sexta-feira, fevereiro 29, 2008

10 000 B.C.


Está a ponto de estrear um daqueles filmes que assisto acompanhado duma «overdose» de pipocas doces para aumentar o prazer. Gosto de escutar o ramalhar das pipocas no cartão misturados com o ambiente sonoro da sala e de sentir o sabor adocicado dos tufos de milho frito empurrados, um a um , entre os lábios que depois lambo para não desperdiçar nem uma pitada de açúcar. É assim quando procuro o cinema como torneira de sensações e não como fonte de pensamentos. Se me empanturrei delas nos dinossauros do Jurássic Parc e no Apocalypto, mais recentemente, então este será um daqueles filmes que atenta contra à minha dieta equilibrada. Depois da frustração de Jumper preciso de um filme de aventuras que me redima, e enquanto o novo Indiana Jones não surge no grande ecrã, os efeitos especiais de 10000 BC foram feitos de encomenda: transportar-me-ão com um realismo cada vez mais credível para um mundo extinto, mágico e épico ao mesmo tempo. É como se de repente adquirisse poderes de super herói e deixasse de estar limitado às leis da limitada existência humana. Os efeitos especiais conferem ao cinema o poder ilusório da magia, transformando o assento e o ecrã gigante da sala numa máquina tele transporte espaço-temporal. Só quem não viveu de perto, tão perto que poderia ter sido sacrificado aos deuses, as emoções do herói de Apocalypto, não percebe do que estou a falar. Durante o período de tempo em que a máquina está a funcionar emprenho o meu cérebro com as sensações que o realismo do cinema moderno permite e ganho poderes que me fazem esquecer que tenho uma vida que não me permite sequer levitar.

Um filme como este, feito com rigor histórico vale muitos chás de cadeira na sala de aula, muitas horas de estudo para a canzoada nova. Mas o problema está exactamente aí. Este cinema espectáculo não foi feito para substituir a sala de aula, embora possa dar uma grande ajuda ao professor na hora de fazer entender ao aluno o que foi e como foi o passado. A espectacularidade, a receita, o sucesso do filme sacrifica muitas vezes o rigor histórico. Também se pode argumentar, com propriedade, que um filme não pode ter a pretensão de se substituir ao professor ou ao rigor científico dos livros. Verdade. O grave é que muitos espectadores não têm conhecimentos, nem espírito crítico para separarem a ficção histórica da realidade científica.
Eu sou fã do romance histórico (lá está o gosto pelo tele transporte no tempo e no espaço): obra literária que mistura a verdade histórica com o enredo imaginado pelo autor. Por vezes é essa promiscuidade, que eu sei que está lá, que me confunde e irrita, quando não tenho argumentos intelectuais para destrinçar o que é o quê na sequência narrativa.

Aguardo a estreia de 10.000 BC e já agora o Indiana Jones com o gozo de uma criança que aguarda o Gameboy prometido para o dia de aniversário.

Por falar em bom cinema amanhã tenciono ir ver o vencedor do Óscar para melhor filme de 2007: Este país não é para velhos .

BOM FIM-DE-SEMANA



CAMPEÃO DO MUNDO








quinta-feira, fevereiro 28, 2008

BEN COHEN

O jogador profissional de rugby Ben Cohen falou à revista electrónica Outsports sobre a sua popularidade entre a comunidade gay a ponto de ter destronado David Beckham do primeiro lugar da lista do Sanday Times Gay Icon.

Na entrevista o jogador da selecção Inglesa e ex-jogador do Northampton Saints confia que tanto os jogadores como os fãs deste desporto reagiriam bem a um jogador de rugby gay e que certamente estariam mais interessados nas suas capacidades como desportista do que na sua sexualidade.

«Penso que não haveria nenhum problema em sair do armário no mundo do rugby», declarou Ben às páginas virtuais da revista.

«A maioria dos jogadores de rugby não tem problemas com o tema e consideram que cada um deve viver a vida como escolheu vivê-la, mas eu não posso falar por todos.»

Ben mostrou-se surpreendido pelo apoio que obteve junto da comunidade gay.

«Realmente surpreendi-me diante da enorme quantidade de homens gays que me apoiam e também pelo facto de estarem mais interessados em mim do que o que faço em campo», explicou Cohen.

