Percorre a blogosfera portuguesa uma estranha polémica sobre sexo anal! Iniciou a polémica uma vetusta blogger de 83 anos de idade e o tema já teve direito a posts dos mais respeitáveis fazedores de opinião, jornalistas e bloggers deste país. Todo o mérito à senhora que conseguiu fazer-se notar no imenso oceanos dos blogues. Perdi uma tarde a ler comentários e posts gerados pelas opiniões da senhora Lança. Não vou aqui dar a minha opinião sobre este tema específico, que como todos podem adivinhar, não será nada original. Sexo anal é um regalo para o corpo e para a mente - neste caso é melhor deixar a alma de fora - de quem aprecia a iguaria e daí não vem mal ao mundo, apesar de todos os que continuam a insistir que uma relação sexual deve ter como alvo definitivo a reprodução da espécie humana e só com este objectivo realiza plenamente a sua função.
Li opiniões, acompanhei comentários e toda a discussão envolvente e já cansado do assunto dei comigo a pensar como uma grande percentagem de humanos vê com bons olhos a restrição ou mesmo negação das liberdades individuais de cada um, decepando um dos pilares do sistema democrático que afirma de pés juntos defender. Se aceitarmos que a Democracia tem como alicerces base a liberdade de pensamento e expressão, a igualdade de tratamento de todos os seres humanos e o governo solidário do povo para o povo ainda que de forma indirecta, então, cada vez que se limita as liberdades do individuo cerceia-se a qualidade da democracia aproximando-a um pouco mais de um sistema autoritário. Muitos pretendem que o sistema social defenda o individuo de si próprio. Nos nossos dias a força do interesse colectivo ganha adeptos sobre a liberdade de cada um. A lei de restrição do fumo ou os ataques à comida de plástico são as lutas mais visíveis de momento. Quando o argumento é de que a liberdade individual prejudica o todo ainda considero aceitável a interferência, porém quando o que em privado não afecta a saúde, segurança ou liberdade de terceiros não vejo com bons olhos que se toque nas liberdades privadas de cada um. A prática de sexo anal insere-se nesses limites? Se eu fumar em público aceito que me digam que a minha liberdade está a afectar terceiros, mas quando eu pratico um sexo anal com o meu parceiro em que estou eu a prejudicar o meu vizinho?
Encontrei comentadores que juram de pés juntos que as sociedade laicas ocidentais estão em processo de decadência por falta de Deus e logo da moral religiosa, ao contrários das asiáticas e islâmicas fortemente alicerçadas na religião e respectivas morais. Fiquei com a ligeira sensação que estas pessoas defendem que os fins justificam os meios. Isto é, se para manter a sociedade coesa e forte é necessário que todos sejamos obrigados a ir à missa, quer se acredite no ser supremo ou não, então decrete-se a obrigação. Senti uma forte aragem defensiva do modelo social baseado no trinómio: Deus, Pátria, Família, onde para manter uma sociedade forte e saudável seja obrigatório rezarmos três Pai Nossos e duas Avé Marias, entoar o hino ao acordar e fazer um filho de nove em nove meses.
Li opiniões, acompanhei comentários e toda a discussão envolvente e já cansado do assunto dei comigo a pensar como uma grande percentagem de humanos vê com bons olhos a restrição ou mesmo negação das liberdades individuais de cada um, decepando um dos pilares do sistema democrático que afirma de pés juntos defender. Se aceitarmos que a Democracia tem como alicerces base a liberdade de pensamento e expressão, a igualdade de tratamento de todos os seres humanos e o governo solidário do povo para o povo ainda que de forma indirecta, então, cada vez que se limita as liberdades do individuo cerceia-se a qualidade da democracia aproximando-a um pouco mais de um sistema autoritário. Muitos pretendem que o sistema social defenda o individuo de si próprio. Nos nossos dias a força do interesse colectivo ganha adeptos sobre a liberdade de cada um. A lei de restrição do fumo ou os ataques à comida de plástico são as lutas mais visíveis de momento. Quando o argumento é de que a liberdade individual prejudica o todo ainda considero aceitável a interferência, porém quando o que em privado não afecta a saúde, segurança ou liberdade de terceiros não vejo com bons olhos que se toque nas liberdades privadas de cada um. A prática de sexo anal insere-se nesses limites? Se eu fumar em público aceito que me digam que a minha liberdade está a afectar terceiros, mas quando eu pratico um sexo anal com o meu parceiro em que estou eu a prejudicar o meu vizinho?
Encontrei comentadores que juram de pés juntos que as sociedade laicas ocidentais estão em processo de decadência por falta de Deus e logo da moral religiosa, ao contrários das asiáticas e islâmicas fortemente alicerçadas na religião e respectivas morais. Fiquei com a ligeira sensação que estas pessoas defendem que os fins justificam os meios. Isto é, se para manter a sociedade coesa e forte é necessário que todos sejamos obrigados a ir à missa, quer se acredite no ser supremo ou não, então decrete-se a obrigação. Senti uma forte aragem defensiva do modelo social baseado no trinómio: Deus, Pátria, Família, onde para manter uma sociedade forte e saudável seja obrigatório rezarmos três Pai Nossos e duas Avé Marias, entoar o hino ao acordar e fazer um filho de nove em nove meses.
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