
Um dirigente do Partido Nacional Renovador foi detido esta noite, após a RTP ter transmitido uma reportagem onde este skinhead, militante do partido de extrema direita portuguesa defendia os seus ideais políticos racistas e xenófobos abertamente para as câmaras da televisão. Assumia os seus ideais nacionalistas e neo-nazis, confundindo os supremos interesses nacionais com a defesa de um estado constituido por portugueses brancos e livre de emigrantes e de portugueses negros. A extrema direita esquece que Portugal tem uma história de cinco séculos de história em comum com os povos africanos e é um povo de emigrantes e de imigrantes recentes a quem deve ser dado o direito de encontrar entre nós uma vida gigna, tal como os portugueses um dia a procuraram até aos confins do mundo.
Este dirigente, Mário Machado, foi detido por ter defendido que tinha armas, tal como os outros membros do partido, para impedir que em Portugal acontecesse o mesmo que no mês de Novembro aconteceu em França. Não quero que em Portugal se repitam os dias negros que os imigrantes franceses de segunda e terceira geração provocaram naquele país. Não assiste a niguém o direito de destruir propriedade privada nem de por em perigo vidas por uma causa que podendo ser justa, perde toda a razão quando actua contra os direitos e liberdades de terceiros. Portugal tem leis e forças policiais e armadas para manter a lei e a ordem, não precisa de um grupo de pessoas de valores duvidosos para o fazerem em defesa dos interesses nacionais.
Gente que põe os «interesses nacionais» acima dos valores da vida e dos direitos humanos não pode ter liberdade absoluta para propagandear os seus ideais racistas e segregacionistas, ferindo destruindo a liberdade dos outros. Já têm a Internet para o fazer quase impunemente, nunca um canal de televisão estatal.
Se a reportagem foi uma armadilha, como afirmam, então foi bem montada. Alguém que é acusado de crimes de sangue como o dirigente em causa, não pode vir para a televisão dizer que faz justiça pelas próprias mãos estando para tal armado juntamente com os seus correligionários.
Portugal não quer essa ajuda para garantir a segurança nacional. Os 9 mil, apenas 9 mil votos, que obtiveram nas últimas eleições legislativas mostram bem que os portugueses dispensam a ajuda de sociais fascistas para defenderem os seus interesses.
Viva a Democracia! Viva Portugal!
Sem comentários:
Enviar um comentário