terça-feira, outubro 25, 2005

PRECISAMOS DE OUTRO «TERRAMOTO»?



Lisboa foi destruida há 250 anos por um dos mais violentos terramotos sentidos na Europa desde que há memória. Uma das mais ricas e poderosas cidades do velho continente foi numa manhã do dia de todos os santos desmembrada pelas vibrações telúricas, engolida pela vaga de seis metros de altura, que entrou pelo Tejo, e surpreendeu a população em pânico junto às margens do rio e reduzida a cinzas pelas labaredas que chegavam a ser vistas desde Santarém e duraram três dias.
Lisboa morreu nesta data?
Não, Lisboa renasceu das cinzas e fez-se cidade capital, ganhou alma e ressuscitou tão explendorosa quanto possível pelas mãos de um governo corajoso e de um povo que não se resignou a ver desaparecer a sua cidade. Enterrados os mortos, lançaram as mãos ao trabalho e reconstruiram a urbe virada para o rio, com avenidas enormes que pareciam desproporcionadas para o uso que lhes era dado na época, mas já pequenas para os dias de hoje. Alguém viu o futuro e planeou uma cidade para os séculos vindouros. O terramoto deu a Lisboa e a Portugal uma forte razão para começar de novo e fazer melhor.
Este país sabe enfrentar os desafios e superar as dificuldades, mesmo quando um terramoto arrasa todos os sonhos e destroi tudo à sua volta.

Sem comentários: