sexta-feira, agosto 25, 2006
SALAS DE CHUTO; SERÁ DESTA?
O governo Sócrates dá mostras de querer mudar a forma de fazer política em Portugal. Os nossos governantes têm desde há longa data priviligiado a acção política do faz de conta. Tomam-se medidas que faz de conta que vão resolver os problemas, mas são só isso um paliativo para dizer ao país que se está a governar. O maior expoente da política do faz de conta tem sido a lei do arrendamento urbano: aprovam-se medidas que durante alguns meses fazem de conta que resolvem o problema, porém quando nos damos conta nada se alterou. Outros exemplos deste tipo de governação são as medidas contra a catástrofe nacional que são os incêndios, as medidas para diminuir os desperdícios na saúde, resolver a questão do insucesso escolar, etc...
A questão é que não há «tomates» para tomar medidas pragmáticas que enfrentem os males de caras ou cortem-nos pela raiz.
O governo aprovou esta semana a lei das salas de chuto ou, mais politicamente correcto a lei das salas de injecção medicamente assistida. Há anos que esta lei está no papel, mas a coragem para a implementar sempre faltou. Agora dizem que vai ser. Vamos ver. Está prática tem a vantagem de tirar os toxicodependentes da solidão das ruas e dizer-lhes que a sociedade está preocupada com eles e os quer ajudar e mais entende a sua dificuldade em abandonar a dependência da droga. É um primeiro sinal de compreensão e de ajuda para a desintoxicação. É também uma questão de saúde pública. A luta contra a sida, e outras doenças infecto-contagiosas passa por evitar o contágio da partilha de seringas.
A implementação das salas de chuto é uma medida corajosa, num país em que as pegas de caras só se fazem nas arenas e com touros, com os assuntos graves que afectam a sociedade as pegas são mais de cernelha.
O governo tem a exemplo do que tem sido feito noutros países mais medidas controversas e pragmáticas a tomar se quiser enfrentar os problemas de frente e governar para resolver os problemas da nossa sociedade.
Será que esta foi apenas a primeira medida tomada com os pés assentes na terra ou seguir-se-ão outras? A questão do aborto, dos casamentos homossexuais, da adopção por casais homossexuais, a inseminação artificial para todos os que dela necessitem, o combate ao alcoolismo, o combate à sinistralidade nas estradas, o combate ao insucesso escolar, serão enfrentados sem rodeios por forma a encontrar soluções funcionais que as resolvam ou vamos continuar a remendar a manta de um lado para logo se romper do outro e ficar tudo na mesma. Desde há séculos que somos especialistas nesta arte de mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma. Os interesses estabelecidos raramente são confrontados com a mudança exigida e são favorecido pela inércia de nada fazer em prejuízo do país que deseja avançar para outro patamar de desenvolvimento e não consegue porque a política da avestruz domina os nossos governantes.
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5 comentários:
Bem acho fantastico como algué^, consegue ver tanta virtude no Socrates. Discordo totalmente, aliás este governo é o paradigma do faz de conta...Incendios não dominuiram controlou-se sim a comunicação social! o que não se noticáa não se vê! saúde? cada vez pior! insucesso escolar? não é contra os professores que se vence! mas sim com eles! justiça? cada vez pior! insegurança? cada vez mais!
Combateu os intereses instalados?? viu-se nas reformas dos politicos e dos meninos do banco d ePortugal...
Portugal nunca esteve tão mal a culpa não é só do socrates mas ele que está a enterrar cada vez mais isto está.
Salas de chuto?? sinceramente não é u probleema fundamental...a fome, o desemprego, os idosos,os deficientes isso sim são chagas. Agora salas d echuto ou casamento entre homosexuais são assuntos respeitaveis mas não fundamentais para o Portugal d ehj.
Desculpem se ofendi alguém, não é a minha intenção mas não deixei d emanisfeitar o meu desagrado.
abraço e gosto muito deste blog
Em primeiro lugar não me posso sentir ofendido por alguém discordar do que escrevo. Agradeço a crítica e agora é a minha vez de discordar.
O governo Sócrates não é um modelo de virtudes, mas quando comparado com os que lhe antecederam é quase um milagre. O Guterres empurrou o país com a barriga até ao dia que viu que ele ia cair no pântano. Viu tarde porque caiu mesmo, mas ele já tinha fugido. Segui-se um governo que até poderia ter sido um grande governo, porém tentou fingir que atacava os problemas e quando se lhe abriu a porta para ir atrás do Guterres não exitou. Por interesses partidários, e pessoais deixou o país entregue a um primeiro ministro que mal sabia administrar a sua casa e foi a mãe de todas as trapalhadas. Finalmente o bom senso regressou e o país acreditou que o PS poderia construir um governo forte e deu-lhe a maioria. Não direi que este governo seja um exemplo de governação, mas deixa os anteriores a km de distância.
