários, são potenciais criminosos, casam com as nossas filhas e tornam impuro o sangue dos nossos netos, desfiguram a nossa cultura, entre muitos outros são a razão para esta simpatia velada pelos ideais fascistas.

Existe uma extrema direita corajosa que dá a cara e consegue aparecer diariamente nos jornais e televisões através de iniciativas de baixo custo, mas planeadas com rigor e sentido de oportunidade. Eles não estão a dormir. Na minha opinião as autoridades e a lei portuguesa está a agir em conformidade com o desafio que estes grupos colocam ao país. Claro que muitos defendem que a divulgação desses ideais e organização politica desses grupos seja pura e simplesmente proibida. O risco de, nesse objectivo a Democracia passar a usar métodos que o nacional fascismo não desdenharia faria com que fosse igual a eles em intolerância, censura e repressão.

A acção preventiva levada a cabo, recentemente, pela polícia judiciária foi tremendamente eficaz nos seus resultados. Apanhou em flagrante membros destes grupos com armas proibidas, com material de propaganda de cariz racista e provocou indirectamente o cancelamento da organização em território nacional de um encontro de partidos de extrema direita de toda a Europa este fim-de-semana. É o que se chama «matar dois coelhos com uma cajadada».
O PNR é um partido legalizado que institucionalmente não cruza as raias do legalmente aceitável, por isso não há instrumentos legais para o ilegalizar. Os seus dirigentes e simpatizantes, como indivíduos, já podem ser criminalmente acusados, sempre que pisarem o risco, como já aconteceu várias vezes. E aí sinto alguma segurança porque sinto que as autoridades estão atentas. Ilegalizar e reprimir com métodos pouco democráticos podia ser contraprocedente. Seria na minha opinião empurrar estes indivíduos para o terrorismo que é o que acontece quando não se dá oportunidade a estes grupos de expressarem as suas opiniões. O importante é criar condições para que não tenham apoio social e se mantenham como gropusculos que esperneiam diariamente pela visibilidade dos seus projectos.
A Democracia tem princípios e não pode ceder à tentação de usar métodos fascistas contra aqueles que defendem esses métodos. Passaria a ser igual ou pior do que eles.

Quanto àquele meu amigo que mostra simpatia por ideais xenófobos, racistas, nacionalistas e que diz que não tem nada contra os homossexuais ( e acredito que não tenha) tem certamente falta de princípios éticos e de um sistema de valores que não abonam nada em seu favor nem da nossa amizade.

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