sábado, agosto 19, 2006
A ALMA DO FADO
Cheguei a casa por volta das 9 horas e quando me preparava para repetir a tradição das noites em que trabalho no dia seguinte, lembrei-me que Mariza cantava dentro de uma hora em Faro. Apeteceu-me ir ouvi-la. Não tinha companhia e até senti preguiça de correr a tomar um duche mudar de roupa e correr para o adro da Sé a tempo do início do espectáculo. Mas foi o que fiz, sozinho, sem saber se ainda vendiam bilhetes fui. Não me arrependi. Encontrei uma colega de trabalho e não sendo a companhia desejada foi uma óptima companhia.
Mariza cantou como um anjo. A sua voz cristalina e poderosa seduziu-me. A sua simpatia e graça em palco comoveu-me. Mariza faz-nos rir e depois deixa-nos com os olhos rasos de água: transporta emoções do palco para a plateia e marca que a escuta. Ela sabe cantar o fado com uma alegria e originalidade como ninguém o fez até hoje. Ouvi-la cantar ao vivo «Transparente» é uma experiência envolvente.
Quem disse que o fado é triste? O fado é expressão de emoções alegres ou melancólicas, tristes ou apaixonadas. Expressa bem o que é ser-se português. Quando ouço Mariza cantar sinto-me mais português e fico a amar ainda mais este povo que a maior parte do tempo acho tão «poucochinho»
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