domingo, dezembro 31, 2006

FELIZ ANO 2007



Um grande amor para o ano que agora começa é meio caminho para um ano muito feliz.
Que este ano vos traga senão um grande amor, muita saúde e tuza para correr atrás dele.

sábado, dezembro 30, 2006

A TODOS UM BOM ANO.

Não quero despedir-me do ano velho falando da extraordinária vitória de Bush no Iraque onde conseguiu a proeza de ver Saddam Hussein enforcado enquanto Mr. Bin, sim esse, o Laden celebra mais um ano a jogar ao gato e ao rato sem que ninguém saiba onde se esconde o rato. Também não queria falar da proeza do Alberto que sem infringir a lei pediu 500 milhões de euros aos bancos e que nós, contribuintes portugueses, pagaremos mais tarde sem tugir nem mugir. Foi tudo dentro da lei. Ainda não queria terminar o ano comentando o exemplar auxílio aos pescadores do «Luz do Sameiro» que morreram afogados a 20 metros da praia da Nazaré. Muito menos me agrada falar da Sara que se vem juntar ao rol de outras crianças maltratadas pela família a que a Segurança Social portuguesa não prestou a devida atenção.
Queria despedir-me deste ano com um comentário positivo, de esperança no futuro e dei voltas e voltas à cabeça e só me veio à cabeça a boa nova de que os portugueses vão celebrar a passagem do ano gastando o que sobrou das prendas de Natal, no Brasil, na Ilha da Madeira ou aqui pelo Algarve e não vão conduzir embriagados, nem em excesso de velocidade, nem arriscar manobras perigosas por isso o ano vai começar sem mortos nas estradas e com mais uma razão para celebrar.

A todos um bom ano de 2007!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

EL KOALA OPA VIACÉ UN CORRÁ



Um video bem divertido para terminar o ano velho.
Prestem atenção à letra. O espanhol é fácil de entender.

LIMPEZA DE FIM DE ANO

O final do ano é propício a arrumações e limpezas, balanços e votos. Hoje aproveitei para fazer uma limpeza no «De corpo e alma». Ao longo destes cinco trimestres fiz posts que olhando para eles agora não faziam sentido, não tinham qualidade, ou ficaram desactualizados. Como o blog está a ficar pesado optei por escolher cerca de trinta postagens e mandá-las para o caixote do lixo virtual do blogspot. Escolhi estes, outros tantos podiam ter ido sem que se ficasse a notar a falta. Quantos vão ler posts antigos? Muito poucos. Mas os posts não são só para quem os lê, são sobretudo de quem os escreve. É uma memória que fica, uma parte de nós que ali está por qualquer razão especial que até já esquecemos.
O «De corpo e alma» ficou um pouco mais leve, mas não perdeu nada de essencial. As razões que o fizeram nascer estão todas vivas por isso penso que está para continuar.

Continuem a vir espreitar e comentem, nem que seja para dizer que já não voltam mais porque não vos diz nada.

Um ano de 2007 muito melhor que o melhor até agora vivido é o que desejo a todos. Se assim fosse o mundo seria um pouco melhor no ano que chega cheio de dúvidas e ameaças. Que tal descobrir o que cada um de nós pode fazer pessoalmente para tornar menos ameaçador o mundo em que vivemos. E há tanto que pode ser feito, sem grande esforço, a nível ambiental, social, profissional...

EM 2006 FICAMOS A SABER QUE...

A parte do cérebro que regula a razão e a impulsividade ainda se encontra em desenvolvimento durante a adolescência e só entra em "auto-piloto" por volta dos 25 anos.

Povos antigos da Ásia entraram na América seguindo uma "estrada" oceânica de sargaço denso.

Um novo planeta, denominado de "Super-Terra" que pesa 13 vezes mais que o nosso planeta, existe no sistema solar a 9000 anos-luz de distância.

Durante os últimos cinco anos a alergia das crianças aos amendoins duplicou.

Biólogos marinhos descobriram um tubarão que usa as barbatanas para andar no fundo do mar.

Dormir mais tempo ao Sábado e ao Domingo pode alterar o relógio biológico, deixando o corpo mais fatigado no início da semana.

O pombo comum consegue memorizar 1.200 imagens.

Uma das formas mais eficazes para os atletas recuperarem depois do exercício físico é beberem um copo de leite achocolatado.

Uma sessão de 30 minutos de beijos pode diminuir as reacções alérgicas do corpo ao reduzir a produção de histamina, o medidor natural das respostas às alergias.

Uma substância chamada resveratrol, também encontrada no vinho tinto, protege ratos da obesidade e dos efeitos do envelhecimento, e talvez consiga fazer o mesmo em humanos.

Para mais descobertas clic no título.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

UM SAPO COM VIDEOS!



Quem anda por estes lugares virtuais tem que estar a par das novidades. A novidade de hoje no mundo virtual português é o lançamento do Sapo videos. Já não precisamos de viajar para o estrangeiro para publicarmos os nossos videos, de gosto duvidoso, na net, basta ir ali ao Sapo (http://videos.sapo.pt/) e já está. Não esqueçam: o que é nacional é bom. Vão lá espreitar, não vão eles encerrar o serviço.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

CONVERSAS DE NATAL


O dia de Natal é propício a confraternizações inesperadas. Em casa da família juntam-se amigos vizinhos e conhecidos para desejos de Feliz Natal, na província ainda é assim, e quando damos por nós estamos a conversar animadamente com pessoas que acenamos ao passar de carro, que já não cumprimentavamos há muito, ou com quem raramente partilhamos um pouco das nossas vidas. Não deixa de ser agradável recordar acontecimentos antigos, recuperar um pouco da vida de pessoas que já fizeram parte das nossas vidas, ficar a conhecer gente a quem só cumprimentamos por cortesia.
O reverso da medalha também existe.
Acabamos a conversar com pessoas que não esperavamos terem tão pouco para nos ensinar, o mesmo é dizer com cabeças tão ocas que nos chegam a irritar. Não quero entrar em piquinhices, mas no decorrer de uma conversa frente à lareira ( o Algarve esteve frio no dia de Natal) um jovem familiar compartilhou segredos que eu preferia não saber, pois tal conhecimento só diminuiu a consideração que tinha por ele. Um rapaz de pouco mais de 20 anos contou orgulhoso que era ele que fazia a revisão mecânica ao seu carro. Dirigia-se para as salinas, em plena Ria Formosa perto da Fuzeta, e despejava o óleo queimado por lá!É também ele ou pessoas do seu calibre que abondonam entulhos na zona da ria ou nos caminhos e estrada secundárias do concelho de Olhão, descarregam lixo no primeiro declive que encontram na beira da estrada. Mas este meu ilustre familiar deixou cair outra das suas pérolas: comentavamos a beleza física do actor Will Smith quando ele abre a boca e dirigindo-se à sua companheira diz: «deixa que eu depois logo te levo ao Jardim Zoológico visitar a aldeia dos macacos.». Fez-se um silêncio de incredulidade até que a minha irmã aliviou e disse: - «Olha P... ser fumador e ser racista são coisas que estão fora de moda!...» Como qualquer «racista» luso contrariou afirmando que não, não era racista. Até tinha amigos pretos.
Fiquei incrédulo, mas como apredi na Bíblia que não se devem atirar pérolas a porcos, levantei-me e fui apanhar ar fresco, sempre era mais saudável.

ERA UM BLOG

Fiquei surpreendido quando fui hoje visitar o blog «Perguntar não ofende», na esperança de me deparar com mais uma daquelas perguntas deliciosas e originais que por lá se postavam, e deparei-me com a mensagem de encerramento deste original espaço. Fiquei triste, confesso, nos últimos tempos tinha-me habituado a fazer uma visita rápida e pensar um pouco na questão pertinente que deixava aos seus leitores. Hoje não havia pergunta, nem vai voltar a haver!
Será que se esgotaram as perguntas? Certamente que não.
Aqui fica o convite para visitar este blog e apreciar a originalidade e pertinência das questões que ficavam no ar.
Aqui ficam algumas só como exemplo:

«As pessoas que não balançam os braços ao andar fazem-no por preguiça ou estilo?»

«Quanto maiores os músculos, mais curta e justinha a t-shirt?»

«Como é possível não haver um provérbio "Mulher amuada só à chapada"?»

«Em que circunstâncias pode um homem colocar creme nas costas de um amigo com quem vai à praia?»

..E muitas outras.

http://perguntarnaofende.blogspot.com/

terça-feira, dezembro 26, 2006

«O NOSSO HOMEM»


A festa de celebração do nascimento de Jesus cumpriu-se sem grandes novidades no que diz respeito à tradição da minha família. Nem todos os habituais estiveram presentes, mas a verdade é que não se sentiu muito a sua falta. Quem não estava costuma trazer nestas ocasiões um acomular de tensão e de estados de espírito que alternam entre a euforia e a depressão, pelo que a ausência era lembrada quando reparavamos na harmonia e tranquilidade que reinava. Foi bom assim.
Nestas datas eu e o Shwasy ficamos cada um por seu lado. Só o final da festa nos permite encontrar para trocar presentes, desejar feliz natal e passar algum tempo juntos. Nestas ocasiões em que estamos separados acontece, cada vez com mais regularidade os amigos perguntarem: «Então e o nosso homem como está?» Gosto desta forma carinhosa e cúmplice de me perguntarem pelo Shwasy. Amigos de quem poderia esperar algum desconforto em abordar o assunto põem a questão com a maior das naturalidades. «O nosso homem», tanto mulheres como homens adoptaram esta forma de perguntar pelo meu homem e juro que não fico com ciumes, antes fico lisonjeado com a pergunta. Sem se aperceberem tornaram o meu Natal melhor.

domingo, dezembro 24, 2006

FELIZ NATAL 2006



Desejo a todos os leitores e visitantes um Natal melhor que todos os já vividos. Vale apena pensar que o Natal é celebração de vida, celebração da família, espírito de paz e solidariedade. Todas as manifestações externas do Natal são vazias e vãs se não celebramos o nascimento de Jesus como a celebração da renovação da fé nos Homens a começar pela fé em nós próprios.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

UMA HISTÓRIA NO NATAL

«Uma rapariga de 21 anos subiu ao edifício da câmara da cidade alemã de Lorrach, com a intenção de pôr termo à vida. Uma multidão de mirones juntou-se na praça e uma parte dos presentes, na sua maioria entre os 16 e os 19 anos, encorajaram a jovem a saltar. Alguns sem-abrigo, que habitualmente ocupam o lugar, protestaram. Os ânimos aqueceram e em pouco tempo havia mais de 40 pessoas envolvidas em confrontos. A polícia teve de intervir para separar os dois grupos e seis agentes ficaram ligeiramente feridos. A jovem acabou por descer e foi conduzida a uma clínica da região.»

Resumo de notícia do Público.

O episódio da jovem de Lorrach choca menos pelo desespero de uma rapariga do que pelo incitamento ao suicídio por parte de um grupo onde, eventualmente, estariam alguns dos seus amigos. Como é possível que jovens, «com idades entre os 16 e os 21 anos», tentem empurrar para a morte «um dos seus», quase como se se tratasse de uma paródia de Sábado à noite, quiçá uma proeza merecedora de aplausos post mortem?
E há depois a reacção, que nos reconcilia um pouco com a vida, dos sem-abrigo que se indignaram. Eles, essa gente que, pelos mais variados motivos, pouco tem a esperar do futuro, revoltaram-se contra a morte e contra aqueles que, com a uma crueldade sem limites, queriam o espectáculo de um suicídio em directo.

Comentário no DN de Mário Bettencourt Resendes
Clic no título para ler tudo

DE VOLTA

Uma avaria técnica, na «máquina do tempo» como diz um certo colega meu, impediu-me desde Segunda-feira de postar. Deixei passar alguns acontecimentos importantes como o aniversário do Shwasy, a posição dos nossos juízes sobre a aplicação da lei sobre violência doméstica aos casais homossexuais, entre outros acontecimentos que «certamente teriam merecido uma referência neste blog.
Nunca pretendi fazer deste espaço um lugar de exibicionismo gay, nem um diário pessoal, muito menos um blog de intervenção política ou social. Não tenho formação para esta última faceta. Sou apenas um curioso dos acontecimentos que me rodeiam e um interessado sobre tudo o que afecta a vida deste país e do planeta em geral.
Este espaço é e será um escape à minha medida, relatando, comentando e divilugando os factos de interesse gay que me interessam e provavelmente aos outros homossexuais também, acontecimentos da minha vida pessoal que quero relatar para mais tarde recordar e comentar as questões políticas, sociais ou de outros âmbitos que julgo ser interessantes fazer referência para que os leitores desta página possam pensar também um pouco sobre eles.

terça-feira, dezembro 19, 2006

segunda-feira, dezembro 18, 2006

SEM QUEIXUME...

