domingo, janeiro 10, 2010

A PROPÓSITO DE LEIS PELA METADE

Ainda está quentinha a lei coxa do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que sabe a melhor que nada a todos os homossexuais portugueses. Aliás Portugal é especialista em aprovar leis limitadas e pouco ambiciosas. Chamo a vossa atenção para a lei da procriação medicamente assistida aprovada na legislatura passada que impede as mulheres solteiras de a ela recorrerem. A direita e a Igreja, não só a Católica, mas as evangélicas também conseguiram limitá-la aos casais heterossexuais. Tudo bem!

Felizmente temos a Espanha aqui ao lado que aprova leis de corpo inteiro. E agora é um corropio de mulheres solteiras, lésbicas ou não, nas clínicas de tratamento da infertilidade junto à fronteira. Faz lembrar o antes da lei do aborto. Quem agradece são nuestros hermanos que ganham uns bons milhares de euros extras com o impedimento legal deste lado da fronteira.

Falo deste assunto porque tenho uma irmã que não é lésbica, mas que dispensa bem os homens depois de ter conhecido alguns patifes, ao contrário do irmão que nunca conheceu nenhum que o fosse. E agora decidiu que quer ser mãe, mas não quer dar o prazer a nenhum filho da mãe de o fazer. Fomos (eu só fui de companhia) no outro dia a Sevilha a uma primeira consulta e fiquei surpreendido com o número de portuguesas que estão a encher os cofres das empresas que se dedicam ao negócio de ajudar mulheres sozinhas a ter filhos. São mais alguns milhares de euros que podiam ficar no país, mas voam para a economia vizinha que também não goza de boa saúde, nos dias que correm.


Pois é, está dentro das minhas expectativas vir a ser tio lá para o fim do ano. Já não era sem tempo. Afinal parece que a família Antão de Olhão não vai acabar tão cedo, o diabo seja cego surdo e mudo!...

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