sábado, abril 01, 2006

FINS-SE-SEMANA PÁLIDOS?


Os cinco dias úteis que fazem a semana de trabalho passam sem demoras. Embora almeje a chegada dos dois dias de folga ( Sexta-feira e Sábado) a semana não é uma eternidade. Gosto do trabalho que faço e o óptimo ambiente de trabalho tornam os dias de labor quase tão gostosos como os de folga.
É com agrado que vejo o ponteiro do relógio sobre as 19 horas das Quintas-feiras. São dois dias diferentes que me esperam. Normalmente vou do trabalho directo a casa de minha mãe jantar. Regresso a casa, que está toda limpa e arrumada pelas mãos da D. Brígida (São os Euros mais bem gastos de todos os que ganho!) e é só tomar um duche, mudar de visual e aí estão 48 horas de relaxo total. Santa Lúzia a capital do polvo é o meu destino. Segue-se, depois da 1 da manhã a primeira de duas longas noites. O Arco Bar, em Tavira, é pela proximidade o destino mais provável para aproveitar a primeira. Pouco a pouco tornou-se familiar. Os clientes não variam muito de semana para semana. São conhecidos e amigos, portugueses, emigrantes não só brasileiros, mas também franceses, ingleses, canadianos e turistas de visita à cidade. Todos juntos formam uma mistura muito animada de gays e héteros masculinos e femininos habitualmente muito divertidos. A noite estica conforme a disposição e a animação. O Shwasy quer ficar sempre mais um minuto e eu perdido de sono desejo a cama mais que tudo, mas raramente antes das três da madrugada.Até adormecer nunca se sabe o que pode acontecer!?
A Sexta-feira acorda tarde e o dia passa a correr entre o pequeno almoço, muito serôdio que se confunde com a refeição do meio do dia, a leitura do jornal e uma visita ao lar doce lar ou passada a ajudar o Shwasy.
A noite chega e tudo se proporciona para uma noite ainda mais longa seja onde for... Acordar para viver o Sábado é ainda mais complicado. Depois do estômago cheio invade-me a sensação algo desagradável que me diz que o fim-de-semana está a chegar ao fim. Sinto então uma certa frustração pelo sentimento que se instala de que foi mal aproveitado. Os copos, o barulho da noite, as conversas muitas vezes demasiado vadias e fúteis quanto baste deixam um sabor a pouco. A noite aproveitada em quantidade, mas não em qualidade, as manhãs usadas como se noites fossem e as tardes rápidas dão a sensação de falta de sumo a estes dois dias que deviam ser aproveitados com mais critério. Fica-me na boca um sabor a frustração pelo que tenho feito com os meus fins-de-semana.

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