domingo, julho 16, 2006

ISRAEL PREVINE, NÃO REMEDEIA!

Israel aproveitou com todo o cinismo e sentido estratégico que é apanágio deste estado o brinde que lhe foi dado pelo rapto do seu soldado na faixa de Gaza e depois dos outros dois, pelo xiita Hezbollah, no Líbano. Israel não tem planos para deixar que os seus vizinhos se desenvolvam económica, política e militarmente. Permitir esse desenvolvimento representa uma ameaça para o estado judaico. Daí ter aproveitado com uma fúria inesperada para atacar as instalações do governo da autoridade palestiniana, infra-estruturas de comunicações no Líbano. Os estados bélicos, como Israel, que não têm amigos na vizinhança não pode tolerar que os vizinhos cresçam e adquiram capacidade de pôr em causa a sua supremacia. Israel não quer nem merece ter amigos. Aproveita pequenos pretextos para matar e destruir indiscriminadamente.

As organizações radicais como o Hezbollah ou o Hammas não têm qualquer pudor em realizar actos terroristas cujo objectivo é provocar o inimigo de estimação, sabendo que ele reagirá com violência e assim por em risco a segurança daqueles que dizem defender. Estas organizações desejam que Israel reaja, mate destrua, pois esse é o seu alimento, a razão de existirem. Sem a ameaça não têm razão para continuar e o seu papel para o mundo islâmico deixa de fazer sentido. Há que continuar a alimentar a besta para que ela tenha força para nos ameaçar e assim dar-nos razão para continuar a defender-nos. Eis uma lógica belicista que alimentará os conflitos no Médio oriente pelo menos por mais 50 anos.

Os seus aliados europeus, do outro lado do Atlântico não se esperam surpresas, calam, cúmplices de uma escalada de violência, como se aquilo que está a acontecer fosse legítimo e natural. Em Sampetersburgo jantam-se iguarias tradicionais russas regadas a vodka e não se fala no assunto. O G8 tem outras preocupações lá para os lados da península da Coreia!
Matar inocentes, invadir um estado independente, sequestrar a sua liberdade, é aceitável para os líderes da União Europeia. O que não era aceitável era Sadam Hussein ter armas de destruição maciça como se viu.

E tudo isto é vergonhoso, tudo isto é infame, tudo isto é política internacional...

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