segunda-feira, abril 10, 2006

ANTONINO SANTORO


Antonino Santoro não é nome de ninguém, sendo todavia, o nome de milhares de adolescentes que cedo descobriram que a vida lhes tinha reservado uma surpresa. Cresceram como a maior parte das crianças, mas logo que o milagre da puberdade começa a amadurecer o seu corpo infântil deparam-se com sentimentos, pulsões e tentações inesperadas. A vida, no início da adolescência, encerra promessas e surpresas que ninguém imagina enquanto joga ao berlinde, à bola, brinca com os amigos ou a consola de jogos faz as delícias dos seus dias.
Sem se darem conta os sentimentos afloram, os instintos despontam, as tentações crepitam em mentes indefesas; tomados de assalto por sentimentos que não sabem explicar, nem conseguem combater as suas vidas amadurecem transtornadas pela incerteza. Santorino foi um desses adolescentes que viu a sua vida invadida por sentimentos vindos sem saber de onde, que não conseguia controlar e, na verdade talvez também não o quizesse fazer. Não escolheu sentir o que sentia, não queria pensar no que pensava, nem pretendia desejar o que desejava. Sem saber como nem porquê teimava em amar quem não queria. Sentia-se atrapado numa teia de sentimentos contraditórios e quanto mais tentava se soltar, mais se emaranhava nela...
Um pequeno conto que relata a dificuldade em enfrentar e compreender uma realidade que se impõe com a naturalidade de uma nova pele. Um sentir de outra forma cresce, acompanhando as transformações da adolescência e o temor desses sentimentos resultam muitas vezes na negação e rejeição de si próprio.

Sem pretenções mais do que ficcionar uma estória muito realista espera que lhe dediquem alguns minutos de leitura e um comentário ou uma contribuição, algo que enriqueça a estória da adolescência de Antonino Santoro.

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