sábado, maio 31, 2008

UMA HISTÓRIA DA HUMANIDADE: PODER, SEXO E VIOLÊNCIA

A clicar AQUI ou no título encontram um verdadeiro compêndio de história em tiras de BD que vale a pena apreciar pela capacidade de síntese, pela qualidade artística e pela originalidade do meio escolhido para relatar a atribulada história da humanidade. Com o sexo a apimentar, e tudo, vale a pena dispensar cinco minutos ao post do Felizes Juntos .





DESTA ELEIÇÃO NÃO SAI COELHO?

Fosse eu militante do PSD e Pedro, o Coelho não o Lopes, receberia o meu voto de confiança para dirigir o partido nos próximos anos. Não considero que seja o melhor posicionado para ganhar a Sócrates nas eleições legislativas do ano que vem, para esse feito Manuela F. leite parece melhor posicionada. Contudo Manuela está para Sócrates como o café está para o leite, não são o mesmo, mas combinam tão bem um com o outro! «É o pano igual à amostra», diria o povo, na sua sabedoria feita de experiência. Estamos cansados do estilo «socrático», mas não lhe vislumbramos alternativa credível e Ferreira Leite só pode ser mais do mesmo. À boca das urnas de voto os portugueses diriam para mal já basta assim.
Pedro tem o mérito de ter estado afastado da política caseira, de ser jovem, de não ter saído para esta candidatura vindo do mesmo saco de gatos em que o PSD se transformou nos últimos anos. Talvez seja o único candidato capaz de pacificar o partido durante os tempos mais próximos. Pedro Passos é o único que pode tirar um Coelho da cartola. E todos pressentimos como isso seria positivo para o refrescar da nossa democracia empedernida por um sistema que não ousa inovar, transformar ou fazer os portugueses sonhar. Pelo que vi da campanha P.P.C. não será o nosso Obama. Falta-lhe a ousadia inovadora e a capacidade de arrebatar os portugueses com sonhos capazes de os fazerem parar de se lamentarem do país, dos políticos, da crise e da sua inabilidade e imobilidade e de si próprios. O antigo líder da JS não é o homem que vai convencer os portugueses a demolir o muro das nossas lamentações que é o primeiro passo a dar para fazer de nós um povo ganhador capaz de enfrentar os desafios, por mais dificeis que eles se apresentem.

sexta-feira, maio 30, 2008

CASAMENTOS GAY RECONHECIDOS EM NY

Nova York prepara-se para se tornar no terceiro estado americano a legalizar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Para já o governador do estado alertou todas as agências estaduais para a necessidade de reconhecerem os casamentos homossexuais celebrados em estados e países onde essa prática é legal.
A decisão surge apenas semanas depois da Califórnia ter legalizado as uniões gay, juntando-se assim ao Massachussetts onde já eram permitidos desde 2004.
O primeiro passo esta dado e em breve haverá milhares de gays que verão o seu casamento reconhecido no mais influente estado da costa leste americana.

ROCK IN RIO - LISBOA 2008






DE MERGULHO NO 3º CHOQUE PETROLÍFERO






Decorreram três anos desde que a minha irmã decidiu investir na transformação do seu automóvel para passar consumir GPL . Na época a gasolina dava os primeiros sinais de aumento de preço e ela queixava-se que com a correria diária casa/trabalho/ginásio tinha que fazer o carro consumir água da chuva, se possível (sempre era mais em conta). Como nenhum professor Pardal patenteou tal invenção, não há serviço público de transporte na rota que ainda faz todos os dias e a bicicleta era impraticável: decidiu-se pelo GPL que na altura custava uns módicos 0.33€ (metade do preço da gasolina). Foi criticada, chamaram-lhe sovina, disseram-lhe que não justificava o investimento (1.200€), que desgastava o carro, que gastava mais dinheiro em oficina, blá, blá, blá...
Hoje ela ri daqueles que a desaconselharam e se riram da sua decisão. O GPL subiu para quase o dobro, mas continua a adquiri-lo a menos de metade do preço da gasolina sem chumbo 95. O mito que o GPL acelera o desgaste mecânico do carro não passa disso mesmo. A factura de oficina não aumentou e ela nunca mais se lamentou dos gastos em combustível porque ainda hoje desembolsa menos que há três anos para percorrer os mesmos quilómetros.