A oposição classifica todos os governos de muito maus, péssimos; quando a população em geral mantém o governo em níveis de popularidade que não deixa espaço à oposição o argumento é que controla os média e a propaganda não deixa ver a desgraça em que vivemos. Enfim!!!!
Quando se vive à custa do orçamento é difícil ver obra neste governo. Quando os interesses instalados são afrontados não se consegue ver virtudes nos cortes dos privilégios de uma minoria. Em Portugal o sonho de qualquer pessoa há uns anos atrás era entrar para a função pública. Porque seria? Os sucessivos governos transforam-nos em portugueses de 1ª, os funcionários públicos e os de 2ª aqueles que alimentavam os funcionários públicos. Eu que não como à mesa do orçamento só posso ver com bons olhos o que este governo está a tentar fazer: diminuir os privilégios e os priviligiados para que eu não me sinta vitima de um sistema injusto que tira da minha mesa para pôr na de funcionários pouco produtivos, mal formados e sem vontade de trabalhar.
Outro ponto que me parece estranho é dividir-se os problemas do país em males maiores e males menores. A luta contra a crise económica´seria prejudicada pela aprovação dos casamentos homossexuais? O desemprego aumentará agora que vão ser abertas salas de chuto? O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Penso que esse argumento é uma desculpa sem pés nem cabeça para não enfrentar soluções para problemas que injustiçam minorias, que sejam, mas não há contradição entre lutar contra o insucesso escolar, ou os problemas dos idosos e aprovar uma lei que regulamente o aborto.
este governo não fez nenhum milagre até agora, mas pelo menos, tem dado mostras de ter um projecto para o país. Vai custar muito a muita gente, mas não fazer nada é que seria o suicidio nacional. Quem trabalha para o estado está com o coração nas mãos, pois o tempo de fartar à custa do orçamento está a acabar e é preciso começar a justificar o ordenado.
Se toda a gente há uns atrás queria ser func. publico então são os melhores que lá estão...logo os mal formados e os que não querem trabalhar são os outros. Quanto a isso de sustentarem os fun.publicos..nunca fui á sua casa nunca lá jantei....eu pago impostos , todos os fun publicos pagam! e vc? e os outros? não sei....os advogados pagam menos que a s amas...portanto eSsa treta de sustentarem os fun.publicos não passa disso..TRETA!
lamento mas discordo de si, a sociedade portuguesa está-se a borrifar para o casamento entre gays...quer é emprego, saúde..evidentemente que dá jeito falar disso enquanto se fala de coisas superfluas as importantes esquecem-se!!!
Eu tinha quase a certeza que os comentários vinham de um funcionário publico que, lamentavelmente sucessivos governos irresponsáveis levaram a que agora estejam numa situção pouco desejável, lamento que assim seja. Mas nada me convence que o número de funcionários nas repartições públicas é excessivo e, uma grande parte deles mal habituados, isto é, habituados a esperar para levar para casa o salário ao fim do mês, tendo feito o menos possível para merecê-lo.
Quanto a serem os melhores os que estão na função pública, não me convence. As cunhas, os padrinhos, e os familiares e amigos meteram lá quem muito bem quizeram ao longo de anos, fazendo dos concursos uma fachada de cumprimento da lei. E certamento o incentivo para ir para o funcionalismo público não era o desejo de trabalhar, mas o desejo de ganhar. A natureza humana não engana. Não duvido que a função pública tem gente muito competente e empenhada, mas o que transparece, para os utentes não é isso.
Por outro lado o rol de previlégios que nunca foram alargados ao privado quer dizer alguma coisa, sobre quem paga para quem. As reformas, os regimes especiais de saúde, milhares de professores com horário zero, centenas a trabalhar para os inúmeros sindicatos e a ganharem do orçamento, onde há comparação no sector privado?
Não quero fazer disto uma batalha contra os funcionários públicos, eles são necessários e válidos, porém ajustados à dimensão e necessidades do país.
Este governo está a tentar reduzir o seu número, por isso custa tanto aceitar que esse é o caminho correcto. Além disso quadros tão competentes não terão dificuldades em encontrar emprego no sector privado!
Só à esquerda do PS se põe em causa a necessidade de reduzir funcionários públicos. Porque será? Será porque é aí que os sindicatos e a CDU tem a maioria dos seus sindicalistas e militantes?
Não vou perder tempo a responder a tanta imbecilidade...continue na sua. vc é o mair, trabalha muito. é o mais inteligente e o que o lixaram foram as cunhas...
Um defensor tao acerrimo da sua ( e só da sua ) minoria, ataca de forma vil 750 mil func. publicos que pagam de certeza os seus impostos , os seus amigos privados pagam?? englobando-os num grupo...ok...
Fique Bem
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