quinta-feira, maio 08, 2008

SEMANA DIFÍCIL?!!

Este espaço ficou durante os últimos dias em piloto automático. Passo a explicar: a facilidade de agendar postagens por antecipação permitiu que este blogue tenha tido actualizações ao longo destes dias sem que eu tenha tido tempo para ele. Planeei no Domingo a publicação de inúmeras fotos para os dias seguintes para não decepcionar aqueles que se habituaram a ter o «De Corpo e Alma» sempre novo, ainda que apenas fotografias para regalar os olhos.
A semana foi excepcionalmente animada de compromissos sociais que tive de conjugar com a normal semana de trabalho e outros compromissos familiares. Eu que sou caseirão, quanto baste, tal como na adolescência, fiz da minha casa quarto de hotel.
Fazendo um parêntesis vou explicar porque disse que era um caseirão na adolescência. A alcunha, pouco abonatória para um jovem, era expressão com que a minha mãe me irritava solenemente ao tentar empurrar-me para fora de casa. Estranhava ela que eu preferisse ler, ver televisão, entreter-me em casa, a sair com os colegas e amigos. Ela tinha razão: não era muito natural o meu refúgio caseiro em plena explosão de acne. Na época eu não sabia como lidar com as minhas tentações sexuais. Quanto mais as tentava evitar mais poderosas elas me assaltavam. Receava, acima de tudo, que alguém mais perspicaz se apercebesse que os meus olhos tinham mais luz quando olhavam para os rapazes do que quando fingiam entreter-se com as formas femininas. No refugio da minha casa não corria riscos de revelar o meu segredo, porque tal como hoje, não resistia à tentação de quase violar um belo torso masculino com os olhos. Por outro lado, o alvo das saídas em grupo não me satisfaziam porque me obrigavam a representar, a fazer de conta que era como eles, quando no fundo eu queria era um deles. Tempos difíceis que não deixaram grandes saudades.
Hoje, ao contrário da década passada, já encontro mais distracções no recanto do meu lar, do que nas noites consecutivas de bares, música, álcool, fumo, sexo e muita falta de repouso...
Ainda arranjei tempo, porque tinha que o fazer, para contar a razão que justificou a primeira noitada desta semana: a despedida do colega Sérgio. Esticamos a noite, quase tropical, pela rua do crime até bem tarde. Depois na Sexta-feira foi a vez de introduzir um casal de amigos holandeses na noite de Albufeira. Mais uma noite muito curta de sono, mas absolutamente indispensável. Os nossos amigos são um casal cujo comprimento dos pés à cabeça perfaz, aproximadamente uns 4 metros, juntando a altura dos dois, claro. Da cama que o Shwasy lhes arranjou faltava, mais ou menos, meio metro de colchão, ou quatro pernas de sobra. Ainda não recuperei do torcicolo que me causaram no pescoço.
Na noite seguinte a agenda continuava no vermelho: despedida de solteiro. Foi a minha última tentativa de demover o noivo da loucura maior. Sem sucesso. Nem o argumento que lhe faria experimentar sensações que o casamento lhe recusará o demoveu. Diz que se a maior parte dos homens o faz é porque vale a pena. Não insisti muito. Argumentar que depois muitos se arrependem não ajudou nada. Lá se vai mais uma apetitosa tentação... Mas ainda bem que é Andreia a feliz contemplada: do mal o menos, pelo menos vai fazer feliz uma mulher que está á altura de retribuir na mesma proporção. O casamento é este fim-de-semana pelo que as noitadas vão continuar a queimar os poucos neurónios que ainda me sobram e o álcool ainda vai continuar a correr pelas nossas goelas abaixo.
O jantar de terça-feira foi uma confusão de línguas. Bom! Nada disso. Eu disse línguas: sinónimo de idioma, não línguas sinónimo de órgão sexual! Dahhh!! Jantamos com os nossos amigos holandeses com quem comunicamos em inglês e com um luso-francês que só fala francês e atropela o português em cada frase. O restaurante é de uma belga que tem como relações-publicas um português, um empregado de mesa holandês e uma inglesa, tal como o cozinheiro que tem um amigo alemão, fã da terra dos cangurus que não sei o que fazia por lá, mas valorizava muito a sala.
Quando finalmente nos sentamos (o que não foi fácil, pois ,dois de nós não conseguiam acomodar as pernas por de baixo da mesa) já numa mesa próxima se celebrava o aniversário da quase teenager Cátia, amiga de longa data. Uma miúda simpática e divertida com rosto de princesa que jura que eu sou o homem dos seus sonhos, que adora a minha cabeça rapada (descrevo a coisa assim para não estragar o romantismo da ocasião) e me quer fazer perder a virgindade, heterossexual, bem visto, não? Inesperadamente reuniram-se os ingredientes para a confusão total: amigos, atrevimento, vinho, desinibição, festa...
Vou abster-me de descrever cada um deles, mas não resisto a rapidamente referir o mais impressionante de todos: um holandês enorme com uma única madeixa de cabelo louro em caracol sobre a testa, capaz de fazer rir o mais sisudo dos humanos. Já agora não resisto a referir que trabalha num clínica médica, em Nymegen, onde tenta tornar mais suportáveis os últimos dias de vida a doentes terminais.
A noite terminou em Cabanas de Tavira, no Quasimodos ,com todos a beber à saúde da Cátia e a apreciar o ex-do Shwasy a dançar sobre o balcão ao som dos Village People. Lembram-se de um rapaz que participou no segundo Big Brother? É ele. Cresceu, entretanto, e dança que se farta ajudado por umas longas pernas de jeans tentadoramente esfarrapados e levemente peludas.
Ontem foi a despedida dos homens que vieram do país das tulipas: mais um dia que cresceu até horas pouco próprias para quem tem a responsabilidade de ir trabalhar, logo pela manhã, no dia seguinte.
Hoje é dia de recuperação, porque o fim-de-semana não vai ser para velhos.

1 comentário:

Anónimo disse...

QUE ANIMAÇAO!!
TODOS MUITO DIVERTIDOS!!...
ALEXANDRE DE BRAGANÇA