Se, em lugar de nos desfazermos em lágrimas e implorarmos ao governo que baixe o preço dos combustíveis, tomássemos a iniciativa de procurar a solução para os nossos problemas e agíssemos, o país teria outra atitude perante a crise e não se deixaria abater por ela como parece estar a acontecer. Mas a nós portugueses sempre foi mais natural jogar as culpas para cima de alguém e desatar a lamentar a nossa desgraça na soleira da porta, porque é a lamentar que nos sentimos bem. E o fado da desgraçadinha não para de tocar...


Há no entanto alguns, e são cada vez mais, que começam a limpar as lágrimas e a agir.

Se considero desapropriado a descida artificial (via ISP) do preço dos combustíveis para a frota automóvel em geral, penso que para os transportes públicos (táxis não incluídos), pescas e transportes de mercadorias devia o governo encontrar soluções urgentes para minimizar a pressão inflacionista que o aumento do seu preço está a provocar. Ver o estado subsidiar os passeios de carro dos portugueses está fora de causa, no meu entendimento. A médio prazo não há escolha: voluntariamente ou de forma forçada há que encontrar alternativas à queima de combustíveis fósseis.

Qual a percentagem de transporte ferroviário de mercadorias em Portugal? Não seria uma solução mais barata e ambientalmente mais aconselhável? Das viaturas que entopem as nossas estradas quantas poderiam ficar na garagem se a rede de transportes públicos fosse operacionalmente eficiente e financeiramente atractiva? A redução da importação de petróleo só pode ser favorável ao desenvolvimento da nossa economia e não o contrário. O estado não fomenta a redução do consumo porque o ISP é uma espécie de galinha dos ovos de ouro das finanças portuguesas, mas a saúde da nossa economia ficaria eternamente agradecida.

As câmaras municipais têm que investir rapidamente na promoção das deslocações em velocípedes. Por exemplo a cidade de Olhão não têm um único local para estacionamento de bicicletas na sua zona central. Não têm uma única via urbana para velocípedes. Sendo uma cidade plana é urgente adaptar nas ruas e avenidas uma rede básica que permita a deslocação em bicicleta com o mínimo de segurança.

Em Portugal o automóvel continua a ser sinónimo de status, por isso os portugueses não conseguem estar muito tempo sem o seu carrinho por perto, mas a falta de dinheiro para o alimentar vai obrigar a repensar a nossa relação com os carros.





A TORRE DE PISA JÁ NÃO SE VAI SUICIDAR


A Torre de Pisa suspendeu a sua inclinação suicida. Podem todos também suspender as apostas sobre a data da derrocada porque os engenheiros conseguiram parar o movimento que levaria a tão triste fim, a mais famosa das torres italianas. Os trabalhos de consolidação a que tem vindo a ser submetida permitiram estabilizá-la ao nível de inclinação que tinha em 1700, de três metros e 99 centímetros. Quer isto dizer que continua romanticamente inclinada, mas não tragicamente condenada a transformar-se num monte de pedras, com data marcada. Outra morte, mais súbita e violenta, esperemos que não ocorra depois de tanto trabalho. E se há coisas que a humanidade precisa ter é uma torre inclinada em Pisa, pizzas Calzone quando apetece e levar uma grande piza quando merece.
Parabéns à engenharia italiana que a resgatou a um fim tão mediático.

«Os direitos das lésbicas, gays e bissexuais e transexuais (GBLT) não são respeitados na Lituânia»

Amnistia Internacional
Relatório de 2008

quinta-feira, maio 29, 2008

terça-feira, maio 27, 2008

segunda-feira, maio 26, 2008


ATÉ QUANDO FICAR A ASSOBIAR PARA O LADO?