Meu pai foi um homem solitário. Constituiu família, mas aproveitou a necessidade de emigrar para continuar a sua carreira solitária pela vida. Nunca fez intensão de juntar a família durante os 11 anos que viveu em Paris. Ele estava bem sozinho. Apenas a paixão pelo pombos permitiam dizer que raramente estava só. No decorrer dos dias longos junto dos seus atletas de asas sobreveio a doença fatal que em poucos meses o levou para sempre do nosso meio. Em menos de 6 meses um câncro que alastrou pelo abdomen retirou-lhe a capacidade de fazer o que mais gostava: cuidar dos pombos e entreter-se na horta até ao cair da noite. Nos últimos dias já não tinha forças para sair á rua. Faleceu faz hoje 2 anos. Quando olho para trás verifico que ele não se queixava de dores, de mau estar. Creio que morreu acreditando que a sua hora não era chegada. Não se lamentava como se isso fosse uma prova de fraqueza ou fazê-lo antecipasse o fim. Quando se sabe do sofrimento da fase terminal da doença, imagino o sofrimento daquele homem, sem queixume, que tomou um único paliativo para a dor no dia antes de falecer. Quando apliquei o penso de morfina acreditava que ainda viveria muitos dias. Fiquei pasmado quando o telefone tocou no dia seguinte com a notícia fatal.

domingo, dezembro 17, 2006

BREAKING NEWS!



Saddam fugiu quando ia ser transferido para a prisão de Abu Ghraib. As tropas americanas já conseguiram localizar o fugitivo algures no deserto iraquiano. Sobrevoa, entretanto, o Atlântico um avião da CIA, que fará escala na ilha de Santa Maria (soubemos de fonte segura) quando regressar aos USA. Para evitar nova tentativa de fuga Saddam ficará a aguardar o enforcamento no paraíso caribenho da ilha de Cuba, mais conhecido por Guantânamo, onde os prisioneiros são tratados como turistas e de onde não querem sair, como provam as estatísticas.

PRESENTES APETITOSOS






sábado, dezembro 16, 2006

FUI JANTAR A LISBOA


Lisboa, apesar de todos os defeitos que tem continua a ser uma grande capital europeia. Ela guarda nos edifícios e nos lugares a força da História que a fez capital de um império e uma das mais belas e míticas cidades do velho continente. Para um provinciano, como eu, que a visita de quando em quando, Lisboa exerce um fascínio que aqueles que a habitam, certamente, não sentem.
Ontem, há uma da manhã, Lisboa continuava com as ruas apinhadas de carros, não de gente! Soube depois que aquele trânsito desmesurado na zona de Alcântara se devia a um condutor embriagado que tinha entrado na Ponte 25 de Abril em contra-mão provocando um acidente com várias viaturas e os subsequêntes engarrafamentos. Mas a cidade é mesmo assim: engarrafada, confusa, ocupada por carros que rouba o espaço vital para os seus habitantes serem felizes. Lisboa seria uma das cidades mais fascinantes da Europa para se visitar e uma das melhores para se viver não fosse o caos no trânsito e no estacionamento, não fosse a decadência urbana e os problemas sociais de que padece.
Tirem o excesso de carros das ruas, encontrem soluções de estacionamento, cuidem dos prédios degradados e a nossa capital será o orgulho dos portugueses. Os problemas sociais não são de menos importância, antes pelo contrário, mas têm que ser atacados com meios mais poderosos.
Não entendo a dificuldade que as nossas cidades têm para resolver os problemas de trânsito e de estacionamento que as sofocam, das quais Lisboa é o pi0r e maior exemplo.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

A PROPÓSITO DA RETIRADA DAS DECORAÇÕES DE NATAL


Uma sociedade, ou melhor uma civilização que aceita ocultar as suas tradições e os símbolos para não ferir sensibilidades e princípios que as outras não professam, apenas por uma questão de cortesia, fingindo que isso é elevação civilizacional é uma civilização que abre as portas à sua própria decadência e anulação até à derrocada final.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

