sexta-feira, julho 13, 2007

QUEM LEVOU O CARTÃO?



Os jogadores de futebol portugueses estão cada vez mais precoces. Certamente aprenderam com os seus ídolos há uns anos atrás. Todos nos lembramos da meia-final do Euro 2000 quando o árbitro marcou penalti contra Portugal. A França, a nossa besta negra do futebol, se concretizasse a grande penalidade era finalista e o jogo acabava de imediato. Foi um festival de contestação ao árbitro. Resultou em jogadores castigados meses a fio e uma péssima imagem para o nosso futebol.

Anos mais tarde foi na Coreia, quando a nossa selecção perdeu contra os anfitriões e foi eliminada da competição e o nosso João Pinto, sorrateiramente, enfiou o punho no estômago do árbitro. Foi show de bola mesmo!

Já não falo do jogo contra a Holanda o ano passado... Um festival de anti- desportivismo sobretudo Holandês, mas eu fiquei a pensar como teria acabado caso Portugal tivesse sido eliminado? Estou seguro que seria outro festival de má educação, de má formação e anti-desportivismo nacional ao melhor nível.

E agora esta pérola, oferecida pelos sub-vinte no Canadá, em que depois de um assalto às canelas do adversário um certo Zequinha achou que o fiscal do jogo não tinha nada que o expulsar do jogo exibindo o cartão vermelho directo e, pasme-se, algo nunca visto, vai para o Guiness book, o Zequinha arrancou o cartão da mão do árbitro!!!

Que pretenderia ele fazer com o cartão? Dar autógrafo? Levar de recordação?

Penso que a Federação Portuguesa de Futebol devia tomar medidas drásticas contra os jogadores que não se contêm quando os resultados e acções do árbitro não lhes são favoráveis. Na minha opinião uma atitude como a que podem ver no clip acima devia merecer que aquele jogador não pudesse voltar a representar o país em qualquer das suas selecções. É muito duro? os jogadores deviam pensar bem antes de agir e sujar o nome de Portugal que os escolheu para serem seus representantes.

2 comentários:

Anónimo disse...

apenas queria deixar uma palavra de força para o zequinha que passou a ser o bode espiatório dos fracos resultados da selecção sub20...
COnhecendo eu o jogador em causa e sabendo que não é um jogador violento e desrespeitador o que aconteceu naquela situação foi puramente o stress e desespero perante a situação em que se encontravam... nada comparado com o fabio que agarrava a mão pra não o deixar mostrar o cartão ou entao mm nada comparada com a entrada violenta sobre o jogador do Chile...
enfim um numero de situações lamentaveis e a evitar...
Seja como for as penalizações exemplares deviam ser aplicadas sim aos jogadores mais "famosos" com mais experiência que aparecem sempre nos nossos ecrãs quando há jogos da 1ª liga, que ora agridem colegas ou até arbitros e que levam multas que lhes custam tanto pagar qt a mim me custa comprar um rebuçado... ai sim nestes casos deviam de aplicar "penas" mais sérias e ai talvez começassem a portar-se como Desportistas e os mais jovens os tivessem como idolos que demonstram cm ser um verdadeiro desportista...

DE CORPO E ALMA disse...

Não tenho o prezer de conhecer o Zequinha que certamente não é um arruaceiro sem carácter. Custa-me, como português que gosta de futebol ver a fama que o nosso futebol tem de trapaceiro, violento, de pouco fair-play e muita escaramuça escusada. Claro que os bodes espiatórios só servem para deixar tudo na mesma, mas creio que é preciso tomar medidas enérgicas de disciplina e formação ética para que estas situações parem de se repetir. O mal vem de cima dos dirigentes que encontram no árbitro o responsável para as suas derrotas e com isso contagiam os jogadores que não assumem as suas responsabilidades e com toda a leveza fazem o que vêm os dirigentes fazer. acusar o árbitro. De qualquer forma os jogadores são profissionais maiores e vacinados que têm a obrigação de pensar antes de agir e que têm de envergar a camisola com dignidade. O Zequinha deve ser punido pelo seu acto para que não se repita, não como bode espiatório, mas como consequencia dos seus actos e exemplo para todos. passar uma esponja no acontecido é dizer a todos que podem fazer o que lhes aprouver em campo que não terá consequências.