
Não demorou uma semana inteira a minha ausência. Lamento a falha técnica e os danos causados. Não vou lamentar a ausência programada para a próxima semana. Vai ser um prazer não ficar aqui a encontrar palavras para vos entreter, passo a presunção. Mais do que 7 dias será a minha demora até voltar a publicar algo neste espaço depois do dia 9 de Dezembro. Prioridade à capital espanhola, como já vos havia confessado.
Estes dias sem computador foram óptimos para ocupar os serões de forma diferente. Li dois livros: «Enquanto Salazar dormia...»de Domingos Freitas do Amaral e acabei «Diário de Um Skin » de Antonio Salas. Se o primeiro título nos empurra o pensamento para escaldantes acontecimentos, proibidos e picantes, enquanto o ditador enrolado em lençóis bordados à mão, de um branco imaculado, dormia, qual sacerdote católico quase virgem, o segundo é um arrepiante relato de alguém que viveu um ano na pele de um skin para desvendar ao mundo os meandros em que se movem os movimentos de extrema-direita que advogam a pureza e superioridade da raça branca não desdenhando o recurso à violência extrema para fazer valer os seus ideais nacionalistas, racistas e xenófobos.
Estes dias sem computador foram óptimos para ocupar os serões de forma diferente. Li dois livros: «Enquanto Salazar dormia...»de Domingos Freitas do Amaral e acabei «Diário de Um Skin » de Antonio Salas. Se o primeiro título nos empurra o pensamento para escaldantes acontecimentos, proibidos e picantes, enquanto o ditador enrolado em lençóis bordados à mão, de um branco imaculado, dormia, qual sacerdote católico quase virgem, o segundo é um arrepiante relato de alguém que viveu um ano na pele de um skin para desvendar ao mundo os meandros em que se movem os movimentos de extrema-direita que advogam a pureza e superioridade da raça branca não desdenhando o recurso à violência extrema para fazer valer os seus ideais nacionalistas, racistas e xenófobos.
Peguei em todos os filmes que tinha em casa sobre África e vi-os todos. «Diamante de sangue»( Blood Diamond), «Hotel Ruanda»( Hotel Rwanda), «Cercados»( Black Hawk Down), e para me reconciliar com o continente negro, vi mais uma vez «África minha»(Out of Africa).
«T.I.A.» «This is Africa». Esta sigla escutada algumas vezes em «Diamante de Sangue» ecoa como uma sentença, uma fatalidade, destino, catástrofe, algema e mordaça, fado de um continente onde as regras são ditadas pela força das armas, onde as riquezas locais são a desgraça dos africanos e o jorrar do sangue é sempre uma regra de três simples em que o terceiro é normalmente um não africano que tira proveito da fragilidade em que o mundo teima em manter o continente. Assim, o resto do mundo tira proveito a baixo custo de todo o potencial em matérias primas e outras riquezas básicas em que África é fértil. África é a última região do mundo por explorar por isso importa que o custo de exploração se mantenha baixo. Interessa a todos os outros que os seus recursos continuem disponíveis e não sejam consumidos no seu próprio desenvolvimento. «T.I.A»