Depois de anos e anos seguidos a assistir a performances assombrosas na área dos comportamentos ainda hoje fico perplexo com a desenvoltura com que em Portugal se continua a seguir aquele ditado popular que diz: «Sê como frei Tomás: faz o que ele diz não faças o que ele faz». Aflige-me a capacidade que meio mundo, tem de dizer uma coisa e fazer outra, ou simplesmente a incapacidade de conjugar no presente do indicativo o verbo ser e o parecer. Por outras palavras: acreditar ou fingir que acreditam ser aquilo que não são. Tenho a ligeira sensação que o nosso povo tem uma capacidade altamente desenvolvida de agir como acabei de descrever. O que, na minha opinião, é preocupante, pois revela uma sociedade sem valores e portadora uma coluna vertebral muito deformada: doentia.
Como se pode ter em boa consideração alguém que defende princípios éticos e valores morais que não pratica como se fosse o mais natural do mundo?
O exemplo dos padres católicos, mas que podia ser dos pastores protestantes entre outros:
Um padre católico devia ser um exemplo de conduta a toda a prova. Alguém que representa junto das populações os valores imutáveis da moral católica não devia ter telhados de vidro. Porque quem acompanha a doutrina da Igreja Católica sabe que os seus representantes passam os Domingos a atirar pedras para os telhados dos outros. Se a sua conduta não se compadece da sua prelecção dominical então devia tentar aprender a fazer parede ou escolher uma profissão de acordo com as suas competências.
A fama precede uma grande percentagem dos párocos de aldeia por esse mundo fora e Portugal não é excepção. O arquétipo do padre mulherengo ou do padre gay está estampado na batina de muitos que ganham a vida junto ao altar a condenar o sexo pré e extra conjugal, o uso do preservativo e os contraceptivos em geral, o aborto, a homossexualidade, entre outras práticas, a que o Vaticano não cede nem um milímetro, por imposição bíblica, diga-se, em abono da verdade. Muitos poderão dizer que os padres católicos são presa fácil deste tipo de boatos, mas os acontecimentos têm vindo a provar que a fama vem de longe como a de um certo vinho do Porto. Pensar que têm a fama e não têm o proveito é ingenuidade de velhas beatas de sacristia por quem o senhor padre nunca se interessou. Podem estar seguros de que não estou a falar em tese, mas com conhecimento de causa. Não que eu pretenda que um padre tem de seja um ser superior acima dos comuns mortais. O que eu considero é que não podem agir como simples mortais e falar como semi-deuses. Não admira que a Igreja tenha caído num tão grande descrédito: ninguém os leva a sério e todos repetem enquando rezam o «Pai Nosso»: «Faz como frei Tomás...»
Deve ser defeito meu, ou ressentimento por não ter conseguido fazer o mesmo. Para quem não lê este blogue, habitualmente, fiquem sabendo que estudei durante dois anos teologia num Seminário Teológico Baptista e desisti da minha «vocação» porque me era impossível pregar uma coisa e querer (ainda estava na fase do querer) fazer outra. Não consegui suportar a contradição entre a teoria e a prática e optei por abandonar uma das coisas que mais gozo me deu na vida.
Como se pode ter em boa consideração alguém que defende princípios éticos e valores morais que não pratica como se fosse o mais natural do mundo?
O exemplo dos padres católicos, mas que podia ser dos pastores protestantes entre outros:
Um padre católico devia ser um exemplo de conduta a toda a prova. Alguém que representa junto das populações os valores imutáveis da moral católica não devia ter telhados de vidro. Porque quem acompanha a doutrina da Igreja Católica sabe que os seus representantes passam os Domingos a atirar pedras para os telhados dos outros. Se a sua conduta não se compadece da sua prelecção dominical então devia tentar aprender a fazer parede ou escolher uma profissão de acordo com as suas competências.
A fama precede uma grande percentagem dos párocos de aldeia por esse mundo fora e Portugal não é excepção. O arquétipo do padre mulherengo ou do padre gay está estampado na batina de muitos que ganham a vida junto ao altar a condenar o sexo pré e extra conjugal, o uso do preservativo e os contraceptivos em geral, o aborto, a homossexualidade, entre outras práticas, a que o Vaticano não cede nem um milímetro, por imposição bíblica, diga-se, em abono da verdade. Muitos poderão dizer que os padres católicos são presa fácil deste tipo de boatos, mas os acontecimentos têm vindo a provar que a fama vem de longe como a de um certo vinho do Porto. Pensar que têm a fama e não têm o proveito é ingenuidade de velhas beatas de sacristia por quem o senhor padre nunca se interessou. Podem estar seguros de que não estou a falar em tese, mas com conhecimento de causa. Não que eu pretenda que um padre tem de seja um ser superior acima dos comuns mortais. O que eu considero é que não podem agir como simples mortais e falar como semi-deuses. Não admira que a Igreja tenha caído num tão grande descrédito: ninguém os leva a sério e todos repetem enquando rezam o «Pai Nosso»: «Faz como frei Tomás...»
Deve ser defeito meu, ou ressentimento por não ter conseguido fazer o mesmo. Para quem não lê este blogue, habitualmente, fiquem sabendo que estudei durante dois anos teologia num Seminário Teológico Baptista e desisti da minha «vocação» porque me era impossível pregar uma coisa e querer (ainda estava na fase do querer) fazer outra. Não consegui suportar a contradição entre a teoria e a prática e optei por abandonar uma das coisas que mais gozo me deu na vida.
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