quinta-feira, maio 15, 2008

UM ÚLTIMO EXEMPLO PARA TERMINAR

Peguei no assunto dos comportamentos incoerentes e ainda não me dei por satisfeito. Julgo ser capaz de abandonar o tema neste post, mas não resisto a mais um exemplo paradigmático:


Até onde menos lógico seria encontramos comportamentos onde a bota não bate com a perdigota. Há homossexuais que pelas suas preferências e práticas sexuais deviam ser exemplos de tolerância para com outras minorias, de abertura de mentalidade e ausência de atitudes preconceituosas para com quem foge a comportamentos padrão tradicionais. Acontece que nem sempre nos olhamos ao espelho para nos confrontarmos face a face com o que somos e damos largas ao preconceito e à intolerância fazendo aos outros aquilo que não gostamos que nos façam a nós. Patético. Um gay com comportamentos xenófobos é patético. Um gay que condena a liberdade sexual feminina é patético. Um gay que ridiculariza a diferença é em si mesmo um brilhante exemplo de ridículo.


Em forma de conclusão, não apenas deste, mas dos restantes três posts sobre o tema diria que agir assim, ao arrepio das palavras, tem a cínica vantagem de permitir continuar a fazer de conta num fingimento inconsequente em que a honestidade nada vale, nem tem papel importante a desempenhar na evolução das mentalidades. Dá a ilusão que se está a salvo das críticas dos outros e mesmo que se está num patamar superior a eles. Não tirar consequências práticas das acções que se praticam ajuda a perpetuar uma sociedade intolerante, repressiva, estática e muito hipócrita, convenhamos. A sensação que fica é que cada um age como muito bem lhe aprouver desde que não se saiba. Depois pode-se apontar o dedo a quem assume os seus actos e assim continuamos impolutos. Não importa a consciência: até porque consciência é coisa que não se vê nas fotografias.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais uma vez, faço minhas as tuas palavras.
Resta a consolação de saber, que existem pessoas que são capazes de gritar a plenos pulmões, o que são e o que querem da vida, recusando-se a ser mais uma ovelha no rebanho. São poucos, mas honestos e coerentes, e de certeza, seres humanos mais felizes e tranquilos.
E como eu digo, entre ser mais uma ovelha ou o lobo mau...o lobo é sempre melhor escolha, ele ouve melhor, cheira melhor, olha melhor,mexe melhor e come muuuito melhor...