
Apesar da dureza das medidas tomadas pelo governo socialista, desde que chegou ao poder, os portugueses continuam a suportar o Governo, Sócrates e o Partido Socialista, dando-lhes a sua preferência para liderar este país. Surpreendente? Sim, talvez. Os portugueses parecem convencidos que os governos de faz de conta já não interessam ao povo em virtude dos sérios desafios que enfrentamos. Governantes que adiam decisões difíceis só para ganharem eleições já não prestam, nem nunca prestaram, mas só agora os portugueses se aperceberam disso.
Sócrates é a encarnação do primeiro ministro que nunca desejamos, mas agora estamos dispostos a tolerar que nos vá ao bolso, que nos obrigue a deixar de fumar, que nos regionalize, que extinga serviços, que nos encerre escolas, maternidades e centros de saúde, que ponha milhares de funcionários públicos na prateleira, que nos ralhe todos os dias. Por força das circunstâncias Portugal está a deixar de ser o que era.
Se o nosso Primeiro Ministro conseguir fazer metade daquilo que anuncia nas suas apresentações mediáticas, ricas em propaganda para entusiasmar os portugueses, então no final do seu mandato este país não será o mesmo do dia em que ele venceu as eleições legislativas de 2005. Será, certamente um país mais exigente, mais eficiênte, mais produtivo e mais elegante.
Que Deus nos dê paciência para lhe aguentar a fúria inovadora que parece dádiva dos céus.
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