Finalmente mudei a música que já vos devia irritar de tão repetida. Foi uma necessidade minha voltar a ouvi-la para me ajudar a suplantar os desafios que tive de enfrentar na primeira quinzena deste mês.
Agora voltei a outra música de estimação. Se tivesse de escolher um único filme para rever vezes sem conta seria ««Out of Africa», em português «África minha». Para além de ser um filme fantástico tem um grande valor sentimental para mim (Pois é pareço e sou um quarentão com saudades dos vinte anos que cada vez fala mais desse facto neste espaço). Dizia então que este «África minha» é o filme da minha vida porque alia a suprema qualidade da fotografia à inolvidável banda sonora, à performance dos actores, juntando uma história de vida fabulosa que me ajudou a perceber de como devia pessoalmente enfrentar os desafios, os revezes e partidas que a vida nos apronta a cada dia.
Vi-o na primeira e última vez que entrei no cinema São Jorge, em Lisboa, uma sala antiga, enorme, majestosa, da era das grandes salas de cinema longe dos centros comerciais. A banda sonora é inesquecível e reforça na minha memória as paisagens de uma África paradisíaca e imaculada, longe daquilo que é na realidade o continente negro, cheio de fome, morte, doença e injustiça.
O desempenho de Meryl Streep é de uma precisão superior e até o vilão, desempenhado por Klaus Maria Brandauer, me fascinou pela capacidade de deixar a vida correr desprendida dos compromissos sociais. Robert Redford, aliás Denys Hatton encarnou um personagem que viveu a vida com a segurança de quem só vive uma vez e nunca abdicou dos seus ideais para se prender aos laços inibidores da liberdade dos compromissos sentimentais. O filme é uma lição de vida em que os personagens não abdicam das suas vidas para satisfazerem paixões e compromissos passageiros, vivem-nos enquanto não se tornam prisões que colidem com a liberdade. Só Karen Blixen não parece apostada nessa filosofia de vida, mas acaba por vivê-la da mesma forma, livre e empenhada enquanto o destino não lhe inflige o próximo golpe, no entanto ela acaba o filme dizendo que foi feliz em África. E como podia ter deixado de o ser?
Agora voltei a outra música de estimação. Se tivesse de escolher um único filme para rever vezes sem conta seria ««Out of Africa», em português «África minha». Para além de ser um filme fantástico tem um grande valor sentimental para mim (Pois é pareço e sou um quarentão com saudades dos vinte anos que cada vez fala mais desse facto neste espaço). Dizia então que este «África minha» é o filme da minha vida porque alia a suprema qualidade da fotografia à inolvidável banda sonora, à performance dos actores, juntando uma história de vida fabulosa que me ajudou a perceber de como devia pessoalmente enfrentar os desafios, os revezes e partidas que a vida nos apronta a cada dia.
Vi-o na primeira e última vez que entrei no cinema São Jorge, em Lisboa, uma sala antiga, enorme, majestosa, da era das grandes salas de cinema longe dos centros comerciais. A banda sonora é inesquecível e reforça na minha memória as paisagens de uma África paradisíaca e imaculada, longe daquilo que é na realidade o continente negro, cheio de fome, morte, doença e injustiça.
O desempenho de Meryl Streep é de uma precisão superior e até o vilão, desempenhado por Klaus Maria Brandauer, me fascinou pela capacidade de deixar a vida correr desprendida dos compromissos sociais. Robert Redford, aliás Denys Hatton encarnou um personagem que viveu a vida com a segurança de quem só vive uma vez e nunca abdicou dos seus ideais para se prender aos laços inibidores da liberdade dos compromissos sentimentais. O filme é uma lição de vida em que os personagens não abdicam das suas vidas para satisfazerem paixões e compromissos passageiros, vivem-nos enquanto não se tornam prisões que colidem com a liberdade. Só Karen Blixen não parece apostada nessa filosofia de vida, mas acaba por vivê-la da mesma forma, livre e empenhada enquanto o destino não lhe inflige o próximo golpe, no entanto ela acaba o filme dizendo que foi feliz em África. E como podia ter deixado de o ser?
2 comentários:
Ah bandido, agora é que me deste em cheio! Certas músicas deveriam ser exclusivas...
Um dos meus (poucos) filmes para todo o sempre!...
Obrigado! :-)
Não obstante - como diz - a «fome, morte, doença e injustiça», a minha África continuará sempre paradisíaca e imaculada.
Pelos vistos, o filme «África minha» (filmado no Quénia) é do agrado, por razões diversas, de tanta gente (é o meu caso).
Obrigado, mais uma vez, pela opção musical.
(Ameijoas? Talvez!)
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