segunda-feira, março 05, 2007

INJUSTIÇA NA MORTE DE UMA CRIANÇA

O avô deixou por minutos o neto sozinho sentado no sofá da sala e veio cuidar dos seus afazeres no jardim da casa. Sem se aperceber o isqueiro caiu-lhe do bolso. O neto de 4 anos pegou no isqueiro e experimentou no sofá como funcionava. Ateou o fogo e acabou por morrer intoxicado sem que o avô se desse conta do que estava acontecendo dentro de casa.

Quem leu jornais hoje ou escutou os noticiários no Domingo à noite sabe de que tragédia falo. O avô não merecia ficar com a morte da criança na sua consciência. É um homem esforçado, trabalhador, honesto que tudo tem feito para que nada falte aos seus 4 netos.

Lembro da época em que trabalhava como segurança, à noite, numa estação de serviço durante o dia, e ainda fazia um part-time como jardineiro nas vivendas ricas dos Alporchinhos e Senhora da Rocha. Várias vezes me pediu trabalho, sempre que alguma destas ocupações falhava. O dinheiro não era suficiente para dar conforto e alimento a toda a família.

Hoje corria um peditório para ajudar nos custos do funeral do neto.

Este é apenas um lado da história.
O outro é que esta criança tinha um pai e mais 3 irmãos. Tinha um pai divorciado que não trabalha porque se recusa. Não precisa: o estado português da-lhe por mês 750 euros de subsidio social de inserção para que aquelas, agora só três, crianças não passem fome. Sucede que o pai que tem sempre o último modelo de telemóvel, GPS no carro, computador de bordo e outros extras, passa os dias inserido nos cafés e bares de Porches ou Armação de Pêra. Gasta praticamente todo o dinheiro consigo. O avô cuidava do dinheiro para os seus filhos. Trabalhar não quer, nós contribuintes trabalhamos por ele.

Percebo que o estado não possa deixar que as crianças passem fome, mas não haverá forma de evitar que o pai transforme o dinheiro em cerveja? Como podemos subsidiar pessoas que pura e simplesmente não querem trabalhar? É mais um dos nossos muitos desempregados!

Temos um país onde o fosso entre ricos e pobres é dos maiores da Europa. Mas quando tentamos atenuar esta diferença conseguimos criar ainda mais injustiça?

Quando está em questão a subsidio-dependência sou de extrema-direita: sou contra.

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