BRINCADEIRAS DE CRIANÇA


As cidades portuguesas cresceram e esqueceram de forma cruel as crianças. As nossas crianças estão reféns em casa, vítimas dos automóveis, da falta de espaços verdes, de uma paranoia de segurança por parte dos pais. As crianças que habitam nas cidades crescem de forma desequilibrada. Têm tudo dentro de casa, mas falta-lhes a liberdade de brincar na rua.
Eu cresci no campo num tempo em que não se temia o trânsito, os raptos, os pedófilos, os criminosos que fazem mal às criancinhas. Fui um felizardo. Como seria eu se não tivesse jogado à bola, à apanhada, à barra no largo do caminho. Teria sido tão feliz se tivesse aprendido a nadar numa piscina em vez de na Ria Formosa, nas tardes de Verão? Teria a mesma experiência de vida se tivesse brincado fechado em casa e não tivesse calcorreado os campos, as hortas, os matos, as salinas e a ria com o resto do bando de crianças da mesma idade?
Cada vez mais os pais se veêm obrigados a manter os filhos fechados frente à televisão, à consola de jogos ou ao computador, não lhes permitindo uma vida activa na rua. A rua não tem condições para os mais pequenos brincarem. Os progenitores procuram remediar a situação inventando actividades para que os seus filhos possam exercitar minimamente o corpo. Levam os meninos ao ginásio, à natação, ao futebol, à música, ao balet, à explicação e não lhes deixam tempo para brincar. Brincar é fundamental para que a criança possa vir a ser um adulto saudável. E brincar na rua é também por si motor de equilíbrio fisico e intlectual para os mais novos.
É altura de começarmos a repensar as nossas cidade e entregá-las às pessoas e retirá-las aos carros por muito que isso custe ao nosso comodismo. Noutros países já se fecham ruas ao trânsito para que as crianças possam brincar. Criam-se e inventam-se espaços próprios para que os pequenos possam inventar brincadeiras. Andar na rua, descobrir a sua cidade é importante para se criar o sentimento de pertença a um lugar. Muitos adultos falam com orgulho da descoberta e da vida no seu «quintal». Os seus filhos não têm essa experiência.
Como serão os adultos que em criança brincaram fechados em casa frente a um ecrâ? Serão adultos felizes, emocionalmente equilibrados e fisicamente saudáveis?

segunda-feira, dezembro 11, 2006

JORNALISMO DE ENCHER CHOURIÇOS

É raro o dia em que não fico a pensar que o que faz mover os media portugueses é o relato da intriga, a busca do anormal, a cusquice selvagem e o facto pueril. É assim quando vejo «telejornais» cujos pivots mais parecem estar a encher chouriços para passar a boa hora que o programa tem que durar; é assim quando escuto reporteres correndo atrás de individualidades que só vão dizer aquilo que todos já sabem, não acrescentando um centímetro à notícia; é assim quando leio notícias que não interessam nem ao menino Jesus!
Alguém escutou ontem as reacções de Valentim Loureiro e Adriano Pinto aos factos relatados no estrondo literário do fim-de-semana? Então sabem do que estou a falar. Os nossos orgãos de comunicação social andam sempre á procura de entrevistar quem escorregou na casca da banana. Enfim é também o jornalismo que temos. Há excepções. Graças a Deus.

É GASTAR VILANAGEM!

Porque é que eu fico com a sensação que o país é dirigido com desmazelo por governantes e gestores desleixados sempre que o Tribunal de Contas emite um parecer sobre as actividades de qualquer organismo público ou entidade estatal?
Desta vez está em causa a Administração do Porto de Sines. Uma empresa que em 25 anos só teve resultados positivos o ano passado organizou uma festa de Natal em 2002 com custos de 203 mil euros, celebrações de aniversário com custos de 185 mil euros, tem um gabinete jurídico que custa 176 mil euros e paga no minimo 2 mil euros a um gabinete de advogados mensalmente!
Apetece gritar: «É gastar (roubar) vilanagem!» que os portugueses pagam.

domingo, dezembro 10, 2006

EU, CAROLINA SEM PAPAS NA LÍNGUA NEM TINO NA ESCRITA


Folheei ontem o livro mais importante escrito em Portugal neste ano da graça de 2006. Já lemos o de Santana e o de Carrilho, mas que não se comparam a este Vale apena gastar os 9 euros e mais uns trocos, não pela pérola de literatura(a senhora mal sabe escrever), mas porque nunca mais vão encontrar um livro que relate com a ingenuidade maliciosa a roçar a malvadez e um sentimentro de vingança num português francamente original, dados que tanto podem ajudar a compreender os meandros do futebol neste país. Depois deste livro o FCP nunca mais será o que era e os portugueses ficaram mais esclarecidos sobre como se comanda um club de topo e sobre os bastidores do nosso futebol. O Vale e Azevedo já é história!
Uma obra em que a escritora relata factos que a tornam arguida é digna de ser lida. Uma obra que foi escrita para embaraçar, achincalhar e prejudicar o Pintinho vale a pena os 9 euros. As gargalhadas são garantidas pelos estratos que li e pelo que ouvi hoje no «Diz que é uma espécie de magazine» d´Os Gato Fedorento.

SAIR DO ARMÁRIO



Uma forma original de sair do armário.

MAIS UMA GUERRA SANTA!


Boa! Finalmente temos alguém disposto a passar das palavras aos actos. Alberto João está a angariar apoiantes para derrubar o governo ou será que quer fazer um golpe de estado e instalar uma ditadura insular? O plano está traçado: concentração, não reagir a provocações, focar no objectivo superior que é derrubar este governo com urgência, porque os milhões de euros que a Madeira perde com a entrada em vigor do orçamento de estado agora aprovado, não pode acontecer. Só falta que a CDU, O BE e o próprio PSD se junte às tropas revolucionárias e o governo tem os dias contados. Quando se toca no sagrado dinheiro da Madeira o país vem a baixo ou será só o Sócrates?

sábado, dezembro 09, 2006

OS (IN)DESEJADOS

As sociedades ocidentais começam a repensar o multiculturalismo que tinha vindo a ser incentivado, até ao 11 de Setembro, ao 11 de Março e ao 7 de Julho, fruto da imigração que tornou muitos dos países ocidentais nas sociedades mais cosmopolitas do planeta. Os atentados que vitimaram, dolorosamente, alguns dos países que mais estrangeiros receberam no seio da sua população como é o caso do Reino Unido, dos Estados Unidos e até da própria Espanha. É difícil esquecer que os protagonistas dos sangrentos atentados foram criados, educados e integrados nas sociedades que odiavam. A confiança perdeu-se. As comunidades muçulmanas começaram a sentir a desconfiança e o ressentimento dos nacionais.
Hoje os países repensam o que se deve exigir a um estrangeiro que cruza as suas fronteiras. Quem chega de fora para ficar deve estar preparado para respeitar o espírito de tolerância que é promovido no país de acolhimento. É este espírito tolerante que dá alma às nossas democracias, embora saibamos que por vezes lhe falta corpo e e a tolerância nem sempre é visível para quem chega. Quem chega espera ser acolhido com tolerância, mas também ele deve ser tolerante para com o país que o acolhe. Não é bem vindo quem vem com a disposição de chocar com a cultura local. Quem vier vender ódio, qualquer que seja a sua raça, religião ou credo, não pode continuar a ser recebido de braços abertos. Quando se trata de respeitar os valores fundamentais: democracia, tolerância, igualdade, respeito pela país e pela cultura nacional não pode haver concessões. Os imigrantes têm o direito de serem diferentes, mas o dever de se integrarem.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

UM MUNDO MISERÁVEL!

Fiquei a saber esta semana que afinal é relativamente fácil estar entre os mais ricos do mundo. Basta ser dono de um pequeno apartamento e já estamos entre os 10% mais ricos do mundo em termos de património. Possuir património no valor de 1700 euros já nos coloca na primeira metade da humanidade mais rica. Fiquei muito feliz por saber que a minha mãe pertence aos 37 milhões de humanos mais ricos do mundo, isto é ao 1% mais abastado. Revoltante! Estes números só provam que a riqueza está muito mal distribuida. Enquanto 1% da população mundial tem 40% da riqueza mundial, os 50% mais pobres têm apenas 1% do património universal! Apenas 10% da população, dos quais eu faço parte (felizmente) detem 85% dessa riqueza.
Dá que pensar o que fazer com tanta injustiça. Depois lamentamos o terrorismo, a imigração em massa, a fome, a destruição dos recursos do planeta. É tudo obra das sociedades modernas. É tudo obra nossa!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

