sexta-feira, julho 21, 2006
NÁUFRAGOS DA ESPERANÇA NO MEDITERRÂNEO
Um pesqueiro espanhol salvou ao largo de Malta 51 emigrantes que se encontravam à deriva no Mediterrâneo. Isto aconteceu na Sexta-feira e até quarta-feira passada os imigrantes e os 10 tripulantes do barco ficaram a viver em 50 metros quadrados aguardando que Malta permitisse o pesqueiro atracar. Depois da pressão de Espanha lá conseguiram dividir o «mal» pelas aldeias, isto é, pelos países, que de má vontade, os vão acolher: Malta 8, Espanha 18, Itália 10, Líbia 10 e Andorra 5!
A cruz vermelha atribuiu aos tripulantes uma medalha de ouro, e o euro-deputado Antonio Masip propô-los para o Prémio Príncipe das Astúrias para a concórdia. Bem merecido pelo humanismo que demonstraram.
Os imigrantes entregaram-lhes uma carta de agradecimento: «Tinhamos fome e não sabíamos onde estávamos. Então, viram-nos e disseram para subirmos. Obrigado, foi uma boa ideia.»
O agradecimento a quem salvou a Europa de voltar a chorar lágrimas de crocodilo perante os cadáveres que dariam à costa dentro de algum tempo, como já aconteceu recentemente. A Europa não está a olhar com olhos de ver a tragédia de quem vem de África, em pequenas barcaças à procura de dignidade para viver. Quando a invasão for avassaladora vamos electrificar as águas do Mediterrâneo para que ninguém se atreva a tentar chegar a este lado da esperança?
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