O movimento que se pôs em marcha a 28 de Junho de 1969 tem obrigado os estados a agir de forma pragmática perante a pressão que o movimento GBLT tem posto na luta pelos seus direitos. Lentamente os resultados têm surgido e desde a retirada da homossexualidade da lista de doenças mentais até ao reconhecimento legal dos relacionamentos homossexuais, numa mão cheia de países, muitas têm sido as conquistas. Algumas mais aparentes do que reais. Não basta alterar a lei para que os resultados sejam palpáveis. As leis não mudam só por si mentalidades e comportamentos; quando muito a posterior aplicação da lei pode repor a legalidade, mas nunca anula a infracção (humilhação) sofrida. Os estados modernos não têm escapatória a enfrentar de forma pragmática a luta dos homossexuais. Porque os direitos dos homossexuais são direitos humanos e um estado de direito não pode escamotear essa realidade. Só muito recentemente as sociedades se deram conta que albergam no seu seio uma minoria, muito mais ampla do que era consensualmente aceite de pessoas com uma orientação sexual diferente da maioria. O movimento cada vez mais generalizado de «saída do armário» fez com que os estados se confrontassem com uma realidade de não que se davam conta. A tentação de assobiar para o lado é muito grande, mas impraticável à medida que a bola de neve rola e se agiganta. Os homossexuais sempre foram olhados com o desdém de quem repara num pequeno grupo de pessoas com comportamentos de identificação sexual mal resolvidos que se podiam tolerar, mas não dar demasiada importância, pois o fenómeno parecia residual. Não é por acaso que a grande maioria da população, mal informada sobre a problemática homossexual, continua a referir-se ao assunto como um problema de plumas e lantejoulas. Muitos ainda não se dão conta que somos uma minoria, muito maior do que gostariam, que atravessa a sociedade na diagonal. O seu crescimento resultado do movimento de «coming out», e não de um crescimento real, aportou-lhe: notoriedade, influência e algum poder ainda que insuficiente para derrubar todos os entraves que impedem que os estados equiparem os seus direitos aos da população em geral. Há quem lhe chame lobby, no sentido cínico de desvalorizar a pretensão de uma grande minoria de fazer parte integrante da sociedade sem ter que viver escondida, mentindo e fingindo para não sofrer discriminação.
A pressão social de milhares de homossexuais forçam as leis a adaptar-se. Pouco a pouco as atitudes vêm mudando e as leis que anulam as discriminações nascem de partos dolorosos e puxadas a ferros, como foi agora o caso da lei que legitima os casamentos gays na Califórnia.
Ao contrário do que se possa imaginar nos antípodas deste processo de reconhecimento dos direitos dos homossexuais países como o Irão também lidam com o problema de forma decidida e pragmática. A condenação à pena capital é uma das formas de Teerão encarar o problema. No entanto aqueles que não pretendem ver o seu problema de orientação sexual resolvido na forca encontraram uma escapatória na lei. Graças a uma fatwa do falecido Khomeni, o Irão transformou-se no país campeão das operações de mudança de sexo. Só um médico, Mir Jalali, terá feito 450 cirurgias numa década.
A confusão entre homossexualidade e transexualidade é outro dos grandes equívocos da sociedade quando aborda o problema das orientações sexuais. Quantos homossexuais se sentiriam morrer caso tivessem de optar por mudar de sexo para não enfrentarem a forca?
Não deixa de ser uma condenação à morte.

domingo, maio 25, 2008


TEMPORADA OFICIAL DAS PARADAS DO ORGULHO GAY



Fotografia de Zsolt Szigetvàry, Hungria
Para saber um pouco mais sobre esta fotografia visitar O Teorema de Oz.

sexta-feira, maio 23, 2008

LISBOA - EXPO 98











Foi com o intuito de visitar a Expo 98 que programamos, eu e o Shwasy as primeiras mini-férias que passamos juntos. Compramos bilhetes de três dias, alugamos um quarto numa pensão ao cimo da rua do Coliseu dos Recreios e ao fim dos três dias estávamos de rastos, tal o cansaço que se apoderou de nós depois de calcorrear o recinto da exposição vezes sem conta de manhã à noite. Foram dias inesquéciveis!
E num instante passou uma década desde que aconteceu a Exposição Mundial que mudou Lisboa assim como a imagem de Portugal no mundo. Do país das velhinhas de xaile preto sentadas nas soleiras das portas e dos burros o mundo ficou a saber que por cá o Século XX também estava prestes a terminar.