Doutor, por favor, não faça cálculos. Eu não quero saber quando é que o acumular de frustrações misturadas com o desânimo que me anima me irão anular.
Não sabe, mas eu também não quero saber em que dia os meus silêncios caldeados com a solidão que me acompanha me farão desistir.
Homem! não se incomode que eu não quero saber qual fórmula química entre cansaço e o desespero que me fará implodir.
O desalento e a falta de amor podem levar a matar? Nas doses certas, sim!? Não tema por mim que eu não tenho armas de afiar.
Pode parecer sério, doutor, mas eu estou apenas a imaginar.
Paira um medo do futuro sobre os dias que enfrento com todas as fracas forças de que disponho.
O horizonte começou a fechar-se à minha frente e não encontro passagem para o outro lado.
Pode ser apenas a crise dos 40, mas assim tão forte doutor? Não são só 40, são muitos mais, tantos que não dou conta, são demasiados...
Desconheço quantos são precisos para me vergar, mas sei que não faltam muitos mais.
Isto eu sei: tenho uma vontade doentia de dormir e sei que depois não me apetece acordar.
sábado, setembro 04, 2010
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