Desde que soube que o livro de Catarina Salgado ia ser adaptado a filme que o vi como continuador de oportunismo e revanchismo pessoal e com o mesmo pouco interesse que teve o livro. Ofereceram-me o primeiro com a melhor das intenções, porque sabem que gosto de ler, poucos dias depois da sua publicação. Mas como a televisão, jornais e outros mídia revelaram de imediato os episódios mais picantes e divulgaram o mau da fita sem nenhum pudor de estragarem o negócio da editora, li uma ou duas páginas, no máximo e abandonei-o quase virgem. Teve o mérito de exalar, a propósito duma vingança pessoal, tudo o que os portugueses já imaginavam ser o cheiro nauseabundo que deitam os bastidores do futebol nacional. A qualidade da prosa era fraquíssima e sem o suspense do enredo arrumei-o na prateleira. Sem remorsos.
Toda a publicidade e polémica que envolveu a realização e estreia do filme «Corrupção» não me demoveu da minha intenção de não lhe por a vista em cima. O filme não viria acrescentar nada ao que estava escrito (Por este caminho o cinema português não vai lá). Aquilo que eu suspeitava que a obra viesse a ser está toda aqui relatada por Eduardo Pitta que se forçou a ver o filme até ao fim. Eu não tive coragem de gastar o meu dinheiro e o meu tempo a ver um trabalho que desde o inicio julguei desprovido de interesse intelectual, artístico e mesmo cultural. É mais um sub-produto cultural que se insere num modo de estar na vida: fútil, oportunista e vingativo típico de uma cultura rosa-glamour/rosa-sangue sem valores, que grassa pelo mundo ocidental, que bebe e devassa a vida dos famosos e ao mesmo tempo aponta em estilo miss-universo os tremendos problemas existenciais que o mundo enfrenta.
P.S: Que ninguém pense que eu sou simpatizante do FCP, que não sou.
Toda a publicidade e polémica que envolveu a realização e estreia do filme «Corrupção» não me demoveu da minha intenção de não lhe por a vista em cima. O filme não viria acrescentar nada ao que estava escrito (Por este caminho o cinema português não vai lá). Aquilo que eu suspeitava que a obra viesse a ser está toda aqui relatada por Eduardo Pitta que se forçou a ver o filme até ao fim. Eu não tive coragem de gastar o meu dinheiro e o meu tempo a ver um trabalho que desde o inicio julguei desprovido de interesse intelectual, artístico e mesmo cultural. É mais um sub-produto cultural que se insere num modo de estar na vida: fútil, oportunista e vingativo típico de uma cultura rosa-glamour/rosa-sangue sem valores, que grassa pelo mundo ocidental, que bebe e devassa a vida dos famosos e ao mesmo tempo aponta em estilo miss-universo os tremendos problemas existenciais que o mundo enfrenta.
P.S: Que ninguém pense que eu sou simpatizante do FCP, que não sou.
1 comentário:
Pois, depois de toda a confusão só podia dar naquilo
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