«Ao principio não prestei muita atenção ao assunto, mas depois pensei que se essas pessoas estavam gastando o seu tempo a escrever-me, a pedir fotos e a vir ver-me jogar, então eu tinha que retribuir-lhes esse apoio com que me brindaram.»

Por altura do lançamento do seu calendário 2008, Cohen apareceu na loja Prowler em Londres para conhecer os seus fãs gays e assinar cópias do calendário. Nessa data não se furtou a dar uma entrevista ao programa de rádio matutino de Gaydar.

Numa outra mostra de apoio aos seus fãs, Ben Cohen anunciou que levará a cabo um evento especial organizado pela site Gaytimes.co.uk em Dorchester, Londres no próximo dia 28 de Maio.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008






QUAL É O TAMANHO QUE IMPORTA?


MOVIMENTO


QUEM BRINCA COM O FOGO...


José Esteves vangloria-se de ter feito a bomba que mandou às urtigas o Cessna em que viajavam Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, logo ali à saída de Lisboa. Para quem não se lembra foi a 4 de Dezembro de 1980 que o Primeiro Ministro e Ministro da Defesa deste país, entre outros acompanhantes foram vítimas da queda do avião que os levaria à cidade do Porto. Embora não tenha sido provado suspeita-se que a queda do avião foi provocada por um engenho explosivo.

Este Esteves é um português típico: gabarolas quanto baste. Mais tarde quando viu que podia ir mofar na cadeia por causa dessa obra-prima, deu o dito por não dito e disse que a fez por encomenda e não sabia a que se destinava.

Um dia estava ele preso em Caxias e o director da prisão mandou chamá-lo à sua presença. - Com que então é um entendido no assunto... Esteves não se fez rogado e assumiu que sim. Sabia fazer bombas. Pediu os ingredientes ao jeito de quem vai preparar uma sopa de pedra. Era mesmo verdade o homem sabia do ofício.

E agora, perguntam vocês que raio faz o nosso maior bombista vivo num blogue de temática gay? Nada. Não faz nada. Veio a meu convite. Não para fabricar uma bomba capaz de fazer em fanicos um certo Falcon, mas porque li que este especialista em coisas que rebentam com estrondo, estava ontem junto a uma bilha de gás, mas seguramente num local onde era permitido fumar, acendeu um cigarro e kabrunnn! Chamuscou-lhe as unhas dos pés pelo menos. O homem foi parar ao hospital. O homem fumava com o bico do camping gás aberto!


São notícias como esta, mais do que os relatórios da SEDES que me fazem acreditar que realmente assim não vamos lá.


Texto inspirado na crónica de Ferreira Fernandes no DN de 26-02-2008

«A BICHA DE DEUS»



Enquanto não encontro tempo e inspiração para escrever algo de jeito divirtam-se com o episódio 8 de «A Bicha do Demónio». Se não conhecem a série procurem no You Tube os restantes 7 episódios. Soltem uma boas gargalhadas porque é bom para o siso, para fígado, agrava as rugas de expressão e acaba com a má disposição.
Já agora se gostaram das Bichas passem os olhos pelo video intitulado «A guerra dos taparauéres».

Bom proveito.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

DE MUITO PERTO












GANHEI DOIS ÓSCARES!






O blogue Felizes Juntos distribuiu os seus «óscares» há algum tempo atrás aos seus congéneres da blogosfera assumidamente gays. O De corpo e Alma que já figurava no seu livro de élite ganhou duas «estatuetas virtuais»:





PRÉMIO AOS ASSUMIDAMENTE ALEGRES




















PRÉMIO DA LEITURA DELEITÁVEL

























Obrigado ao Zé e ao Paulo pela distinção.








domingo, fevereiro 24, 2008

CARTA ABERTA AOS FUNDAMENTALISTAS CRISTÃOS

Laura Schlessinger é uma reconhecida personalidade da rádio dos Estados Unidos que dá conselhos a pessoas que telefonam para seu programa de rádio.

Há algum tempo atrás ela afirmou, citando Levítico 18:22, que a homossexualidade é uma abominação e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto a seguir é uma carta aberta escrita por um cidadão americano, carregada de ironia e dirigida à Dra. Laura Schlessinger.


