domingo, julho 09, 2006
A FESTA ACABOU...
A festa do futebol acabou sem grandes surpresas. Não surpreendeu ver que a Europa é um coro desafinado quando estão em contenda as nações que a compõem. E mesmo quando não competem directamente nem sempre o espírito de Europa é visível. As nações rivais, que se construíram em oposição aos seus vizinhos muitas vezes não se sentem irmanadas pela cultura do continente. A Europa muito dificilmente virá a ser uma unidade socio-cultural e muito menos política.
O futebol demonstrou mais uma vez o seu poder esmagador. O mundo sempre de olho na Alemanha, quase esqueceu os dramas e trgédias e riscos que o consomem e corroem.
A Itália mostrou que a tradição é para cumprir e cumpriu. As dificuldades aumentam o espírito de sacrifício e a garra para lutar. As dificuldades caseiras do futebol italiano ajudaram a unir s selecção. A sobranceria francesa teve a paga devida, com a cereja no topo do bolo com o vermelho directo para Zidane. Foi uma cabeçada digna de qualquer arruaceiro português!... A Alemanha foi premiada pela capacidade de pôr a equipa a jogar para marcar e não para não sofrer como quase todas as outras. Portugal surpreendeu, mas faltou o toque de Midas e um pouco de sorte ou mais ousadia para lá chegar. O Brasil morreu crucificado pelas suas vedetas pouco esforçadas. A Argentina não teve a sorte do seu lado. A Inglaterra foi castigada pela arrogância e mau perder. A Holanda, a minha terceira pátria, deixou-se levar pela violência e não resultou. A Espanha, não teve mais uma vez fúria suficiente e alguma falta de humildade e pouco respeito pelo adversário (Não se insulta o hino nacional do adversário como eles fizeram à França). Os outros fizeram o que deles se esperava, com excepção da Austrália, que mostrou o grande treinador que é aquele holandês. A África tem que esperar pelo seu mundial para brilhar, outra vez. A Ásia foi há quatro anos. O México, foi igual a si próprio. E a Polónia, a República Checa, a Croácia e a Sérvia, curiosamente as selecções vindas do antigo bloco de leste, foram todas eliminadas na primeira fase.
Nestas manifestações desportivas, cada vez mais, quem faz a festa são os adeptos das equipas e menos os jogadores. Falando de futebol tudo foi muito básico, sem brilho, nem glória. Não há um nome que fique para a História. Não se consagrou um Pélé, um Eusébio, um Maradona, ou um Platini... Podia ter brilhado um Zinedine Zidane, mas decidiu cabecear o adversário em lugar da bola e borrou a pintura no seu último jogo. Triste!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário