A propósito da entrada em vigor da nova lei da imigração que hoje ocorre lembrei-me que a população algarvia olha com desconfiança os estrangeiros que nos procuram para trabalhar. Não aqueles com que há muitos anos nos habituamos a conviver: os europeus endinheirados que mais por capricho do que por necessidade escolheram o Algarve para viver e trabalhar, mas os imigrantes de leste, os brasileiros e os africanos e os asiáticos também. Acontece que a região algarvia é no todo nacional aquela que mais sente a pressão dos estrangeiros em percentagem da população residente e sobretudo da população activa. Segundo as estatísticas em 2006 o Algarve tinha a residir legalmente no seu território 56134 estrangeiros o que representa mais de 14% da sua população total. Se lhe juntarmos os ilegais então compreende-se melhor a importância da população imigrante na economia da região.
Os naturais da região sentem a pressão acrescida em especial na busca de empregos, no valor renda da casa. No início do século a violência mafiosa que envolvia a comunidade vinda de leste ajudou a desenvolver esta aversão aos imigrantes, algo que nos anos mais recentes tem vindo a desaparecer para o bem de todos.
A todos os que se sentem incomodados com a concorrência acrescida na vida laboral sempre fui da opinião que quem tem unhas é que toca guitarra. Reconheço a todos o direito de procurar uma vida melhor em qualquer parte do mundo incluindo na minha aldeia. A quem teme a concorrência recomendo formação, empenho e competência e já agora lealdade na disputa.
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