O Homem continua a sua caminhada imparável para se substituir a Deus. Não me refiro ao facto de Deus ter cada vez menos importância na vida das pessoas, pelo menos no ocidente, refiro-me, mesmo, ao facto de o Homem estar a tomar as tarefas que antigamente estavam reservadas ao Todo Poderoso. A ciência pode ainda não ter conseguido provar a inexistência do Criador, mas está a fazê-lo de outra forma. Está a torná-lo dispensável, inútil mesmo. Pode parecer horrível esta afirmação, mas não deixa de ser uma verdade científica, por muito que choque e nos custe a acreditar. Um dos atributos exclusivos da divindade, até aos anos mais recentes, era o dom do início da vida e o seu fim, mas já não são mais. Este princípio básico da religião cristã já não faz grande sentido.
A ciência médica deu à criatura o dom de criar a própria vida. Começou por permitir a concepção da vida através da fecundação artificial. Pais inférteis, a quem Deus negou a alegria de serem pais, vá-se lá saber porquê, puderam ter descendência por acção da inteligência humana. Depois o homem ultrapassou o próprio Deus e fez aquilo que Ele não quis ou não pode fazer. Pessoas foram pais depois da morte, avós foram mães dos próprios netos, mulheres dão à luz depois da menopausa. A ciência avançou e fez vida de outra maneira. Duma maneira que talvez Deus nunca tenha imaginado.
E nasceu o processo de clonagem que depois da Dolly ainda tem muito que percorrer até à eternidade não divina, mas da monstruosa substituição de seres repetidos. Das células estaminais se estuda o prolongamento da vida, a recriação de órgãos jovens e sãos que permitirão aumentar exponencialmente a longevidade humana, etç, etç.
Não sou um apaixonado por estes temas, nem os conheço com profundidade para deles falar com autoridade. Sinto um «arrepio na espinha» quando ouço as novidades científicas que germinam em catadupa nesta área da ciência. Depois de substituir Deus no dom da vida, os avanços para por fim à morte e alcançar a eternidade humana aí estão nas revistas medico-científicas. Deus tirava a vida quando era chegada a hora de cada um prestar contas ao Criador, no entanto os cientistas preparam-se para pelo menos pedir a Deus para esperar que os homens morram quando quiserem. As posições vão inverter-se e Deus vai esperar sentado pela morte dos humanos para o julgamento final.
Em 2003 o cientista português Nuno Arantes de Oliveira, a trabalhar em San Diego, USA, em conjunto com cientistas americanos, publicou na revista Science um artigo que demonstrava que era possível expandir a vida do verme C.elegans muito para além da sua vida natural - de 20 para 180 dias - mantendo os animais saudáveis. Nesse trabalho ficou identificado um dos interruptores desse mecanismo. Essa equipa do Salk Institute, descobriu o gene PHA-4 que tem o papel-chave no mecanismo do envelhecimento do verme anteriormente referido. Este gene tem três genes correspondentes nos mamíferos, nomeadamente, nos seres humanos. A descoberta deste gene pode tirar a Deus o exclusivo da limitação da vida. Será um processo longo e verdadeiramente assustador, mas definitivamente, Deus que se cuide que os seus exclusivos estão todos em causa. Para que vamos precisar dele quando já soubermos fazer tudo o que ele faz e até com processos alternativos?
Lá no fundo, no fundo eu tenho receio que o Homem usurpe totalmente os poderes divinos, porque a maior obra da criação, segundo a Bíblia, o Homem de perfeito tem muito pouco.
A ciência médica deu à criatura o dom de criar a própria vida. Começou por permitir a concepção da vida através da fecundação artificial. Pais inférteis, a quem Deus negou a alegria de serem pais, vá-se lá saber porquê, puderam ter descendência por acção da inteligência humana. Depois o homem ultrapassou o próprio Deus e fez aquilo que Ele não quis ou não pode fazer. Pessoas foram pais depois da morte, avós foram mães dos próprios netos, mulheres dão à luz depois da menopausa. A ciência avançou e fez vida de outra maneira. Duma maneira que talvez Deus nunca tenha imaginado.
E nasceu o processo de clonagem que depois da Dolly ainda tem muito que percorrer até à eternidade não divina, mas da monstruosa substituição de seres repetidos. Das células estaminais se estuda o prolongamento da vida, a recriação de órgãos jovens e sãos que permitirão aumentar exponencialmente a longevidade humana, etç, etç.
Não sou um apaixonado por estes temas, nem os conheço com profundidade para deles falar com autoridade. Sinto um «arrepio na espinha» quando ouço as novidades científicas que germinam em catadupa nesta área da ciência. Depois de substituir Deus no dom da vida, os avanços para por fim à morte e alcançar a eternidade humana aí estão nas revistas medico-científicas. Deus tirava a vida quando era chegada a hora de cada um prestar contas ao Criador, no entanto os cientistas preparam-se para pelo menos pedir a Deus para esperar que os homens morram quando quiserem. As posições vão inverter-se e Deus vai esperar sentado pela morte dos humanos para o julgamento final.
Em 2003 o cientista português Nuno Arantes de Oliveira, a trabalhar em San Diego, USA, em conjunto com cientistas americanos, publicou na revista Science um artigo que demonstrava que era possível expandir a vida do verme C.elegans muito para além da sua vida natural - de 20 para 180 dias - mantendo os animais saudáveis. Nesse trabalho ficou identificado um dos interruptores desse mecanismo. Essa equipa do Salk Institute, descobriu o gene PHA-4 que tem o papel-chave no mecanismo do envelhecimento do verme anteriormente referido. Este gene tem três genes correspondentes nos mamíferos, nomeadamente, nos seres humanos. A descoberta deste gene pode tirar a Deus o exclusivo da limitação da vida. Será um processo longo e verdadeiramente assustador, mas definitivamente, Deus que se cuide que os seus exclusivos estão todos em causa. Para que vamos precisar dele quando já soubermos fazer tudo o que ele faz e até com processos alternativos?
Lá no fundo, no fundo eu tenho receio que o Homem usurpe totalmente os poderes divinos, porque a maior obra da criação, segundo a Bíblia, o Homem de perfeito tem muito pouco.
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