JANTAR DE NATAL


A empresa onde trabalho, organizou hoje o seu jantar de Natal da zona sul. Todos os anos é a mesma coisa; chega este mês e são jantares uns atrás dos outros para juntar colegas, amigos famílias, enfim a tradição já não é o que era, mas guarda ainda muitos dos seus hábitos. A chefia decidiu alargar os convites a um familiar ou amigo e assim juntou-se o maior número de sempre de comensais ligados à empresa, no Algarve. Os meus colegas de estação levaram os respectivos maridos e esposas e eu decidi que devia convidar o Shwasy para meu acompanhante. Ele aceitou, na boa. Lá fomos jantar.
Metade dos colegas já o conheciam e sabiam quem era; os outros não perguntaram, mas ficaram a saber. Agora é só esperar para saber dos comentários, que sinceramente não deverão ser muitos. Se alguém não sabia das minhas preferências sexuais é porque não juntava 2+2. Fiz questão de o apresentar como meu namorado a uma colega muito querida e das mais antigas. Pensava eu que ela, pelo menos, suspeitasse, mas espantou-me por não ter percebido á primeira, nem à segunda o que eu queria dizer! Só encaixou quando eu lhe perguntei: «- Queres que te faça o desenho?»
Fiquei a saber que ela vai deixar a Europcar já em Janeiro. A empresa perde uma excelente colaboradora e os colegas uma sempre bem disposta amiga. Trabalhou comigo ainda numa outra empresa que faliu quando lá estavamos e fui eu que a admiti para os quadros a Europcar. A holandesa vai deixar-nos!
Boa sorte Natalie! Volta quando quizeres.

terça-feira, dezembro 05, 2006

PORTUGAL É O PAIS QUE MAIS CORTA NOS SALÁRIOS DESDE 2000

Podia ser muito cínico e dizer:
«não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe»

É o povão quem diz, não sou eu!

domingo, dezembro 03, 2006

AOS 91 ANOS DE IDADE

Os católicos do mundo inteiro podem estar tranquilos: Augusto Pinochet já recebeu a extrema unção e fará companhia no paraíso, a todos os que foram baptizados e a receberam ou irão recebê-la também. Pobre religião que a todos salva com uns borrifos de água benta e um Pai Nosso. Todo o mal que fizeram enquanto tiveram saúde para tal, não conta para nada!?
Se Deus existe e o Céu também, Se Deus é justo e o Céu é para os justos, então Pinochet não entrará lá, nem que vá ensopado em água benta.
Amén

A CIDADE MAIS GAY DO MUNDO


Quem poderia pensar que a cidade mais gay do mundo, afinal, não é Sidney, nem São Francisco, muito menos Los Angeles, Londres ou Paris. Mas repousem os vossos pensamentos que também não é Lisboa, nem Faro.
Segundo estatísticas recentes a cidade onde um maior número de habitantes se diz homossexual fica no outro lado do mundo ( tinha de ser). Pois é, a cidade australiana de Darwin ( logo ali por baixo de Timor Lorossae. Lembram-se?) tem, em percentagem da população residente, a maior comunidade gay do mundo.

sábado, dezembro 02, 2006

GOLPE PUBLICITÁRIO


Isto de andarem a envenenar espiões, como no tempo da Russia imperial, tem a ver com o lançamento do filme Casino Royale, não tem?.
É um grande golpe publicitário para promover o 007!
Genial!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA



A luta contra a epidemia da SIDA é um dos maiores desafios que a humanidade está a enfrentar neste início do século XXI. A SIDA dizima populações inteiras em África, retardando o seu desenvolvimento socio-económico, deixando milhões de crianças orfãs.

Nos paises desenvolvidos estamos a assistir a um fenómeno de alastramento da doença a toda a população, não fazendo sentido falar em grupos de risco. Um jornal hoje noticiava o aumemto da doença entre as mulheres portuguesas com mais de 50 anos!

Os homossexuais depois de terem reagido bem às campanhas dos anos 90 evidenciam agora uma atitude descuidada perante o risco de contrairem a doença em relações sexuais não protegidas. A SIDA ainda não tem cura, ainda mata. Os medicamentos que foram desenvolvidos nos últimos anos, permitindo pensar que a SIDA pode tornar-se uma doença crónica não pode levar-nos a pensar que se pode correr o risco.