sábado, julho 15, 2006

O BOMBO DA FESTA


«A sociedade portuguesa estava a ficar mais aberta e tolerante: com a ajuda de alguns «reality shows», tornara-se consensual a aceitação do homossexual no papel de «Bobo da corte».
Mas o papel que continuava a ser-lhe mais frequentemente destinado era o de «BOMBO DA FESTA».

Há gays portugueses que a troco de alguns euros se têm dado ao papel de bobos para divertir a populaça sentada em frente à TV. Lamentavelmente tem sido uma realidade que tem desprestigiado o movimento homossexual português e os homossexuais lusos em geral. A vida cor-de-rosa não dignifica a comunidade gay. Prestar-se na vida ao papel folclórico de «bicha espampanante» para animar as hostes não passará de uma atitude circense de quem tem falta de auto estima por não perceber que se presta ao papel ridículo que diverte a multidão. Não me choca o efeminado, chocam-me aqueles que não se fazem respeitar nem respeitam os outros quando atiram à cara de todos a sua diferença sem perceber que essa atitude os inferioriza e ridiculariza junto dos outros. Ser homossexual devia ser apenas uma particularidade distintiva, como o é ser-se alto ou magro, negro ou asiático, velho ou novo e não o centro que marca a existência de alguém. No entanto muitos de nós não sabem viver sem transformar a sua diferente opção sexual no centro de tudo o que são e viver em função disso como se mais nada existisse para além da preferência sexual.

Ao clicar no título deste post vão aceder a um artigo de João Miguel Tavares, publicado hoje no DN que revela a atitude da sociedade portuguesa em relação ao caso Gisberta e à homossexualidade em geral.

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