Cara Dra. Laura,

Obrigado por tanto fazer para ensinar o nosso povo a viver de acordo com a "Lei de Deus". Eu aprendi muito a partir de seu programa, e tento compartilhar esses conhecimentos com o máximo de pessoas que consigo. Quando alguém tenta defender o estilo de vida dos homossexuais, por exemplo, eu simplesmente relembro-lhes que Levítico 18:22 define, sem margem para dúvidas que isso é uma abominação. E discussão acabada. Entretanto, eu preciso de esclarecimentos sobre algumas outras leis bíblicas e dos seus conselhos para segui-las:

a) Quando queimo um bezerro num altar como sacrifício, sei que isso cria um odor agradável ao Senhor (Lev. 1:9). O problema são meus vizinhos. Eles reclamam que o odor lhes é desagradável. Devo matá-los por heresia?

b) pretendo vender a minha filha como escrava, como permitido em Êxodo 21:7. Na sua opinião, hoje em dia qual seria o preço justo por ela?

c) Eu sei que não posso ter contato com uma mulher menstruada, porque ela se torna impura por sete dias (Lev. 15:19-24). O problema é como saber se ela está ou não menstruada. Eu até já tentei perguntar, mas a maioria fica ofendida com a pergunta.

d) Segundo Lev. 25:44, eu posso possuir escravos, tanto homens como mulheres, desde que sejam comprados nas nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isso só se aplica aos Mexicanos, não aos Canadianos. Poderia esclarecer-me? Por que razão não posso ter escravos Canadianos?

e) Tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos Sábados. Em Êxodo 35:2 está escrito claramente que ele deveria ser condenado à morte. Eu estou moralmente obrigado a matá-lo?

f) Um amigo meu acha que embora comer crustáceos seja uma abominação (Lev. 11:10), é menor que a homossexualidade. Eu discordo que possa existir uma escala que classifique pecados entre mais e menos graves. Caso a doutora concorde com meu amigo, seria possível preparar uma tabela para medir os graus das abominações? Se a tiver, por favor coloque uma cópia no seu sítio na internet, para que eu possa consultar. Pelo que sei, abominação é o mesmo termo usado tanto em Levítico 11:10 como em Levítico 18:22. Você pode tirar-me esta dúvida?

g) Lev 21:20 declara que eu não posso aproximar-me do altar de Deus se possuo um defeito na visão, pois nenhum homem que tiver algum defeito se chegará ao altar do seu Deus: Como homem cego, ou aleijado, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, ou que tiver o pé quebrado, ou a mão quebrada, se for corcunda, ou anão, ou se tiver sarna, ou impigens, ou quem tiver testículo quebrado; etc. No meu caso, tenho que admitir que uso óculos de leitura. Minha visão teria que ser absolutamente perfeita?

h) A maioria de meus amigos barbeia-se e corta o cabelo, inclusive com preocupações estéticas, embora isso seja expressamente proíbido (Lev. 19:27). Como é que devem ser mortos?

i) Segundo Lev. 11:6-8, se eu tocar na pele de um porco morto ficarei impuro. A bola de Futebol americano é feita de pele de porco, mas será que posso jogar Futebol americano se usar luvas?

j) Meu tio tem uma fazenda. Ele contraria o que é determinado em Lev. 19:19 plantando dois vegetais diferentes no mesmo campo. O mesmo acontece com a sua mulher: usa roupas feitas de dois tipos de tecidos diferentes (mistura algodão com poliéster). Ele também tende a maldizer e blasfemar. Para puni-los será mesmo necessário o transtorno de ter que juntar toda a cidade para apedrejá-los? (Lev. 24:10-16). Não poderíamos simplesmente queimá-los até a morte, já que esta é uma questão de família, como é o caso das pessoas que dormem com parentes?


Eu sei que a doutora estudou essas questões a fundo, então estou confiante que pode ajudar-me com os seus sábios esclarecimentos.
Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.

Seu discípulo e fã

NOITE DE CARNAVAL





Cinco loucos à solta numa Segunda-feira de Carnaval

sábado, fevereiro 23, 2008


E SE A TERRA TREMER COMO EM 1755


Um sismo com a mesma magnitude do registado em 1755 causaria hoje no Algarve cerca de 3 mil mortos e 27 mil desalojados, segundo resultados preliminares do Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis para o Algarve (ERSA).

O resto da tragédia aqui »»»